Política

Populares de Caué defendem os temas do Diálogo Nacional e exigem a realização de um referendum sobre a constituição política

A reunião com o Presidente da República serviu para a população de Caué falar sobre os temas do Diálogo Nacional. Defendem a União Nacional, a moralização da sociedade, e reformas políticas. Um referendum sobre o sistema de governação é interesse da população do sul de São Tomé.

Adelino dos Prazeres, habitante da roça Porto Alegre, professor do ensino secundário no distrito de Caué, usou da palavra para manifestar a sua insatisfação pelo facto do país não ter uma liderança. Um país onde não há assumpção de responsabilidades, onde vários centros de poder acabaram por gerar desordem. «Tivemos vários primeiros-ministros, e vários governos, e estamos a ver que o país não está a andar. É uma análise simples que se pode fazer. Na minha opinião esse diálogo deve culminar com a realização de um referêndum em que o povo deverá dizer o que quer para este país. O país não tem quem manda», reclamou o habitante de Porto Alegre..

O jovem professor do ensino secundário, considera que as instituições do Estado estão paralisadas. «Há vários órgãos de soberania, Tribunais, Governo, Assembleia Nacional, Presidente da República, mas tem que ter uma pessoa que manda. Há tantos órgãos mas não se consegue resolver os problemas do povo, principalmente da população de Caué», concluiu.

A violência crescente no país, também preocupa as gentes de Caué. Isabel Azevedo, habitante da cidade de Angolares, realçou a importância do Diálogo Nacional prever debate em torno da moralização da sociedade. «A moral e ética estão a desaparecer na nossa sociedade. Hoje tudo é motivo para confusão e intriga. Talvez com a vinda da democracia, o povo não foi bem esclarecido sobre o que é a democracia», declarou a habitante de Angolares.

União nacional é outro ponto, que mereceu destaque nas declarações da população do sul da ilha de São Tomé, que abraçou o projecto de Diálogo Nacional.

Abel Veiga

5 Comments

5 Comments

  1. Le di Alami

    4 de Março de 2014 at 8:09

    Tb defendo referendum, para mudar a constituicao e tb o sistema politico do pais, uma constituicao que evite a corrupcao e a ganancia pelo poder, e promover o desenvolvimento sustentavel e ecologico

  2. Carlos Manteigas

    4 de Março de 2014 at 13:52

    Também em Caue, queremos que o presidente seja vitalício e nunca mais saia do poder. Essa é boa!
    Esse truque velho, de colocar na boca de populares encomendados para intervirem, já não colhe.

  3. Barão de Água Izé

    4 de Março de 2014 at 18:21

    Rever a Constituição para o Presidencialismo (democrático), o Código Penal com penalização para ilícitos cometidos por políticos e alteração profunda das leis da terra, faz parte da mudança necessária para STP

  4. Puita samangungu

    4 de Março de 2014 at 23:46

    Chega a vida fácil para alguns políticos , Estamos cansado das promessas dos políticos e o pais continua como esta .alguém tem que mandar . Vamos acabar com o sistema nós mandamos tem que haver alguém que manda e isso que o povo quer .

  5. manuel soares

    5 de Março de 2014 at 10:35

    Que referendo constitucional, para quê? o problema não está na constituição está na mente do homem sãotomense , dos políticos e gente desalmada , que vive do estado, corruptos, sanguessugas, delapiladores do bem público e quem anda a hipotecar o futuro dos nossos filhos, deixemos de coisas, e é precisamente agora que se vai fazer isto. a escassos meses das eleições, porquê não em 2015, tenhamos calma, maturidade e sejamos responsáveis e sérios, vamos mais é crescer e sermos mais inteligentes, por amor a terra !

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