Análise

A Pompa e a Pergunta

A recente visita do Primeiro-ministro Patrice Trovoada a Luanda, foi, a todos os títulos, uma demonstração de magnificência da arte de bem receber um visitante ilustre. Essa narrativa, para quem quis ver, teve tanto de explícito, como de implícito.

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São de Deus Lima

A Pompa e a Pergunta

A recente visita do Primeiro-ministro Patrice Trovoada a Luanda foi, a todos os títulos, uma cabal demonstração de magnificência da arte de bem receber um visitante ilustre. Dificilmente o chefe do governo são-tomense será alguma vez recebido com mais pompa e solenidade.

E para que dúvidas não restassem, foi José Eduardo dos Santos, ele próprio, quem carimbou, com a sua presidencial presença, toda a narrativa daquele momento.

Essa narrativa, para quem quis ver, teve tanto de explícito, como de implícito.

Dezoito meses após a queda do seu efémero governo e na que foi a sua primeira e única grande entrevista à imprensa nacional como líder da oposição, Trovoada anunciou no programa televisivo ‘Em Directo’ um novo paradigma para a política externa são-tomense caso regressasse ao poder: não haveria parceiros estratégicos porque estratégicos são todos os parceiros. Se A ou B merecerem a classificação de parceiros estratégicos, interrogou-se Patrice Trovoada, aonde iremos então colocar C, D, Y e Z? Quanto muito, concluiu, haverá parceiros do coração, aqueles a quem nos ligam laços afectivos especiais. Estava dado o mote.

A 1 de Agosto, o ADI foi catapultado para a governação, saltando de 11 para 26 deputados. Patrice Trovoada estava de regresso ao poder pela mais legítima das portas: a das urnas.

Logo após a investidura do novo executivo, o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros e ex-embaixador em Angola, Manuel Salvador dos Ramos, convocou o corpo diplomático para enunciar a posição de cada qual no novo mapa das relações externas de São Tomé e Príncipe. Em África, o chefe da diplomacia são-tomense tabelou: Gabão, Guiné – Equatorial, Angola. Estava dito.

Mais tarde, em entrevista conjunta à RDPÁfrica e à TVS, o Primeiro-ministro deslocaria a ênfase para a necessidade de um maior dinamismo, de critérios mais rigorosos da parte santomense na definição da agenda da cooperação. “Não podemos pedir e esperar tudo de todos os parceiros e devemos também dar algo em troca”, afirmou judiciosamente.

Na sua recente deslocação a Angola, o chefe do governo são-tomense reiterou esta posição quando disse à imprensa ser necessário definir bem as áreas de parceria entre os dois países. Não foi porém esse o momento mais marcante das declarações públicas de Trovoada em Luanda, já que, do que foi dito em privado, apenas os deuses e semi-deuses estarão, concretamente, ao corrente. Equiparável ao clímax de um minucioso e perfeito filme em câmara lenta, o momento definidor aconteceu quando um jornalista dirigiu ao líder visitante esta simples e, aparentemente, cândida pergunta:

– Angola é um parceiro estratégico de São Tomé e Príncipe?

Assim interpelado, assim consigo próprio confrontado, Patrice Trovoada, o Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, respondeu:

Angola sempre foi, é e será um parceiro estratégico de São Tomé e Príncipe.

Estava dito. E o lado visível do esplendoroso guião de Luanda ficou concluído.

Artigo originalmente publicado no «Correio da Semana» / 02.10.2010

43 Comments

43 Comments

  1. Matabala

    2 de Outubro de 2010 at 12:58

    Tanta volta para dizer que “Angola é um parceiro estratégico dp nosso país”!!!!!!
    Isso não é nenhuma novodade…

    • Parcerias

      4 de Outubro de 2010 at 8:29

      E Portugal, será que é um parceiro estratégico?

      É verdade que Portugal tem feito algo em prol da parceria, mas também tem criado muitas dificuldades.
      A maior de todas as dificuldades é a entrada em Portugal, os vistos.

