Não há avanço nas negociações entre a intersindical da educação e o governo de São Tomé e Príncipe para por fim à greve da classe docente que entrou no quarto dia.
A última ronda negocial de ontem, que se prolongou pela noite dentro, voltou a não produzir qualquer resultado.
O aumento do salário base para 10 mil dobras, cerca de 400 euros, continua a ser o ponto de bloqueio. Segundo a intersindical, o governo diz que não tem dinheiro para pagar, mas não avançou com qualquer contraproposta.
«O governo sabe que queremos 10 mil como ponto base, mas dentro desses 10 mil não nos apresenta qualquer contraproposta. Não vos posso dar 10 mil porque a situação não está boa e posso vos oferecer um outro valor, mas não. Apresenta-nos sim uma grelha com alguns aumentos relativos ao subsídio de transporte e horas de sábado, mas que, praticamente, não é nada» – disse Vera Lombá, porta-voz da intersindical.
A classe docente diz-se sufocada e luta por uma maior dignificação e valorização.
«Estamos muito sufocados mesmo. Há professores que recebem o salário, pagam as dívidas e vivem o resto dos dias, até ao próximo salário, em dívidas. Assim não pode ser, não é digno. Nós queremos a valorização e a dignificação da classe docente» – frisou Vera Lombá.
A intersindical continua firme e determinada na luta pela melhoria das condições da classe docente e promete não ceder.
«A intersindical apenas representamos a base. A base diz que está forte e coesa e quer um aumento considerável e o governo tem que ver essa parte» – sublinhou a porta-voz da classe docente.
Sem a luz ao fundo do túnel para a classe docente, são mais de 80 mil alunos que continuam sem aulas uma vez que a greve tem uma adesão quase total dos professores e educadores de São Tomé e Príncipe.
José Bouças
alberto costa
6 de Março de 2024 at 21:43
Mais têm dinheiro para importar 40 viaturas topo de gama para o governo e as chefias militares do massacre de 25 de Novembro que andam a circular na praça exibir com vidros fechados e ar condicionado.
APELO :
Enquanto pai e encarregado de educação vamos todos unir a esta justa causa dos professores e realizar junto a eles “uma greve geral”.
Enquanto isto, Patrice Trovoada vai passeando no exterior do país com dinheiro do estado.
Isto é faltar o povo respeito.
Votei no ADI e estou bem arrependido.
Não contem mais comigo, nem os meus familiares e amigos.
Esta ministrinha Belinha que andava durante o governo de JBJ a incitar os professores para fazerem greve é esta mesma professora ministrinha que vem publicamente dizer que “muitos professores são incopetentes”
Súba cú monhã damion…luchano pô té sétu.
Lêde dalami sá áua.Guadá.
alberto costa
7 de Março de 2024 at 22:47
Correcção: Juntar à eles” uma manifestação geral….”
JuvencioAO
6 de Março de 2024 at 22:05
Em minha opinião julgo que o valor de dez mil dobras é bem pouco. Se bem que não sei qual o valor actual, acho que certamente é um valor muito acima do valor actual.
Acho que de forma consciente, o governo não poderá pagar, alegando sempre a falta de meios. Mas a solução deve ser o governo concordar com o valor ou o sindicato propor um valor real, não este dez mil que é irreal, e que o valor proposto seja uma META A ATINGIR. O valor proposto será uma meta a atingir dentro de dez ou quinze anos e com uma evolução semestral ou anual.
Sou de opinião que neste caso os PENSIONISTAS actuais da educação é que devem receber a partir de agora de conformidade com o valor da META A ATINGIR estabelecido com o governo.
Sem assunto
7 de Março de 2024 at 6:47
Caro jornalista redator da matéria.
A greve não tem uma adesão quase total, mas sim total no que diz respeito aos professores afectos a intersindical.
De momento no que diz respeito ao ensino público, só temos a Universidade Pública de São Tomé em funcionamento, pois sabe se de que aqueles nem sindicato têm, não dizem nada, não sabem de nada e pelo que tudo indica estão com medo constante em exporem se, dada a tamanha imundície que é a gestão interna, o recrutamento semestral dos docentes, qualidades dos professores, conteúdos lecionados, um autêntico copy-pass, das universidades portuguesas e muito mais.
Dito de forma simples a greve é de total adesão com exceção aos covardes da dita universidade pública de São Tomé.