Política

Consórcio SAFEBOND recebeu o porto de São Tomé e o cais do Príncipe por 30 anos

Na última sexta-feira, o Ministro das Infraestruturas Osvaldo Abreu e Krobo Edusei administrador da SOFEBOND Consortium Limited, assinaram as actas da Assembleia Geral dos trabalhadores da ENAPORT, a empresa que administra os portos tanto na ilha de São Tomé, como na ilha do Príncipe.

A Assembleia Geral dos Trabalhadores realizada nas instalações da ENAPORT no porto de São Tomé, serviu para a criação e entrada em vigor do novo conselho de administração da empresa ENAPORT.

Uma nova estrutura administra que nasceu em consequência do contrato de concessão do Porto de Ana Chaves e do Cais do Príncipe, a favor do grupo privado de capital, ganense, angolano e são-tomense, a SAFEBOND Consortium Limited.

Krobo Edusei no centro da fotografia

O acordo de concessão do porto de Asna Chaves em São Tomé e do cais de Santo António na ilha do Príncipe, foi assinado nas instalações do Ministério das Infraestruturas em agosto passado. Válido por 30 anos, para além da concessão das duas infraestruturas portuárias a SAFEBOND recebeu luz verde do Estado são-tomense para construir o porto em águas profundas em Fernão Dias.

Na cerimónia de passagem da administração do porto de Ana Chaves para a empresa SAFEBOND, o porta-voz do ministério das infraestruturas, recordou que o acordo de concessão já foi publicado no Diário da República número 135, do dia 6 de outubro de 2022.

O ministro das infraestruturas, explicou que o acordo assinado em Agosto, pretende melhorar a operacionalidade do porto de São Tomé e do Príncipe e construir o porto em águas profundas.

O novo Conselho de Administração da ENAPORT criado na Assembleia Geral dos Trabalhadores, é composto por 7 elementos. SAFEBOND como parceiro maioritário com 75% das acções indicou 5 membros para o Conselho de Administração.

O Estado são-tomense com 25% de capital social no porto de Ana Chaves, indicou 2 membros para o conselho de administração da empresa.

Porto de Ana Chaves – Cidade de São Tomé

No conselho executivo da ENAPORT o Estado são-tomense domina a área técnico-operacional. E o consórcio SAFEBOND ficou com a parte financeira.

Krobo Edusei, o Presidente da SAFEBOND, deixou uma garantia para os trabalhadores da ENAPORT. «Ninguém vai perder seu emprego», afirmou.

Segundo o novo Patrão da ENAPORT, quando começar as obras para construção do porto em águas profundas em Fernão Dias, a empresa vai precisar de muito mais mão de obra.

Assembleia Geral dos Trabalhadores da ENAPORT, terminou com  uma palavra de oração proferida pelo novo patrão. Krobo Edusei, pediu intervenção divina para conduzir os destinos da ENAPORT, na paz e no progresso.

Abel Veiga

9 Comments

9 Comments

  1. santomé cu plinxipe

    18 de Outubro de 2022 at 7:21

    BRAVO………..

  2. Madiba

    18 de Outubro de 2022 at 8:51

    Quanto a privatização do Porto, penso que ninguém está contra. Até porque os privados têm a forma de trabalho diferente do Estado. O privado pode ser mais eficiente, menos despesista, mais organizado, e virado para o lucro. Ao meu ver até poderia ser o destino das restantes empresas estatais deste país. Se a empresa ganesa vem mesmo para construir porto de águas profundas em Fernão Dias, tudo bem. Espero que a construção do novo porto não seja apenas para inglês ver. E aqui em S. Tomé e Príncipe, estamos habituados a isto. Obras anunciadas mas o seu arranque nunca mais acontece. Até porque a empresa já tem na sua posse o portos para gerir calmamente. No meu ponto de vista, a única coisa que correu mal neste negócio é o circuito fechado com que tudo aconteceu, aliás é moda neste país, e o momento político sobejamente extemporâneo.

  3. Andorinha

    18 de Outubro de 2022 at 11:46

    O MLSTP foi sempre a nossa desgraça,como é que um governo que perdeu as eleições e em gestão pode fazer um negócio desta envergadura que ninguém sabe os contornos.
    O mais agravante é que o governo regional do Príncipe ja veio dizer que não foi tido nem achado neste negócio do Osvaldo Abreu quer dizer o governo central não passou cartão a governo do Príncipe e os intelectuais do país estão todos calados .

  4. Fuba cu bixo

    18 de Outubro de 2022 at 12:07

    O que o governo da nova maioria encabeçada pelo MLSTP fez chama-se delapidacão total dos bens públicos Santomense, em plena campanha eleitoral o MLSTP privatizou e vendeu todas as empresas importantes e estratégicas do estado e fez nomeação a torta direito.
    A nossa esperança é que o papá Patrice anule todos estes contratos.

  5. Amigo do amigo

    18 de Outubro de 2022 at 13:57

    Muito bem assim acaba os tachos.

  6. José António

    18 de Outubro de 2022 at 22:05

    A própria empresa estrangeira que assinou este acordo, sabia que estava a violar a lei ou estava a tenar recuperar os fundos distribuídos da corrupção. Pergunta a esta empresa se alguma empresa estrangeira iria assinar em Gana algum acordo num período que um governo estava a espera que no prazo de 15 dias iria entrar um novo Governo. U empresa séria nunca iria assinar um contrato nestas condições porque poderia pôr em causa os investimentos que pretende fazer. Nenhuma empresa seria que em dinheiro sério vai entrar neste tipo de jogo numa altura destas

  7. E

    19 de Outubro de 2022 at 5:56

    Menos responsabilidade para o estado..

  8. Mepoçom

    19 de Outubro de 2022 at 7:04

    Acredito que ninguém de bom senso estaria contra a privatização da ENAPOR, EMAE e NASA, dada a falcatrua que reina nelas. Não é de ninguém, ninguém zela por gestão eficiente, mas para tal deve haver um dossier transparente, abertura dum concurso internacional, onde os interessados façam a sua oferta de acordo com o caderno de encargos, cabendo a comissão nomeada para o efeito avaliar as propostas e adjudicar o processo a quem melhor oferecer, e nunca no privado e secreto. Da forma como foi tratado qualquer governo que queira governar a sério deve anular o contrato, sem agravo e nem apelo.

  9. mezedo

    19 de Outubro de 2022 at 13:55

    O governo que assumir o país deve é respeitar o acordo e zelar pelo cumprimento do mesmo.

    A unica coisa que esta acontecer é que o ADI, seu Líder queria que fosse ele a assinar acordo coisa que não conseguiu fazer ao longos de 2014 a 2018, e hoje só passa vida a criticar.

    O País não é de ADI, é dos Santomense e portante se a privatização serve para desenvolver o país ele não pode nem deve fazer nada a não ser respeitar e cumprir.

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

To Top