Em São Tomé e Príncipe, alguns eleitores que votaram nas primeiras horas da manhã, consideram que o seu acto prova que o voto é secreto e livre e não deve ser comprado. Os eleitores recusaram a hipótese de esperar pelo pagamento de alguma quantia para depois exercerem o direito de voto, como tem sido prática nos últimos anos no país.
Na Vila de Pantufo, arredores da capital são-tomense, alguns cidadãos começaram a exercer o direito de voto logo após a abertura das urnas as 7 horas. Faustino Sacramento Neto, é um deles. Diz que a eleição do Presidente da República é muito importante, para o futuro do país. «A Presidente da República é uma pasta maior. Se fizermos escolha errada vamos cair no precipício. Por isso todo cidadão nacional deve votar de livre e espontânea vontade», pontuou.
O eleitor diz que o seu acto prova que o seu voto não está a venda. «Voto cedo e acho que é dever dos cidadãos são-tomenses. Não se deve esperar o dinheiro de Boca de Urna (compra de consciência) para depois vir votar. Tenho que cumprir o meu dever como cidadão de livre e espontânea vontade sem influência do banho», declarou Faustino Sacramento Neto, após ter exercido o seu direito de voto na Assembleia de Voto número 6 da Vila de Pantufo.
No bairro de São Marçal, também arredores da cidade de São Tomé, o Téla Nón encontrou Leandra dos Santos, vulgarmente conhecida por Isabel. Idosa e deficiente visual, a cidadã exerceu direito de voto, por volta das 8 horas e 30 minutos. Diz que fê-lo de forma consciente e segura. Nem a deficiência visual a impediu de participar na escolha do novo Presidente da República. «Nada disso me impediu de vir votar. Vim fazê-lo de livre e espontânea vontade: Sou cidadã nacional e assim tem que ser. Sai da missa e segui directamente para a mesa de voto. Sem banho nenhum. Faço-o por minha consciência, limpa e livre. Não preciso de banho», declarou a cidadã.
Leandra dos Santos, rejeita a compra de consciência que marca o dia das eleições em São Tomé e Príncipe, e lançou questões, para os eleitores reflectirem antes de serem comprados pelo dinheiro da Boca de Urna. «Tomo banho agora e depois? Só daqui há 4 anos é que voltarei a tomar banho? Fico suja durante 4 anos? Não.», Precisou Leandra dos Santos.
Muitos eleitores estão a seguir o apelo lançado pela Comissão Eleitoral Nacional para que exerçam de forma massiva o direito de voto, nas primeiras horas do dia, não se deixando levar pelo banho, que é praticado com maior incidência a partir do segundo período.
Abel Veiga
Sr Lei
7 de Agosto de 2011 at 11:29
Se a moda pegar alguns candidatos/partidos desaparecerão da nossa cena política. Em todo caso é uma grande indicio que esta espécie de candidatos/partidos esta em vias de extinção, para o bem da nossa democracia e da imagem da nossa terra.
Helves Santola
7 de Agosto de 2011 at 13:11
Muito bom, meu povo….espero que isso seja ainda mais abrangente!
ney da costa
7 de Agosto de 2011 at 14:17
…até quando que a igenuidade dos eleitores santomense amadorece… vendendo a sua propria conciencia de votar, sabendo que esta dinheiro nao vai demorar ate 5 anos….
…povo as migalhas nao duram por muito tempo… despertam escolhe o candidato que achas que ideal para garantir o teu futuro, da tua familia em geral, do teu pais…vota com conciencia limpa, com austucia para nao arrependeres um dia….porque que semeia vem acolhe tempestade…um abraço e muito sucesso…
Assuncao
7 de Agosto de 2011 at 15:47
Sim Senhora, a ser sincero as declaracoes destes dois eleitores, brindo-lhes com grande satisfacao, e faco apelo aos senhores e senhoras de influencia na nossa sociedade que mesmo pos eleicoes e tb a propria comissao eleitoral k tenham 1 acao continuada de sensibilizacao e luta contra esse fenomeno vergonhoso k se chama de “banho”.
Que o candidato eleito nao honre o cargo e faca o impossivel para o bem do pa’is.
Com cumprimentos.
Assuncao
7 de Agosto de 2011 at 22:20
Perdao, queria dizer…honre o cargo, sem negacao, ‘e claro!!!