Opinião

Osvaldo Abreu a partir da África do Sul

Acabamos de tomar conhecimento através da notícia publicada por Tela Nón sobre a posição de STP no ranking do IDH. Na mencionada notícia ficamos também a saber que de entre as várias variáveis que contribuíram para que o nosso desempenho não fosse melhor está a educação:

“De acordo com o relatório, 80,5% dos são-tomenses são pobres e “sofrem privação” em saúde, educação e renda. Destes, o principal item, segundo o relatório, é a educação. “O que mais pesa na pobreza é a educação. O novo IDH mostra que é necessário dar mais importância à educação em São Tomé e Príncipe”, disse Comim.”

Fim da citação.

Bem. De acordo com o meu entendimento sobre o caso Educação e sem ser especialista na matéria, tenho vindo batendo e debatendo sobre o assunto por mais de uma década em São Tomé e Príncipe. A minha humilde contribuição é do conhecimento do público em geral e de vários Ministros e Responsáveis da área em particular. Os dois artigos publicados por mim e titulados “Mais Um Liceu Já” e “Mais Um Liceu Aonde” constituem uma ínfima parte daquilo que infrutuosamente tenho tratado de defender:

·         Sem uma Educação adequada e de qualidade não chegamos lá.

·         Uma Nação com 35 anos de idade em que o único Liceu colonial continua a espera de um irmão mais novo não pode esperar melhor resultado.

·         Um por-acabar Segundo Liceu sendo implantado numa localidade obedecendo mais a critérios políticos/pessoais do que institucional/nacional/racional, deficilmente vai responder as expectativas definidas; descongestionar o Liceu actual com mais de 7 mil alunos.

Aproveito para, uma vez mais, deixar a consideração dos leitores o artigo publicado por Telanón aos 3 de Julho de 2005 em que fazia um apelo a Sociedade Civil sobre a necessidade de se Juntar por MAIS UM LICEU em STP.

Um bem-haja.

Cidadão, Osvaldo Abreu

Nota: Aproveito também para pedir desculpas pelos erros gramaticais/ortográficos ainda presentes naquela publicação devido sobretudo a grande influência do castelhano/cubano sobre o “meu português”. Não é uma escusa por isso tenho melhorado neste aspecto. Só estudei Português até 7ª Classe. Agradeço também as pessoas que me têm ajudado neste aspecto.

1 Liceu, Já

Por: Osvaldo Abreu

A Educação e o Sistema de Ensino Institucionalizado, assim como a política para o Sector de Educação têm estado nas agendas como matéria prioritária dos sucessivos Governos e demais Poderes da nossa República Democrática.

O resultado até agora encontrado relativamente a este factor de prioridade governativa e de Estado é
visivelmente um redondo e contínuo fracasso.

Para mim, o mais grave não é o declínio como tal da qualidade do ensino, mas sim a perca de confiança no sistema de Educação do País por parte dos beneficiários e dos fazedores deste sistema, e a todos os níveis.

Sem rodeios, é evidente que nem os próprios decisores-dirigentes confiam no sistema de educação
existente, nem os professores e educadores e muito menos ainda os alunos e os encarregados de educação. A luta desesperada que se vem travando pela conquista e conservação de um lugar no IDF – Instituto Diocesano de Formação, por exemplo, é prova disto. O comportamento dos principais autores do referido sistema é outra prova. Senão vejamos;

Os alunos de sacolas e mochilas na mão marcham diariamente para as respectivas escolas, como se tratasse de um simples acto de preenchimento de tempos livres nos dias úteis da semana. Quase como uma espécie de ritual semelhante ao ir à missa todos os domingos.

O ritual dos professores não foge muito a regra. O trajecto casa-escola destes, é feito com algum
nervosismo. Alguns menos suados do que outros, o nervosismo aumenta a medida que a porta da sala de aula fica mais próxima. A permanência interminável na sala de aula medida em 45 (ou 90) minutos para “expor” ou “ditar” os apontamentos, transforma-se numa missão impossível num ambiente de elevada temperatura, pressão, excessivo número de alunos na turma, deficiente iluminação, aromas estranhos, ruídos e barulhos insuportáveis. No fim da jornada a recompensa. O livro-de-ponto fica assinado garantindo o “ganha-pão” do mês.

