Política

Miguel Trovoada sugere introspecção para “ fazermos uma análise crítica de quem somos”

O ex-Presidente da República, Miguel Trovoada, recebeu na quinta feira, uma visita especial, e presentes. Trata-se do representante das Nações Unidas em São Tomé e Príncipe Eric Overvest. Segundo a representação da ONU os presentes foram entregues para estimular o espírito do Natal. Um periodo de paz e também de amor.

O representante da ONU em São Tomé e Príncipe e Miguel Trovoada conversaram durante mais de 3 horas. Uma oportunidade para ambos se conhecerem.

O momento de alguma tensão e de crispação social que se vive no país, após os acontecimentos de 25 de novembro, dominou parte da conversa.

«Infelizmente continuamos a viver um clima de grande instabilidade. O país necessita de reformas profundas para consolidar o Estado de Direito Democrático», afirmou o ex-Presidente Miguel Trovoada.

Eric Overvest disse aos jornalistas que durante a conversa, com Miguel Trovoada, as Nações Unidas, prometeram reforçar a reforma do sistema de justiça e contribuir para a melhoria do sistema nacional de segurança.

Momento em que a representação do sistema da ONU em STP entrega os presentes natalícios a Miguel Trovoada

Primeiro Presidente de São Tomé e Príncipe eleito em democracia pluralista no ano 1991, Miguel Trovoada, é considerado o pai da II República que vigora há 32 anos.

«A ideia fundamental na II República era fazer mudança do país, mudança do paradigma, da situação política, e criar as bases de desenvolvimento económico», referiu.

A II República tem sido marcada por muita instabilidade política, social, queda da produção, e aumento do desemprego.

«Tivemos muitas alternâncias, mas não tivemos a real mudança. Agora julgo que devemos todos olhar para o futuro, mas fazendo uma análise crítica daquilo que somos. Mais de 40 anos após a independência, o ponto em que chegamos», pontuou Miguel Trovoada.

O antigo Presidente da República, foi representante do secretário-geral das Nações Unidas, na Guiné-Bissau. Antes Miguel Trovoada representou a comissão de sábios do continente africano para a paz na Costa do Marfim.

Miguel Trovoada em conversa com o representante do sistema das Nações Unidas Eric Overvest

Com larga experiência na mediação de conflitos, e na promoção da paz no continente africano, o Téla Nón pediu a Miguel Trovoada, uma reacção a luz dos acontecimentos de 25 de Novembro, que produziram mortes, lançaram o país num clima de tensão sem precedentes.

«O povo são-tomense não merece isso, e nós os responsáveis a todos os níveis, quer os mais antigos e os mais novos, temos que assumir essa responsabilidade, e procurarmos encontrar vias e meios para sairmos dessa situação», frisou.

Diálogo é a principal arma de combate pela paz. Para Miguel Trovoada, o Diálogo deve ser uma espécie de cultura impregnada na sociedade são-tomense.  

«Excluo a utilidade do diálogo festival. Diálogo com trompetas,,,um festival que é uma perda de tempo. Vamos dialogar sim, no nosso quotidiano. Somos são-tomenses, Somos Todos Parentes ..por vezes passamos um por outro e nem cumprimentamos…», realçou.

Miguel Trovoada disse que interpreta o homem como um ser pluridimensional. «Não podemos reduzi-lo apenas a dimensão política. É preciso que o homem aceite essa pluralidade, essa pluridimensão e que dentro dela procure encontrar a unidade, união e coesão para que se possa dialogar», pontuou.

Na sua residência na capital São Tomé, o antigo Presidente da República (1991 – 2001), recordou que a diferença «é uma riqueza». Uma riqueza que segundo Miguel Trovoada, não pode constituir obstáculo «para que os homens se entendam e construam em conjunto uma sociedade de futuro, para um mundo melhor», concluiu.

A representação do sistema das Nações Unidas em São Tomé e Príncipe, levou presentes de natal, e recebeu de Miguel Trovoada, conselhos, e uma análise profunda da história e da actualidade política, social e cultural de São Tomé e Príncipe.

Abel Veiga

9 Comments

9 Comments

  1. Ana

    16 de Dezembro de 2022 at 9:53

    Sem comentários…. brincadeira tem hora e lugar

  2. Se acha hábil a distrair

    16 de Dezembro de 2022 at 10:04

    Miguel Trovoada, se acha muito hábil para continuar a nós distrair e enganar as pessoas.
    Na lógica dos acontecimentos, Miguel Trovoada somente regressou a São Tomé para preparar e dar cobertura a entrada do seu “filho” Patrice na segunda semana da campanha eleitoral para as eleições legislativas. E se recordarem, Miguel Trovoada foi imediatamente encontrar-se com Vila Nova para publicitar o seu regresso a São Tomé. Miguel Trovoada e o filho são o maiores responsáveis pela decadência moral e política da sociedade santomense, em que ambos promovem sempre os analfabetos, que fazem parte da “entourage” para melhor reinarem e dividirem a sociedade.