      Como são tratados os Portugueses na nossa embaixada em Portugal? Quanto tempo demora os vistos.
      Como somos tratados na Embaixada de Portugal aqui no nosso País? Apesar de estarmos a precisar do visto, não merecemos de ser tratados dessa forma. A Embaixada precisa de ter uma secretaria mais simpática, que nos ajuda a preencher os documentos(quando necessário), que nos dê informação sempre que precisarmos, até mesmo ao telefone(é para isso que existe o número para informação), alias, uma pessoa completamente diferente da Srª Elsa que lá esta.
      Quanto tempo demora os vistos? Quantos indeferidos?
      Porquê que até mesmo os estudantes com todos os documentos necessários recebem “indeferido”? Este é um parceiro que ajuda na nossa Educação?

  2. Mané Petema

    2 de Outubro de 2010 at 15:08

    Esse é um dos motivos pelo qual muitos Sãotomense detestam e não sabem ler menos escrever corretamente. Muitos herdaram um defeito de transformar escrita e compreensão em algo complexo. Jornal é um mecanismo de informação de fácil compreensão para todas as classes sociais.
    Sinceramente achei que Patrice tivesse respondido que seu encontro era com Deus ou que era enviado de Jesus Cristo na visita à Luanda!
    Você é mais do que isso que escreveu nossa querida São de Deus Lima.
    Abraços e Beijos
    Hasta

    • ramiro afonso

      4 de Outubro de 2010 at 11:03

      É facto o peixe morre na boca como se sabe e é na boca onde premeiro ministro comeu a isca, outra coisa mais P M fez e estava quase a criar má relacões entre Angola e S T P, dizendo q não se pode limitar-se a Angola como paraceiro e portugal com paraceiro estrategico,é verdade mais como ele não é politico esta lá de banteja assim o povo quer quem nós fornece conbustivel a preço razoavel,até chegou a dizer q Angola tem violação de direitos Humanos,só porque a comunidade da CPLP não aderir a Guiné Equatoril por ter a lei da pena de morte.e a defeza do PM É NO SENTIDO PARA GUINÉ Equatorial da-hle alguns MILHÕES DE DOLARES para ele Pagar as suas dividas.
      e a coisa esta ficando preta ele dive muito cidadão trabalhou na campanha ao seu favor e não lhes compesarão.

      vosses sabem disso o patrice não queria ser PM quando A D I seu partido ganhou eleições ele enviou dois nomes ao presidente a ser idigitado como PM( são tozé casssadra e afonso varela) o presidente não aceitou e lhe disse povo votou em te pormeteste ao povo marravilhas.tens q resolver,dai q ele foi forçado a assumir a governação e todos não sabemos a sua ambição é ser presidente como seu irmão gabonés ALI BONGO

      fui abri-vossos olhos

  3. budobaxana

    2 de Outubro de 2010 at 23:59

    Interessante artigo.Gerou-se alguma duvida depois da ultima entrevista do Patrice a RTP.

    “Angola sempre foi, é e será um parceiro estratégico de São Tomé e Príncipe”.

    Angola está enraizada na nossa historia, na nossa forma de estar e de ser.

    O destino nos une.

    Agostinho Neto dizia:

    Vivo as mil mortes
    que todos os dias
    morro
    fatalmente.

    Por todo o mundo
    o meu corpo retalhado
    foi espalhado aos pedaços
    em explosões de ódio
    e ambição
    e cobiça de glória.

    Perto e longe
    continuam massacrando-me a carne
    sempre viva e crente
    no raiar dum dia
    que há séculos espero.

    Um dia
    que não seja angústia
    nem morte
    nem já esperança.

    Dia
    dum eu-realidade.

    Havemos de voltar ……..

    Angola e S.Tome : Today,Together,Forever

    • Filipe Samba

      6 de Outubro de 2010 at 10:21

      “Angola sempre foi, é e será o parceiro estratégico de São Tomé e Príncipe”. Artigo definido

      Não um parceiro estratégico.
      Artigo indefinido

  4. ct

    3 de Outubro de 2010 at 8:20

    É uma pena, que bons e boas jornalistas estão a deixar se levar pela imparcialidade,pela desonestidade e bem dito mesmo pelo dinheiro…Pessoas que nunca tinham escrito artigos, agora escrevem vários e promovem várias entrevistas com o Patrice Trovoada.

    STP precisa de jornalistas imparciais e isentos, devo até lhes dizer que a TVS e a RDP áfrica dão muita ênfase a entrevistas de Patrice..quando outrora não davam tanta as de RAfael… não sou de nenhum partido… mas para quem sabe ver chega a essa conclusão tão rápida.Felizmente a Rádio Nacional está ainda imparcial, deve a coragem de Francisco Lima pk Máxi é um bom oportunista..