Para os pais e encarregados de educação, o panorama é algo diferente. O alívio dos encarregados de educação em ver os seus educandos a saírem para escola, contrapõe com a permanente dúvida na hora de chegada dos pupilos. Mas para não estragar o ritual o melhor é “convencer-se ” de que as coisas não estão mal. Afinal de contas, os meninos estão indo todos os dias às escolas.

Os governantes e decisores reservam as suas aparições no ritual para o início e o fim do ano lectivo.
Mensagem de coragem por um lado, e de missão cumprida por outro, sucedem-se anos pós anos. Durante o período do ritual a presença deles é reduzida a simples “contempladores” passivos desfrutando o romântico desfile de ida e regresso dos “uniformizados” alunos, assim como dos cansados e conformados educadores e professores. Esta permanente marcha de ida e volta serve também para que o sistema, de uma forma irrevogável e convincente, exiba aos quatro ventos que de facto o ensino é prioritário. Pois, afinal de contas as coisas estão indo. P’ra onde? – Pergunta sem resposta, ou melhor, pergunta sem sentido.

É assim o nosso perfeito ritual em que todos participamos e todos colaboramos. Bem, quase todos.
Quase todos porque o sistema faz questão de expurgar do seio do ritual coisas ou protagonistas como sabedoria, qualidade, nível, competência, estímulo, controlo e rigor, exigência, excelência etc, etc, coisas demasiadas chatas e antiquadas para fazerem parte do convívio de bem e da modernidade.

De algum tempo p’ra aqui, éramos unânimes em considerar de inaceitável ter 50 a 60 alunos numa
turma de mais ou menos 4×6 metros, num puro ambiente de salve-se quem puder. Um típico ambiente onde os mais fortes conseguem conservar os seus lugares. Pura escolha natural. Os pontapés, empurrões e insultos de todo género fazem parte do quotidiano. Coisas, que devem ficar resolvidas antes da chegada do professor, para evitar que este “considere a aula dada” devido a indisciplina, ou opte por, falta-de-castigo-colectiva.

Hoje, aquelas coisas e outras do género são normais, aceitáveis e fazem parte da nossa rotina, com
“atenuante” de que já não são 50 a 60 alunos, mas sim 70 a 80 por turma. Ou seja, conseguimos fazer realidade o sonho de “educação para todos”.

A participação que tenho tido neste convívio me permite, pelo menos, fazer comparações; Há 7 anos
havia, em média, 55 alunos por turma, passagem administrativa era excessiva, o interesse dos alunos era razoável e os aproveitamentos menos do que desejado. As bases de conhecimento, de matemática por exemplo, eram muito pouca. Dar aulas com a ambição de ter algum êxito não era só um desafio, era uma espécie de morte anunciada.

O tempo passou o sistema continuou a sua caminhada e hoje, o que é que temos? As salas de aulas estão muito mais repletas e saturadas. O desconhecimento de conhecimentos básicos ou daqueles mínimos necessários para o acompanhamento de uma determinada matéria que supostamente devia ter sido adquirido no ano anterior é coisa rara. O conhecimento científico e académico dos alunos está em vias de extinção.

Estatisticamente, 7 anos atrás os alunos que estão na 11ª estariam entre 4ª e 6ª classe. Estes tiveram que atravessar a ponte-do-sistema-de-ensino. O resultado dessa travessia não é fabricável. O conhecimento (não) adquirido, podendo ser moldado nas pautas não são moldáveis nas cabeças, digo, no cérebro, dos alunos. Não há engano. É só privar durante cinco minutos com os tais alunos para se perceber a diferença entre onde estão quanto ao grau académico e onde deveriam estar
quanto ao conhecimento mínimo adquirido.