  3. Heraclito Espírito

    16 de Dezembro de 2022 at 10:41

    É impressão minha ou Miguel Trovoada está a sugerir que a sua família faça uma introspecção crítica relativamente a alguns membros da sua própria família? Penso que sobre a famigerada tentativa de golpe de estado, para qualquer santomense minimamente lúcido, os factos indiciários falam por si e apontam, inequivocamente, para uma única direcção. Com um Ministério Público isento e profissional, nunca seria Arlécio Costa e muito menos Delfim Neves, que acabara de ser Presidente do Parlamento. Todos sabemos quem seria o verdadeiro suspeito …

  4. Vanglega

    16 de Dezembro de 2022 at 10:54

    Miseravel, foste Presidente, dois mandatos e nada fizeste para este paìs.
    Trouxeste òdio, desgraça, destruiçāo, corrupçāo.

    Teu filho, jà 4 vez como 1 Ministro, ainda ñ teve tempo de resolver problemas do paìs.

    Mais para matar cidadāo, tem tempo

    Voçês sāo madiçāo deste paìs

  5. Célio Afonso

    16 de Dezembro de 2022 at 11:44

    Puro Saotomense e de reconhecida competencia, mas que de uma forma ou outra também é culpado pela atual situação que se vive no país.
    Portanto, deve por os seus conhecimentos técnicos e políticos em evidência para ajudar o país a sair do fundo posso onde se encontra!

  6. Sem assunto

    16 de Dezembro de 2022 at 12:42

    O sr.Miguel Trovoada nunca constitui uma mais valia para São Tomé e Príncipe. Nos seus 10 anos de mandato passou a vida a derrubar governos atras de governos, ganhou balúrdio de dinheiro com a corrupta Taiwan e Nigéria. Encheu e bem a sua carteira e retirou se. Estas comissões lideradas no continente Africano são frutos do seu lobbie com outros líderes mundo fora.
    A ONU deveria saber disto a menos que seja cumplice da familía Trovoada pai e filho pelo que tudo indica.

  7. Observador Atento

    16 de Dezembro de 2022 at 18:25

    Du Bla bla bla… uma das premissas para estabelecer a paz é que haja justica! Torturam e assassinam cidadãos de STP e o executivo não faz nada e veicula informações falsas. Os Ministros da Justiça e da Defesa não fazem nada! E o Sr Presidente vem me falar de mensagem de paz. Deveria ter educado o seu filho a ter uma mensagem de paz e não a cultura de ódio e vingança. Voyons…O Arlecio Costa, Jorge Santos e mais 3 foram barbaramente assassinados e única mensagem que tem é a mensagem de paz? Pelo menos no seu lugar teria condenado esses actos atrozes vindo dum outro mundo! Nós os santomenses sempre convivemos de uma maneira pacífica sem banhos de sangue! Estamos talvez na III republica Era, Era do terror e assassinatos!

  8. Gentino Plama

    16 de Dezembro de 2022 at 21:08

    Quando o castelo desmoronar, o seu sorriso tornar-se-á amarelo. Tantas denunciais forma feitas pelo Pinto da Costa devido a onda de indisciplina que o seu filho alimentava, na clara provocação, que poderia desencadear em ato de violência. Porém, a passividade, e a tolerância que nos caracteriza, não produziu o efeito que este pretendia. Este foi comprando pessoas para criar terror no País, como o próprio terá dito que a sua pretensão é transformar São-Tomé e Príncipe. O falecido Arlécio em combinação com o senhor oficial das FASTP na altura, denominado COBÓ foi um dos homens usado pelo Patrício como sendo o instrumento, e que assaltara o quartel na presidência de Fradique de Minezes. A troco de nada, terá arriscado a própria vida para satisfazer o desejo do Patrão. A desavença entre o malogrado e o seu patrão que de certo modo, perdeu o seu controlo e, por conseguinte, a sua associação ao adversário isso por um lado, e por outro, acautelando para que as conversas anteriores tida com o malogrado não se extravasa-se decidiu arrumar-lhe uma cilada que terminou com a sua execução.

  9. Belmiro Mongo

    17 de Dezembro de 2022 at 3:09

    Mr. Miguel Trovoada!
    Seja honesto e amigo de SAO TOME e PRINCIPE.

    Diga pra “Pluga legah muhh ku vida muehhh.

    (quem com porco come….Farelo corme ou comera

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