No dia 19 de setembro de 1974, elas saíram as ruas da cidade de São Tomé numa manifestação diante do Palácio do Governador, e exigiram a independência de São Tomé e Príncipe.
Braço potente da nação santomense, as mulheres sempre estiveram na trincheira das lutas mais difíceis da sociedade santomense. São a maioria da população do país, e são normalmente chefes de famílias numerosas.
As combatentes de 1974, e as outras colegas que prosseguiram ao longo dos anos pós-independência a luta pela sobrevivência das famílias, passaram o legado para as mais novas, que hoje beneficiam de direitos sociais e políticos.
A lei de paridade recentemente aprovada pela Assembleia Nacional e que impõe a presença das mulheres em 40% dos cargos de decisão na administração pública, é uma prova dos ganhos que beneficiam a nova e actual geração de mulheres santomenses.
Ao contrário das antigas batalhadoras que estavam limitadas ao fogão, tanque, ou melhor lavar a poupa no rio, venda de peixe, de frutas e de hortaliças, cada vez mais as actuais mulheres de São Tomé e Príncipe dominam o ensino superior. Cada vez mais são juristas, gestoras de empresas, seguranças, militares, médicas, jornalistas, ministras, deputadas etc.
O grito dado pelas mulheres santomenses em 1974, impulsionou a emancipação. Fátima Vila Nova, a primeira-dama de São Tomé e Príncipe discursou na celebração dos 50 anos do dia da mulher santomense, na Praça da Independência. Desafiou as suas companheiras a assumirem o protagonismo na política.
«Gostaria de fazer um veemente apelo, por um lado, às mulheres em geral e às jovens raparigas, em particular, no sentido de se dedicarem mais a atividade política que, como se sabe é uma importante via, para a transformação da sociedade», afirmou a Primeira Dama.
Fátima Vila Nova pediu as mulheres para impulsionarem a revisão da Constituição Política do país. «Que as mulheres se mobilizem e apresentem ao grupo de mulheres parlamentares propostas, relativamente à revisão pontual da Constituição e continuem a divulgar o código penal recentemente aprovado, sobretudo nas matérias que dizem respeito a proteção das mulheres», reforçou.
As mulheres são a maioria da população mundial, mas são os homens a minoria, que vence sobretudo no capítulo da violência doméstica. Em São Tomé e Príncipe o flagelo da violência doméstica aumenta na mesma proporção dos direitos que são concedidos às mulheres.
«Empoderar uma mulher é contribuir para o combate à pobreza e a miséria. Não existe melhor gestor de dificuldades, melhor gestor de expectativas do que as mulheres. Tal como educar uma mulher representa educar uma família, uma Nação, também empoderar uma mulher é empoderar a sociedade» defendeu a primeira-dama de São Tomé e Príncipe.
Ângela Costa, é a ministra que tutela as mulheres santomenses. Em nome do governo reconheceu que a pobreza extrema no país tem rosto feminino.
«O programa de apoio as mulheres chefes de famílias vulneráveis viu o número de beneficiários crescer de 2500 para 4500 famílias, mostrando o foco contínuo do governo na promoção do bem-estar social das mulheres santomenses», declarou a ministra da saúde e dos direitos das mulheres.
Após 50 anos, a bravura, a determinação, a união, e o amor a pátria manifestados pelas mulheres santomenses no dia 19 de setembro de 1974, são valores, nos dias de hoje ameaçados de extinção.
Abel Veiga
santomé ku plixinpe
19 de Setembro de 2024 at 15:59
o que é mulher e que papel da mulher?..deixo isso para reflexão….
ANCA
20 de Setembro de 2024 at 7:40
Antes de realizarmos um projecto há que ter em conta o conceito de justica, transparência, de organização, rigor, trabalho, protecção responsabilização.
Felicito-vos pela esta data, que conjuntamente com homens, de mãos dadas se caminhe na transformação da nossa sociedade, comunidade, país.
Protege e da segurança a tua, família os teus filhos, trabalha, cria, inova.
Respeita a tua mulher
Respeita o teu marido.
Se és de São Tomé e do Príncipe
Pratiquemos o bem
Pois o bem
Fica-nos bem
Deus abençoe São Tomé e Principe
ANCA
20 de Setembro de 2024 at 14:05
Necessário no pais, politicas de rendimentos(captação investimentos internos/externos, diversificação economica, com enfase para o cluster do mar, agricultura, agropecuária, transformação, serviços, turismo, desporto, artes, cultura).
Expansão do sistema ensino, quer primário, quer básico, quer secundário bem como profissional e superior no país, bem como setor de administração e serviços, das energias renováveis, segurança e protecção, da justiça, da saude, sector de inovação, tecnologias de informação e comunicação, a banca, os serviços financeiros, á nível distritais e regionais.
Implementação de uma verdadeira política de evolução salarial ou dos salários no pais, consoante a evolução do produto interno bruto, a evolução da taxa de inflação, conjuntura interna/externa, evolução economica e financeira.
Trabalho, organização, rigor, transparência, responsabilização.
Se nasceste aqui, cresceste aqui, estudaste aqui, lembra-te este é o teu território, a tua gente, o teu quintal, ajuda-o a desenvolver e melhorar, dá o teu contributo.
Pratiquemos o bem
Pois o bem
Fica-nos bem
Deus abençoe São Tomé e Principe
Bem haja as da nossa terra
Mulheress de São Tomé e Principe, as nossas mães, as nossas guerreiras
Original
21 de Setembro de 2024 at 8:32
Meia dúzia daquelas que vivem bem,é que estão a representar coitadas que vivem à custa de suor e sol.