Um professor Português do Instituto Camões comentou recentemente numa reunião alguma coisa como; “os estudantes que deverão ser graduados na Língua
Portuguesa no ISP – STP este ano, eu não os
transitaria de 8�� ou 9ª classe em Portugal…”. Sem fazer ligação a Portugal, eu tenho um sentimento e percepção relativamente próximo quanto ao conhecimento de Matemática.

A quem responsabilizar? Quem vai pagar pelas consequências? O que é que será de nós como país?

Contrariamente ao que nos poderia levar a pensar, a evolução negativa do nosso Sistema de Ensino, de repente começou a sofrer uma certa resistência social e individual.

Vejamos; até ano lectivo 2002/2003, o ISP, tinha uma matrícula efectiva que não ultrapassava os 100
alunos/ano. Apesar de desincentivos vindo da própria classe dirigente em relação ao ISP, este Instituto reporta uma matrícula efectiva de mais de 400 estudantes neste ano lectivo 2004/2005.

Uma boa parte de jovens quadros com formações práticas e profissionais, e entre eles, alguns com destacados e invejáveis percursos profissionais, que por razões diversas não saíram do país para fazerem formação superior, estão matriculados ou procurando os cursos de Bacharelatos oferecidos pelo ISP.

Ora bem, esses acontecimentos têm lugar numa altura em que o nosso Sistema de Ensino apresenta retrocessos sem precedentes, e num ambiente em que, o próprio poder político tentou colocar em causa o ISP como alternativa para saída profissional no país.

A verdade é que a procura de possibilidades de ser habilitado não fica só por aqui. O curso nocturno do ensino básico teve que abrir as portas do Liceu Nacional, para socorrer a Escola Preparatória Patrice Lumumba cuja capacidade ficou muito longe da procura.

As iniciativas de cursos práticos de curta duração e estágios produzidos por pequenos centros para o efeito são cada vez maiores e mais procuradas.

Verifica-se desta forma, duas situações opostas; por um lado temos o Sistema de Ensino Institucionalizado desencorajando e despromovendo a educação, e por outro, a procura do saber e a necessidade de estar mais habilitado vai ganhando força vertiginosamente.

Não querendo brincar ao sociólogo nem nada parecido, atrevo-me a tecer alguns palpites:

(a) Numa primeira reflexão, este facto aparentemente contraditório pode estar relacionado com as recentes caravanas de estudantes bolseiros para Cuba, Brasil, Moçambique e Portugal. Pois, sabe-se que no regresso dos mesmos a vida laboral e profissional em S. Tomé e Príncipe não será a mesma.

(b) Especula-se também que a recente onda de colocação de pessoal formado em substituição dos antigos “conhecedores-do-trabalho” e menos letrados, está forçando tanto os antigos como os
mais jovens a mudarem de atitude.

(c) O regresso em números cada vez maior dos graduados em Portugal está exercendo uma pressão positiva sobre o sistema profissional/laboral e colocando cada vez mais alto os requisitos mínimos de admissão para vários serviços.

(d) Os frequentes anúncios, ou concursos públicos para empregos relativamente bem remunerados com pré-requisitos cada vez mais exigentes e limitativos academicamente.

(e) Por último, e não menos importante, introdução do horário Pós-laboral (17:15 até 21:30) assim como de novos cursos (Gestão de Empresa, Contabilidade e Finanças, Língua Portuguesa,
Línguas Modernas e Secretariado) no ISP.

O problema agora está no facto da recuperação da atitude pública relativamente a necessidade de ser habilitado, não esta encontrando eco nenhum na atitude política e dirigente do pa��s. Entre estas duas atitudes e entre a corrida às escolas e o sucumbir do sistema de ensino encontramos um enorme, triste e frustrante buraco que o silêncio quer fazer questão de tapar. Definitivamente, o Sistema (Estado) parece ser o único a não perceber, ou não querer ver o que esta acontecendo.

A sociedade deve portanto, fazer o necessário para diminuir o vazio existente e estimular a recente
tendência de regresso as aulas. Neste sentido quero fazer um apelo a toda Sociedade Civil e não só, no sentido de agir de forma vigorosa, para que a vontade de ir a escola encontre escolas e com níveis aceitáveis. Uma boa maneira de começar a intervenção
Civil sem esperar pela vontade política seria lançar uma grande campanha com a insígnia; Mais 1 Liceu, Já.