    • XYZ

      3 de Outubro de 2010 at 20:55

      “É uma pena, que bons e boas jornalistas estão a deixar se levar pela imparcialidade,pela desonestidade e bem dito mesmo pelo dinheiro…” – “STP precisa de jornalistas imparciais e isentos,” HA ALI UMA CONTRADIÇÃO CONSIGO MESMO OU …

  5. manuel fernandes da trindade

    3 de Outubro de 2010 at 9:56

    tanto palavreado para nada dizer, talvez o interesse seria mostrar a cara.
    MFT

    • Keta Kngo

      3 de Outubro de 2010 at 14:44

      Angola e S.Tome Príncipe sempre foram e continuarão sendo parceiros estratégicos, ate porque como todos sabem o Presidente de Angola é saotomense. Qual é o filho da Terra que não se preocupa com o seu Pais. Como santomense que é, o Presidente José Eduardo dos Santos, embora sendo Angolano tem obrigação de se preocupar com a terra natal dos seus pais.

      Só para refrescar a memoria, Eduardo Avelino dos Santos e Jacinta José Paulino, uma família imigrante oriunda e natural de São Tomé e Príncipe, já falecidos, foram os pais do Presidente de Angola.

      A única coisa que fica por esclarecer é saber em que parte de S.tome e Príncipe residiam os pais do Presidente, antes destes emigrarem para Angola.

      Alem do Presidente que une Angola a S.T.P, sabe-se também que há uma forte presença de saotomenses a viver em Angola, o que reforça ainda mais os laços de amizade e intercambio entre os dois países. Aliás, ha ate quem diga que o Presidente, ele mesmo, seja também natural de S.Tome, facto que não consegui confirmar, ate porque não acredito que corresponda a verdade.

      Angola e S.Tome e Príncipe sempre unidos rumo ao progresso

  6. E.Santos

    3 de Outubro de 2010 at 11:48

    Precisamos sim, de bons jornalisatas e de jornalistas imparciais. A São Deus Lima é de facto uma boa jornalista. O que postou aqui não foi propriamente notícia, informação relevante. Foi sim um comentário suspecioso, querendo deixar nas entrelinhas algo não conseguimos entender. Porque é um facto, Angola é um parceiro estratégico…quanto mais não seja pela parceria histórica.
    Quanto a ponpa e circunstância da recepção, cada um tem o que merece, costuma-se dizer. Dê ao respeito que os outros respeitam-te também, seja digno de ti proprio que te reconhecerão dignidade, faça o teu trabalho que te reconhecerão competência, seja sério e saiba estar que te reconhecerão qualidades.
    Diga-se o que se quizer dizer…José Eduardo é um homem de convicção. Defende bem as suas convicções. Por isso é que Angola com todos os problemas que enfrentou e enfrenta, não descambou até hoje.

  7. Lanis

    3 de Outubro de 2010 at 13:03

    Caros amigos,

    Se fossem capazes de ler bem Português entendiam claramente aquilo que o artigo quer dizer. É simples.

    O Primeiro Ministro de STP achava que podia deixar Angola de lado e troca-la por um país que nada tem a ver com STP, nunca investiu aqui, o Gabão.
    Portanto, foi bom que o Presidente angolano chamou o Sr. Patrice e explicou ao mesmo que podia escolher o Gabão como parceiro estratégico, mas tinha de assumir as consequências.
    O PM é muito fixe para o populismo e está a trabalhar sem plano pensado para o país porque não o conhece. só podia conhecer STP se estivesse comprometido connosco. Aliás, ele nem esperava ganhar as eleições governar. Por isso, terá que se esforçar para ter bons resultados. E nem sempre conseguem alcançar esses resultados pondo tudo em causa como parece estar a pretender.

    A Conceição de Deus Lima tem feito um bom trabalho. Os jornalistas parciais e comprometidos com os políticos são bem conhecidos, basta ver as notícias…

    B.S.
    🙂

    • XYZ

      3 de Outubro de 2010 at 21:21

      O primeiro ministro nunca tinha negado Angola como parceiro estratégico de STP. O que ele tenta explicar é que todos os paises com os quais temos convivência diplomatica são todos eles parceiros estratégicos.

