A ministra dos direitos da mulher de São Tomé e Príncipe pediu às mulheres para começarem a agir como agentes de mudança. Foi no ato central em alusão ao dia internacional da mulher que contou este ano com a presença do presidente da República.
Apesar dos progressos alcançados, as mulheres em S. Tomé e Príncipe ainda enfrentam desafios rumo à igualdade do género. Para a ministra da saúde e dos direitos da mulher é preciso construir um futuro onde todas as mulheres possam prosperar livremente, sem medo de discriminação ou injustiça.
«Neste dia internacional da mulher, comprometamo-nos a não apenas celebrar as realizações das mulheres, mas também a agir como agentes de mudança. Vamos nos comprometer a promover a igualdade de género em nossas comunidades, locais de trabalho e em todos os aspetos de nossas vidas. Vamos nos esforçar para criar espaços onde todas as vozes sejam ouvidas e valorizadas, independentemente do género» – disse Ângela Costa, ministra da Saúde e dos Direitos da Mulher.
O presidente da república chamou a atenção para a má interpretação que se tem feito em relação ao equilíbrio da igualdade e equidade de género.
«Por vezes pensamos que é preciso, agora, que as mulheres substituam os homens nos postos todos que eles têm. Assim não vamos lá. É preciso que haja equilíbrio, esse equilíbrio quer dizer que temos que caminhar de mãos dadas» -destacou, Carlos Vila Nova, Presidente da República.
O chefe de estado santomense apelou também para a responsabilidade familiar.
«Nós sentimos que muitas vezes essa procura de sustento do marido que tem mais do que uma família cria um espaço para que a mãe se ausente mais vezes e os filhos vão crescer na rua? Os filhos têm que crescer dentro de um ambiente familiar».
O ato central do dia da mulher foi celebrado junto das feirantes em Bobô-Forro, no maior mercado do país.
José Bouças