Não tenhamos ilusões, nada pode ser prioritário antes da educação. Com a população pouco-educada a Biblioteca Nacional ficará vazia, a Casa de Cinema e a
Casa de Cultura ficarão muito longe do desempenho esperado, as campanhas de sensibilização contra o paludismo ou sida serão menos efectivas e se multiplicarão as Feiras-de-Ponto por todos os cantos.

Finalmente, se as coisas continuarem como estão, nos próximos 7 anos a ponte-do-sistema-de-ensino continuará a ser testemunha deste vergonhoso e indigno acto em que as crianças que estão entrando agora no Sistema de Educação estariam terminando o ensino primário ou iniciando o secundário, as que agora estão no secundário estariam terminando o liceu, os jovens que estão deixando o liceu estariam fazendo fileiras para próximos dirigentes, comerciantes, técnicos ou
candongueiros. E para a nossa sorte-de-destino todos teriam os mesmos princípios os mesmos valores e as mesmas virtudes que o nosso actual Sistema de Educação lhes está proporcionando.

Artigo de Opinião publicado por Tela Nón no dia 3 de Julho de 2005

20 Comments

20 Comments

  1. Amadeu de D.

    10 de Novembro de 2010 at 22:24

    Já é 15ª vez que eu vejo isto, fogô. Faça algo novo. Pense, reflicta e faça algo novo.
    Amadeu de D.

    • Venâncio

      11 de Novembro de 2010 at 20:07

      Para senhores comentaristas sem identidade por favor tragam algo de novo.

      Param por favor com soberbisses.

      Tiram as máscaras o mostra a vossa copetência para a nação.

  2. Chris Allen

    10 de Novembro de 2010 at 23:24

    Otimo post Osvaldo.

    Eu li os dois e li tambem o da pesquisa.
    Com certeza a educação fundamental neste sentido. Não se pode esperar outra realidade quando não se da condição para você estudar.
    A falta de condição desmotiva qualquer um e vc acaba não tenho um rendimento adequado.
    Aonde ja se viu um liceu não ter casa de banho para os alunos fazerem as suas necessidades fisiologicas (mas de 8 mil alunos e muitos venhem de fora de cidade). Estudei todos os meus anos la e nunca teve uma casa de banho funcionando e você era obrigado a fazer as suas necessidades fisiologicas em casa antes de ir para a escola. Quando não fosse o caso você muitas vezes era obrigado a ir a procura de casa de amigos ou ate mesmo para casa se satisfazer (Muitos casos eram ali na praia em frente ao liceu).
    Isso tudo contribui para a falta de conhecimento deste povo.
    Muito triste o que vemos em nosso país.

  3. Jonnes

    11 de Novembro de 2010 at 0:26

    Caro compatriota!
    Os seus erros não são de lamentar. Por isso não se preocupe com o castelhano/cubano. Aliás o Sr. já se encontra no meio lusófono há pouco mais de dez anos. Tempo, mais duque suficiente para o aperfeiçoamento do seu português.
    À mim, me preocupa a sua incapacidade de síntese.
    Espero que os próximos artigos apareçam devidamente resumidos, caso contrário(…).Um artigo publicado num jornal com as características do Téla Nón, não visa apenas os leitores residentes em S.Tomé e Príncipe. E mesmo assim! Só se as pessoas lá não têm mais que fazer. E se não têm mais que fazer, Sr. está a contribuir para piorar a situação. Já imaginou (a titulo de exemplo) se 70% dos funcionários da administração pública decidirem compreender os seu artigo?
    Por amor de Deus!
    Para sua reflexão:
    “O tempo é o recurso mais escasso e, a não ser que seja gerido, nada mais pode ser gerido…” – (Peter Drucker)

    • juan

      11 de Novembro de 2010 at 13:13

      Mr. jonne
      o que interessa é a mensagem que osvaldo quer fazer passar e que os outros parecem ignorar. quanto tempo passou de 2005 até a data? o que é que mudou? qual foi a sua contribuicao? Este é o tempo que interessa. O texto é antigo mas a mensagem bem actual e espelha a realidade do sistema. obrigado profe osvaldo pela capacidade de mostrar com palavras essas realidades. nao se preocupe muito com os detalhes de portugues ou peça ajuda a professora fernanda pontifice.