    • budobaxana

      4 de Outubro de 2010 at 18:09

      XYZ ,

      Concordo consigo.

      Nada mais assustador que a ignorância em acção” (Johann W. Goethe)

      É simples.Portanto,ficou claro que todos os paises com os quais temos convivência diplomatica são todos eles parceiros estratégicos de STP.

      Sinceramente nao entendo porque das reclamacoes.

      Nao creio que a São Deus Lima esteje necessariamente a apoiar o Patrice.Até porque como jornalista e escritora, com larga experience tanto em STP como em Londres(BBC) deu provas que nao se deixa levar pelo dinheiro ou influencias politicas.

      Repare que quando a São Deus Lima começou a trabalhar na radio e na TVS com Artur Pinho,Carlos de Menezes e outros o Patrice Trovoada nem sequer sabia falar Portugues nem conhecia as ruas de S.Tome.

      São Deus Lima merece o respeito e admiração de todos.

      Se eu fosse o Patrice Trovoada convidaria alguem com experiencia da São Deus Lima para o cargo de consultora para a comunicacao social e relacoes publicas(Press secretary & PR).

      Cheers
      budobaxana@gmail.com

    • E.Santos

      4 de Outubro de 2010 at 19:50

      De facto, não podemos previlegiar países. Temos que previlegiar os nossos interesses. E neste âmbito, são todos estratégicos. Foi isso que entendi das palavras do PM. Só que não tem a noção do posicionamento de Angola na região seria capaz de achar que Angola não é estratégico, mais a mais, como disso, pelos laços históricos. Os Angolanos dizem que STP é a 19.º Privíncia Angolana. Eles conhecem STP menlhor do nós mesmos.
      Além disso o Miguel Trovoada que é pai do Patrice foi posto a frente da Comissão do Golfo da Guiné pelo Presidente Angolano. E pelo que dizem vive em Angola com direito a honras de estado.
      Cada um tem o seu julgamento, mas não se achem mais sabidos do que os que lá andam. Há sempre uma razão para tudo, independentemente da opção que tomam.

  8. Matabala

    3 de Outubro de 2010 at 14:41

    Meu comentário acima referia-se a noticia…não ao acontecimento daquela ocasião…notem só, qualquer um que entra no Tela Nom, quer se informar e acompanhar a evolução do País, e esta manchete tem mais de oito parágrafos, mas a única coisa útil como noticia ai é mesmo o facto de PM. ter feito uma visita, ter sido bem recebido e ter respondido a uma pergunta pertinente…o resto é lixo…é preciso ser-se curto e objectivo nas manchetes, penso eu…

    • Conceição

      5 de Outubro de 2010 at 8:22

      Caro Matabala,

      Parece-me que o senhor chama ‘notícia’ a um género jornalístico chamado ‘crónica.’ Apenas este pequeno reparo.

  9. N.C

    3 de Outubro de 2010 at 14:54

    Realmente,este jornal foi feito para o povo e pelo povo.Para que tantos palavreados e escritas complexas,simplesmente para narar uma afirmacao do primeiro ministro?Esses e outros(experts e intelectus)so torna dificil e complexo a interpretacao dos leitores.Ninguem poe em causa o grau de personalidade e capacidade da jornalista Sao,mas nao precisaria dessa linguagem

  10. Zidane

    3 de Outubro de 2010 at 16:25

    Estou cada vez mais confuso. Angola é ou não é o nosso parceiro estratégico?
    Para mim, podemos cooperar com todos os Paises do mundo, mas é difícil termos parcerias estratégicas com todos eles. O conceito “estratégico” não pode ser muito alargado senão perde a sua eficácia. Tendo em conta os laços históricos,que Angola e Portugal tem com São Tomé e Principe, o grau de desenvolvimento e o peso internacional desses dois Paises, acho que a escolha foi muito bem feita. Vamos continuar a procura de mais parceiros estratégicos,mas não devem ser muitos mais. Talvez mais o Brasil.Como dizia o Primeiros Ministro Patrice Trovoada, parceria significa dar e receber.Talvez aqui é que temos que mudar a nossa maneira de entender a tal propalada “parceria estratégica”para sermos bem sucedidos.

