Política

Mulheres querem paridade de género de 50%

As diversas organizações das mulheres de São Tomé e Príncipe, reuniram-se no dia 8 de Março(Dia Internacional da Mulher), para desafiar a Assembleia Nacional, a elaborar a lei de paridade do género neste ano 2021.

As mulheres parlamentares, foram as promotoras da sessão de debate, que teve como objectivo principal o lançamento da campanha de sensibilização  para adopção e implementação da lei de paridade de género.

Sob o lema “É hora de Mudar São Tomé e Príncipe”, as mulheres santomenses tomaram conhecimento através da representação das Nações Unidas no país, de que os impactos da pandemia da Covid-19, agudizaram a sua situação a nível mundial.

«Ameaçando simultaneamente os progressos já alcançados, bem como empurrando potencialmente 47 milhões de mulheres e raparigas para baixo do limiar da pobreza em todo mundo», afirmou Mariavottoria Ballota, que representou o sistema das Nações Unidas no evento do dia 8 de Março.

Para inverter esta situação as mulheres santomenses foram desafiadas no dia 8 de Março, a serem líderes.

«Para este ano 2021…é preciso levantarmos as vozes das mulheres na liderança, para que elas ajudem a alcançar um futuro igual num mundo de COVID-19», Mariavottoria Ballota.

Mas, por sinal as mulheres santomenses, não lidam muito bem com a ascensão política e social. Ester Will, mulher santomense, aproveitou a ocasião para denunciar as más práticas das suas colegas.

«Aqui em São Tomé há algumas mulheres que quando agarram uma oportunidade de liderança, dão pontapé nas outras mulheres. Só querem subir elas próprias, e as suas famílias… isso é muito mau. Estamos a deixar muito má imagem.», precisou Ester Will.

O parlamento santomense é dominado pelos homens, que no entanto reconhecem o agravamento da situação feminina no país. O Presidente da Assembleia Nacional, Delfim Neves, deu voz a difícil situação das mulheres.

«Marcada por gritantes sinais de degradação, a que não podemos estar indiferentes ao acentuado processo de degradação da família tradicional santomense…., em que se destacam os casos de violência doméstica, onde as mulheres são na maioria dos casos as ofendidas», frisou.

Por tudo isso, as organizações femininas reunidas no edifício da Assembleia Nacional, exigiram a elaboração ainda neste ano da lei de paridade do género.

As mulheres propuseram ao parlamento que a lei de paridade de género, defina claramente que os homens tenham 50% de representação nas esferas de liderança e decisão política, e que os outros 50% sejam detidos por elas.

Abel Veiga

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