    • Leopoldo

      11 de Novembro de 2010 at 18:34

      Desculpa lá, estã não! O senhor quer impimgir ao outro o seu estilo de escrita. O problema é seu. Se o senhor não consegue ler o problema é seu. Por favor!!!! Tenha dó! Só faltava isto, agora. Eu aceito que o senhor dê conselhos ao Osvaldo para melhorar o texto, em termos de organização frásica, sintetizando-o. Mas, este é um problema seu. Não é meu. Eu também sou leitor de S.Tomé e deste jornal e gosto de textos com aquelas características. E, também, não gosto muito de textos sintécticos de mais, mas, nem por isso, ando a pedir às pessoas que o fazem para mudarem a sua forma de escrever. Só faltava isso. Peço-o desculpas, mas não concordo com isso. Eu leio jornais internacionais e, vejo neles, textos mais sintécticos e outros mais extensos. Não deixo de os comprar ou ler, por isso mesmo. Existem gostos diferentes para todos.
      Um abraço
      Leopoldo

  4. Jonnes

    11 de Novembro de 2010 at 0:30

    Caro compatriota!
    Os seus erros não são de lamentar. Por isso não se preocupe com o castelhano/cubano. Aliás o Sr. já se encontra no meio lusófono há pouco mais de dez anos. Tempo, mais duque suficiente para o aperfeiçoamento do seu português.
    À mim, me preocupa a sua incapacidade de síntese.
    Espero que os próximos artigos apareçam devidamente resumidos, caso contrário (…). Um artigo publicado num jornal com as características do Téla Nón, não visa apenas os leitores residentes em S.Tomé e Príncipe. E mesmo assim! Só se as pessoas lá não têm mais que fazer. E se não têm mais que fazer, Sr. está a contribuir para piorar a situação. Já imaginou (a titulo de exemplo) se 70% dos funcionários da administração pública decidirem compreender os seus artigos?
    Por amor de Deus!
    Para sua reflexão:
    “O tempo é o recurso mais escasso e, a não ser que seja gerido, nada mais pode ser gerido…” – (Peter Drucker)

  5. Digno de Respeito

    11 de Novembro de 2010 at 1:27

    Caro Osvaldo,

    O seu artigo revela um considerando de um atento observador preocupado com o futuro dos nossos filhos. Sem entrar em pormenores em relação a sua apreciação sociocultural, saltou-me a vista o comparando entre o Sistema Nacional de ensino e o sistema praticado pelo IDF. Grande distância…. O distanciamento é tão grande e discrepante que pergunto:

    – Quem são os “meninos” que frequentam o IDF (que bem me recordo como começou a história do Instituto)?

    – E quem são os que frequentam o ensino nacional incluindo o ISP?

    No meu entender, o docente do ISP, deveria revelar-se mais qualificado. Ora, pergunto qual ou quais a(s) fonte(s) de pesquisa que os alunos têm para se desenvolverem e se apresentarem como verdadeiros capacitados perante o mundo globalizado? Esquecem-se de que estamos cada vez mais no mundo de competição e inovação.

    Em tempos idos já um dos professores (que foram meus e talvez teus) anteviam esse desfecho negativo para a educação em STP. Um deles disse na nossa sala de aulas: “Voces(alunos) se não aproveitam agora com os professores que têm para estudar e terem boas notas, futuramente nem o vossa 11ª classe servirá meus para brilhar a voces próprios”. Naquela altura eu estudava na antiga escola preparatória e pertencia uma das primeira turmas daquele estabelicimento de ensino. E referimo-me a um dos melhores quadro docente que o Ministério de Educação já pode conhecer em toda sua história de ensino: JANUÁRIO GRAÇA, EURICO GRAÇA, JOANA ARAGÃO, MARINA e AMANCIO TRINDADE. Com toda franqueza digo que esses sim vestiram a “camisola” do ensino santomense e ofereceram o seu saber á muitos dos que hoje até ja atingiram o patamar do executivo no País.