  11. Leve-leve

    3 de Outubro de 2010 at 17:29

    Dona Sao Deus Lima,

    Tenho muita duvida sobre sua qualidade como jornalista, ademais, uma jornalista que ja trabalhou na BBC. Estive em Sao Tome de ferias, e acompanhei com muita atencao os debates que organizaste pos eleicao legislativa de 2010 em STP. Nesses debates constatei que cometeste muitos erros.Eh que nao sabias e nao sabes formular bem as perguntas de forma directa, curta, simples e consisa. Pois, a forma como colocas as perguntas pode deixar o particimpante no debate confuso. Este eh um ponto fraco teu que tens de melhorar quanto nao so serviras mesmo para trabalhar em STP.
    Agora vens outra vez cometer mais um erro gravissimo na sua forma de escrever e de passar mensagem precisamente na manchete que fazias referencia a visita do PM PT a Angola. Escreveste tanta coisa(palhas) para depois dizer uma simple coisa(Patrice Trovoada contraditorio). Pois o titulo da sua manchete devia ser “PM PT Contraditorio na sua politica externa”

    Dona Sao Deus, veh se receba umas reciclagens which you deserve. I’m questioning whether you really worked before for BBC or not. I doubt.

    Thank you!

    My cheers from the USA.

    Da passo leveh-leveh…
    Obrigado

    • Luís

      5 de Outubro de 2010 at 7:46

      Pelo menos é bonita. 🙂

  12. Teodora Cabral

    3 de Outubro de 2010 at 18:42

    Detesto mesquinhez ou ataques de grandeza intelectual ou profissional vindos de gente pequena com intuíto de denegrir os outros ou mesmo colegas de profissão. O senhor Matabala acha que as manchetes devem ser objectivas e curtas. Quem lhe disse que é esta a prática ou padrão a seguir na escola jornalística universal? O estilo da referida jornalística é dela e assenta perfeitamente na crónica assinada sendo bastante compreensível para a generalidade de cidadãos minimamente letrados. O problema é que nem toda a gente no meio jornalístico do país pode fazer aquilo que a São Deus Lima fez. Este é que é o grande problema. Não o podendo fazer tentam arranjar argumentos mesquinhos para denegrir a capacidade e competência da referida autora. É este o grande complexo existente no nosso país: não posso com ele ou com ela, então, vou destruí-la de forma mesquinha e maldosa. É por isso que o senhor Matabala não assina o comentário com o seu verdadeiro nome. É pena que as coisas se passam assim no nosso país. Repara que o senhor Matabala não faz comentários relativamente ao conteúdo da crónica, mas, sim, limita-se a “lambuzar” na forma. Agora pergunto-lhe eu: no jornalismo a forma é mais importante do que o conteúdo? Para quê que as pessoas precisam da forma se entendem perfeitamente o conteúdo? Aliás, o problema em S.T.P é exactamente este: a maior parte dos jornalistas escrevem da mesma forma com erros graves que dificultam a interpretação adequada do conteúdo da notícia. Agora que aparece alguém que previligia o conteúdo, com rigor gramatical, ortográfico, semântico, etc., o senhor Matabala, que pertence a classe conformada com este estado de coisas, sente-se ofendido com esta novidade. É pena que assim seja.
    Eu que não sou sequer amiga da São Deus Lima embora reconheça nela grande capacidade intelectual e de poetisa, aproveitpo esta ocasião para lhe prestar a minha solidariedade perante estes incompetentes e mesquinhos.
    Força São Deus Lima. O país precisa de ti.
    Teodora Cabral
    Fui

  13. Digno de Respeito

    4 de Outubro de 2010 at 0:17

    Cara Conceição Lima,

    Cada um tem o que merece. Entendo que a simpatia e a consideração não adquire mas sim, conquista-se pela dignidade.

    Provávelmente, o “Notre Premièr” conhece algo de “estratégia e marketing”. É um dos elementos vitais que escapou e escapa a alguns dos nossos Executivos senão a boa parte (que ignora o saber ser e o estar).

    Esses elementos evidentes que parecem banais aos olhos de muitos, estuda-se. Acredito que o actual Premièr é um bom estudioso e reve-se em alguém que faz o trabalho de casa. Ele não olha só para o que quer mas também como alcançar o que quer. Parece-me que resta-lhe compor várias equipas de profissionais em determinadas áreas (que não vou enumera porque posso ser induzido em erros).

