Os três partidos da oposição com representação no parlamento, nomeadamente MLSTP, PCD e UDD, decidiram colocar nas mãos dos juízes o futuro dos 20 militares ruandeses que estão a treinar forças de defesa e de segurança de São Tomé e Príncipe.
Após protestos no parlamento contra a entrada de tropa ruandesa no território são-tomense, sem que tivessem sido cumpridos todos os preceitos constitucionais, as três forças políticas da oposição, submeteram aos Tribunais uma providência Cautelar, exigindo a retirada das tropas ruandesas do território nacional.
Alegam incumprimento das normas definidas pela lei mãe, a Constituição da República. A inexistência de um acordo de cooperação militar entre os dois países, é segundo a oposição outro elemento crucial, que prova a alegada ilegalidade.
20 oficiais militares do Ruanda desembarcaram em São Tomé no último fim de semana, e já começaram a operar no terreno, realizando a sua missão de formação dos militares e agentes de segurança do Estado são-tomense.
A missão dos militares ruandeses deve durar dois meses. O tempo de duração da missão militar ruandesa, pode estar agora dependente da do pronunciamento do Supremo Tribunal de Justiça em relação a providencia cautelar apresentada pelas forças da oposição.
Abel Veiga