    Perante todo esse cenário e resultado resta-me partilhar convosco como ensinava o saudoso mestre Martin Luther King, “o que me assusta não são as ações e os gritos das pessoas más, mas a indiferença e o silêncio das pessoas boas”. Reflictam bem nas vossas acções, atitudes e tirem conclusões…

  6. Afonso Fernandes

    11 de Novembro de 2010 at 8:11

    Como k o conhecimento minimo adquirido possa ser das melhor , sabendo k o ensino actual ha uma nova regra de ensino , o professor k leciona Matématica deve lecionar uma outra disciplina , sabendo k o tal professor domina mais a desciplina de Matématica .Um professor de Português leciona o Português e o Francês, sabendo k este professor não fala bem o Francês. Será mesmo este o caminho para melhor ensino?

  7. elisa dende

    11 de Novembro de 2010 at 8:42

    Olha jovem,força e continua assim.
    Um dia alguem vai te dar ouvidos.
    Nao perca esperanças. Inadmissível tais situações: liceu concebido para 500 a 1000 alunos com 7000; salas de aulas com 70.
    O tal liceu novo vai ser para filhos de pobres.É por isso que o construiram naquele beco. Con tantos outros lugares em Mezochi. Eu li o seu teu artigo sobre um licei aonde… emfim…
    Eu como nao tenho dinheiro para pagar IDF o que me resta é rezar.
    Esta tudo mascarado como alguem disse por aqui.
    viva STP

    • nissley pedroso

      12 de Novembro de 2010 at 23:18

      p mim é simples encontrar a soluxao :deixar de cmprar carros luxoosos e novos p os tais fulanos e fzer aperto serio a qem roubou ou rouba,,, e dicidir sem medo pq DE nada perderemos em conxtruirMOS mais escolas (liceus) q p mim seriam ja 3 (em lemba,me-zochi,e cantagalo)pq é uma lastima ver liceu na condixoes q ta,verem sofrimentos dos coitados alunos p aprenderem e serem homenx de amanha .o problema n é dnheiro pq isso tem e tem q ter p essa necessidade e nem val e apnas dzerem q n dá…”BASTA VEREM P CAMPO DE MILHO ,CARROS DESSES LADROES DE DIRIGENTES!”…..FORXA JUVENTUDE OU AGoRA OU NUNCA,.abaixo a monopolizaxao,partidarismo,e portunismo e q diabo os levem p o inferno….

  8. xp

    11 de Novembro de 2010 at 13:27

    caro

  9. Osama bin Laden

    11 de Novembro de 2010 at 13:48

    Osvaldo chegou em STP e juntou-se ao grupo que come dinheiro de petróleo de STP, depois deu fora, e encontra-se algures no mundo a mandar embaixada. Quando cá estiveste, alguma vez abriste pelo menos um centro de explicação para ensinar os mais novos? Tudo que fazias era facturação para teu bolso e bolso dos teus amigos e das ameninas boquitas. Agora não vem com essas conversas.
    Estavas áspera que o MLSTP ganhasse eleições para vires ser ministro, é só para isso que vocês servem.
    Cala-te Osvaldo.

    O país está a precisar de pessoas para trabalhar, e não para estar a falar quando os convém.

    Eu quero lá saber se falas castelhano/cubano ou castelhano/Espanhol, isso é teu problema, isso demonstra como gosto de STP nem a nossa língua oficial não queres aprender. Aprenda pelo menos Português/de STP, dê uma olhada na “Carta pá Apolinaria” que A Conceição Lima escreveu, está disponível no Tela Non vê se tiras de lá alguma coisa do Português de STP.

    Já agora, Osvaldo Sabes quem ficou com 1 milhão de dólar do nosso país? Há rumores que não dê entrada na fazenda pública.