    Quanto ao conteúdo da autoria São Lima que, claramente (aqui) não se trata de notícia nem informação. Mas sim, de um “Apontamento” digno de comentário. É o ponto de vista de uma profissional em Comunicação, neste caso jornalista que sabe bem o que escreve para o público. No meu entender é bem visto porque a receptividade tida pelo Executivo em Luanda é de facto um marco de diferença. E quanto a isso, posso acrestar recordando a visita efectuada á Lisboa durante o anterior mandato de Patrice Trovoada. Foi uma recepção distinguida das muitas outras efectuadas pelos antecessores.

    Saliento aqui dizer que tudo quanto fazemos mesmo de caracter particular é o objecto de observação perante os olhares exteriores á nós. Afinal, somos meros actores em público. Enquanto vivemos representamos aos outros o que somos intimamente (por vezes é contraditório com o ser social).

    São Lima, apenas peço-lhe que capacite os colaboradores ditos jornalistas para se aplicarem mais na escrita, na insenção e na imparcialidade jornalistica em São Tomé e Príncipe. Que se dediquem ao estudo, pesquisem e afim de cultivarem o espírito de visão global perante o mundo actual.

    Para enterpretar a sua escrita é preciso algum puder de análise e enquadra-la no contexto próprio. Acredito também que queira nas “entre linhas” realçar um facto evidente nos médias internacional.

    Benvida a sua Análise em relação a visita do Executivo santomense á Luanda que em simultâneo disperta aos mais atentos para algo de comparativo em relação ao tempo…

    Escreva mais vezes senhora jornalista (única) santomense! Desejo-lhe a continuação de bom trabalho.

    • Polvo Paul

      4 de Outubro de 2010 at 16:00

      Eu gosto mais da São do que das escritas dela.

    • budobaxana

      4 de Outubro de 2010 at 18:24

      “Eu gosto mais da São do que das escritas dela”.Acabo de ler o “Canto Obscuro às Raízes” e a A Dolorosa Raiz do Micondó.

      She’s smart,sweet and fucking hot.That’s for sure….

      The best we can ever had…Keep your head up Sao Lima.

      Cheers

    • Leve-leve

      6 de Outubro de 2010 at 6:42

      Senhor Digno de Respeito perdeu norte completamente.

      Eh outro Sao Deus Lima k anda por ai. Os comentarios ali sobre a manchete da dignissima Sao nao tem nada haver com a sua analise da politica externa do PT, mas sim sobre a forma como a escreveu uma simple noticia.
      Admais, o senhor nao esta em altura de enfretar um debate sobre questoes de politicas externas ou internacionais. Nao possui o minimo requesito pra tal.

      A Sao Deus devia de ser mais objectiva e sem rodeios neste apontamento como disse o senhor. Pois, um bom trabalho jornalistico veh-se e percebe-se logo no primeiro paragrafo ou mesmo no Titulo da Manchete. Muitas das vezes, o leitor olhando so pra o titulo da manchete ja se pode fazer nocao do que se trata. Fazer jornalismo nao eh ser historiador/a. Ela se limita a querer escrever livro, ser historiadora com muita volta…

      Se queremos desevolver o nosso STP, entao deixemos o professor ser professor, ministro ser ministro, policia ser policia, pai ser pai, mae ser mae, filho ser filho, jornalista ser jornalista, vianteiro ser vianteiro, etc… assim estariamos aproximar o professionalismo e nao generalismo.

      Seja simples e direto. Um lingua esta em constante evolucao, ela tem uma forma de escrever muito arcaica para jornalismo moderno.

      Obrigado!

      My thank from USA, God bless STP.

    • Conceição

      6 de Outubro de 2010 at 10:27

      Crónica – Apenas tres possíveis definições

      1. Rubrica regular ou artigo de ocasião, de carácter polémico, irónico ou humorístico.

      2.Rubrica regular, também chamada ‘bilhete’, que reflecte a visão pessoal e ocasional de um jornalista.

      3. Narração de factos e a valorização interpretativa dos mesmos. Caracteriza-se por uma certa continuidade resultante quer da pessoa do jornalista quer dos temas e ambientes versados.