  10. rui medeiros

    11 de Novembro de 2010 at 14:53

    Caro Osvaldo , espero que alguns desses governantes pilantras se mentalizem que foi , é e será urgentissimo investir na educacao e tomem como exemplo alguns dos pontos muito bem referenciado por si ,se nao quizerem ser apelidado no futuro de [PAI DA POPREZA DE STP] UM ABRC RUCA

  11. Venâncio

    11 de Novembro de 2010 at 20:06

    Para senhores comentaristas sem identidade por favor tragam algo de novo.

    Param por favor com soberbisses.

    Tiram as máscaras o mostra a vossa copetência para a nação.

  12. Justinha

    11 de Novembro de 2010 at 22:43

    La estamos nós os santolas como sempre.
    Um tema super importante para um bom debate e nos matamos em intrigas e coisas que não interessa. Não importa quem apresentou o tema mas sim a pertinencia do mesmo.
    Não deixemos perder a ocasião e deixemos de autoesfolarmos.
    Que cada um apresente os seus argumentos sobre o estado da educação dos nossos filhos e irmãos
    Tenho dito

  13. Jonnes

    12 de Novembro de 2010 at 10:16

    Então Sr. Venâncio! Quem é?
    Não se esqueça que há liberdade de expressão em STP. Este é um espaço público.Fique sossegado porque o Osvaldo sabe quem ele é.Isto acontece em todas as partes do mundo. Sr. não está a espera que os santomenses se transformem em perfeitos,pois não?

    • António L.

      12 de Novembro de 2010 at 15:48

      Senhor Jonnes

      Perfeitos? Quem lhe disse que a perfeição vem de si, quanto à organização de um texto ou crónica? Quem lhe disse que é o senhor que dita as regras de perfeição quanto ao conteúdo e estética de uma crónica? Deixe-se de arrogâncias porque em S.Tomé e Príncipe também há quem saiba escrever, e muito bem.
      Cumprimentos
      António

  14. Fernanda Alegre

    12 de Novembro de 2010 at 10:29

    Urgente!!!! é mais doque isso…num País como nosso e em condições que estamos devia ser feito a muito tempo.
    Eu tbm passei por lá alguns anos até que vim a Portugal dar continuidade aos meus estudos…é verdade que n é nada que se compare com S.Tomé e Principe…

    Mas n vou dizer que aquilo que aprende no País n serve…Temos que ver as coisas e saber entende-las em varias vertentes.

    Neste caso o governo é 100% culpado pela situação que decorre no País…Com tanto dinheiro que recebe n resolve as coisas..

    É impossivel esquecer os momentos que passei naquela escola com 80 alunos por turma..havia dias que sentavamos de pés (esse era o termo que usavamos) sem livros em condições enfim isso tudo já o conhecemos,mas os únicos que n sabem são os nossos governantes..pois se o sabem n estão interessados, visto que os seus filhos estão no IDF.

    É uma situação lamentavel sinto muito triste como santomense e como alguem que presidenciou tudo isso e com medo de gerações futuras…pois ninguém merece tal coisa.

    EM breve como futura tecnica de turismo ambiental e rural e como santomense darei o meu contributo mesmo pouco porque orgulho-me de ser santomense.

    Agora é o momento de agirmos juntos!!!
    N basta falarmos…

  15. mariana salvaterra

    12 de Novembro de 2010 at 14:54

    hello christ allen!.. seja lovado é…
    a denúncia ética tem que seguir a uma tomada de accao prática, a sociedade civil tem que se organizar… 8 mil alunos organizados é uma forca invencível
    neste caso o grupo estudantil desta escola deve reunir-se em plenário exigir democraticamente,que as casas de banhos funcionem em pleno,assim como funcionários que cuidem da higene pública no establecimento escolar…se o assunto nao se resolver dentro da estrutura escolar os estudantes fazem chegar uma peticao ao governo e pedem o direito a manisfestacao ordeiramente repito ordeiramente.até que se resolva esta necessidade basica…eu estudei naquele liceu era lindo tenho saudades imensas do mar azul e as ondas a beijar a praia… boa sorte.

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