      P.S. A crónica encontra-se, com frequência, numa zona de hesitação, entre o jornalismo e a literatura, havendo controvérsia entre alguns estudiosos sobre onde a situar. Não é por acaso que alguns grandes escritores foram cronistas. José Saramago foi um grande cultor do género crónica. Mia Couto também. Luís Sepúlveda, idem. G. Greene, igualmente. Na crónica, a familiaridade entre o autor e o leitor estabelece-se em grande medida devido ao estilo do autor. Ou se gosta ou não se gosta. Mas isto é algo que ultrapassa completamente o autor.

      Cumprimentos

  14. Calulu

    4 de Outubro de 2010 at 7:58

    São de Deus Lima, peço desculpas pela ignorância de alguns comentadores. Infelizmente, muitos ainda não têm a capacidade de absorver esse tipo de informação, mas acredito que existe muitos outros leitores que souberam tirar as informações no artigo. Deixo aqui um recado:
    “Não é a São de Deus Lima que tem de escrever à baixo nível para ser entendida, mas sim os leitores que têm de evoluir para retirar máximo de informações nessa e em muitas outras “escritas”, nacional e internacional.”

    O nosso futuro depende da nossa evolução.

  15. Fernando Augusto(Cocas)

    4 de Outubro de 2010 at 9:43

    Nao devemos fazer a tempostades num copo de agua.E normal o PM responder assim,porque na realidade Angola sempre foi alto parceiro,mais o facto de nao implica o que.Nao e por isso e que se houver hipoteses para outros parceiros,tambem e bem vindo.Reserva ou odio nunca criou desenvolvimento para ninguem,apenas atrasos.Temos e que saber apoiar o novo governo para juntos construirmos o nosso pais.

  16. moreno

    4 de Outubro de 2010 at 11:55

    uma grande jornalista com provas dadas. la tenho muita admiracao , mas desta vez creio que deixou os seus creditos por maos “alheias”.estamos habituados a ver trabalhos desta patriota com mais conteudo , mas dignos de leitura.com todo respeito que me merece escreveu muito y pouco informou,mas um bem haja para Conceicao Lima que para mim e uma profissional de classe, e de grande competencia.

  17. Osama bin Laden

    4 de Outubro de 2010 at 13:16

    Eu gostaria de comer a “arroz doce” da Conceição é muito bom se estiver recheado com canela ainda mais doce fica.
    Faz tempo que não como “arroz doce” que a Conceição faz muito bem.
    Que saudades…

    • Polvo Paul

      4 de Outubro de 2010 at 16:02

      O senhor está a falar de qual? “arroz doce”, seja mais claro quero perceber melhor o alcance das suas frases…

    • Teodora Cabral

      4 de Outubro de 2010 at 22:01

      Enquanto não resolvermos o problema da ignorância, mequinhez, e ileteracia no país não haverá salvação… O problema não é o país são as pessoas. Pelo facto de termos falhado na educação de algumas gerações estamos a pagar um preço caro por isso mesmo. Que educação estas pessoas darão aos seus filhos??? Que país estamos a construir? Eu quero distância desta gente, Deus me livre…

      Teodora Cabral
      Fui

    • Osama bin Laden

      6 de Outubro de 2010 at 11:09

      O senhor não sabe o que é “arroz doce”? Pense um pouco.

  18. Hiost. Vaz

    5 de Outubro de 2010 at 10:37

    Os Comentarios merecem atençao de quem o le e nao coisas insignificantes como no caso de alguns referidos sejamos porem contrutivos so assim os outros poderao ler o queremos expressar
    FFFFUUUUIIIIII

  19. Sofredor

    5 de Outubro de 2010 at 11:14

    Sofredor
    Senhores invejosos. A jornalista fez um comentário de alto nivel . A altura de um Primeiro Ministro de alto nivel.Quem não entendeu vai estudar mais para enteder. Ai niguem pode baixar o nivel. Cada um deve esforçar para subir de nivel de compreenção. Angola e STP têem laços históricos. Se O Presidente Angolanos recebeu bem o nosso 1º Ministro deveriamos ficar orgulhosos.Se noutros governos tivemos Primeiros Ministros q não se faziam respeitar claro q cada um teve o seu tratamento. Niguem é igual a ninguém. PUXA? Até uma boa recepção vos encomoda? Qual é a tua ? Vocês são de q planeta?Será que são mesmos Santomenses?.

  20. Justiça, apenas um IDEAL!

    5 de Outubro de 2010 at 13:20

    Penso k o comentário da jornalista, envidência de facto, uma contradição nos discursos do Nosso Primeiro; e penso ainda k, quer mostrar a atenção k comunicação social e seus autores devem ter no desenrolar dos acontecimentos passado, presente e futuro (Analise) da nossa martirizada sociedade, junto com população de forma construtiva. Obrigado pelo alerta!

  21. deolindo semedo

    5 de Outubro de 2010 at 19:37

    a são lima esteve fora do país durante cerca de 20 anos e não tem memória dalguns factos.
    desde 1975 até hoje, não houve um PM de STP que foi tão bem recebido em Angola do que Guilherme Pósser da Costa.

    • São Lima

      6 de Outubro de 2010 at 9:22

      Senhor Deolindo:
      Não tenho o costume de comentar os comentários àquilo que escrevo, até porque os leitores são livres e lhes reconheço um atestado de capacidade interpretativa. Sobretudo se com eles partilho, até prova em contrário, a mesma língua. Vou abrir uma excepção por achar que algo genuinamente lhe escapou:
      em momento algum disse na minha crónica que Patrice Trovoada foi o mais bem recebido Primeiro-ministro de STP em Angola. Por uma razão simples: não sei como foram recebidos os outros.
      O que disse foi que dificilmente Patrice Trovoada voltará a ser recebido com tamanha pompa e solenidade. Mas mesmo isso foi um vaticínio,poderá vir a ser.
      São Lima

  22. Annestep

    6 de Outubro de 2010 at 10:02

    Caros,

    A resposta a pergunta da São Deus Lima:

    http://jornaldeangola.sapo.ao/20/0/george_chicoty_esta_em_s_tome

    O resto – muito na “tradição” do que tem sido o n/ país nos últimos tempos -, baixeza na analise, complexos, falta de perspectiva e de visão crítica, é inqualificável, quando se comenta uma opinião, que foi o que a autora do artigo fez, opinou, analisando.

    (Com “o resto” faço referência a alguns comentários deixados aqui.)

    Abílio Neto

    • budobaxana

      6 de Outubro de 2010 at 11:58

      Abílio Neto:

      Nada mais assustador que a ignorância em acção” (Johann W. Goethe)

      É realmente inqualificável o baixo nivel de interpretação e capacidade intelectual de alguns Santomenses.

      Leia o comentario do tal Sr. Deolindo semedo (em cima) e verás que estamos a lidar com uma banda de “ass holes”.

      É triste.
      budobaxana@gmail.com

  23. Digno de Respeito

    8 de Outubro de 2010 at 3:18

    Habitualmente não respondo aos comentários porque entendo que todos são livre de os fazer. Como fazê-lo, já são outras “caminhadas”.

    Desta vez respondo a título excepcional ao Sr. LEVE LEVE que “só sei que nada sei” como o ser sabe que não sei dizendo o que não disse, resta-me apenas ajudar-lhe (se permite), que existem vários estilos de escritas e MODELOS DA NARRATIVA em nem se que adianta falar-lhe dos GÉNEROS e porque o mar de palavras é imensa, deixo-lhe “mergulhado” na sua onda de (de)conhecimento porque o debate sobre o assunto referenciado por si só seria possível no palco real e não “mundo virtual” em que se encontra.

    Quanto aquilo que apelida de MANCHETE, eu atribuiria outro nome. Aproveito, deixar-lhe com o título sugestivo de São Lima “A Pompa e a Pergunta” acompanhado da citação reflexiva de Johann W. Goethe “Nada mais assustador que a ignorância em acção”, graças ao Abílio Neto.

    Realmente, a lingua é mutável. Resta-nos o poder de encache e a respectiva predominância dos seus aspectos. Logo, a autora do artigo em discussão revelou a sua arte através da escrita.

    Assim, desejo-lhe a continuação de bons estudos no palco nacional e internacional na expectativa de excelentes notas para o engradencimento de STP.

  24. manuel fernandes da trindade

    10 de Outubro de 2010 at 1:27

    São decidiu passar descradamente sem fundamento capaz ao ataque. Ela perdeu, quer dizer um dos seus partidos mlstp e um dos seus amigos – rafael branco perdeu. Isso n é jornalismo, chama-se raiva – é tb para a a senhora q escreve com falso nom teodora cabral q n é ´dificil saber quem é. mas é assim que quer tela nom

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