Sociedade

Promessa do Primeiro-ministro Rafael Branco em garantir quadra natalícia iluminada está em risco

Grande parte drafael-branco.jpga cidade capital e arredores com destaque para a zona do hospital central Ayres de Menezes e a zona do Quartel-general das Forças armadas está no escuro, há mais de dois dias. Tudo por causa de uma avaria no cabo subterrâneo que conduz a corrente eléctrica para aquelas zonas da capital. A avaria cuja solução ainda não tem prazo, aconteceu após a ministra da energia ter visitado a EMAE e ter renovado a promessa do governo de que tudo estava a ser feito para o natal 2008 ser iluminado.

O Chefe do Governo Rafael Branco, garantiu a todo o país que a quadra natalícia será iluminada, e a ministra Cristina Dias que chefia o sector da energia, renovou na última sexta-feira a promessa do empenho do executivo em iluminar o país na festa do natal.

No dia seguinte surgiu o primeiro sinal de que a promessa do executivo está em risco. A crise energética agravou-se ainda mais por causa de uma avaria no cabo subterrâneo que alimenta grande parte da cidade capital e arredores. A escuridão tornou-se mais pesada e a direcção da EMAE não vê solução imediata. «Não é uma situação que se resolve de um dia para outro. Temos que preparar as caixas e inclusive alguns materiais não temos», declarou o responsável pelo sector de energia da empresa de água e electricidade.

Para tratar da avaria a EMAE terá que importar equipamentos. Tarefa difícil por causa das limitações financeiras, mas sobretudo devido aos condicionalismos impostos pelo transporte dos equipamentos para o arquipélago. Um contra-tempo que se junta a outros para arruinar a promessa de luz para todos no natal feita pelo Primeiro-ministro Rafael Branco.

Como se adivinha-se, na última sexta-feira após a visita as instalações da EMAE, a ministra da energia, disse que havia ainda um gerador que precisava de manutenção e que dificilmente iria ficar pronto na quadra festiva, uma vez que há peça a ser importada. O sétimo sentido de Cristina Dias, terá levado a ministra a dizer a seguinte frase. «Nós podemos dizer que entrarão todos os grupos em funcionamento e a meio caminho ter um percalço qualquer, mas estamos a trabalhar neste sentido», afirmou. O percalço aconteceu logo a seguir, com a avaria do cabo subterrâneo.

A direcção da EMAE considera que são necessários milhões de euros, para reabilitar toda a rede de distribuição de corrente eléctrica que já está velha, e os cofres da EMAE não têm dinheiro para suportar tal empreitada.

A crise energética em São Tomé e Príncipe é cíclica e complexa, ora são os geradores que dão berro, ora são os cabos que transportam a corrente que se desligam, ora é a EMAE que não tem dinheiro para comprar gasóleo para alimentar todos os grupos geradores. Enfim uma crise sem fim a vista e que desaconselha qualquer dirigente do país a deixar-se levar pela tentação de fazer promessas de que vai haver corrente eléctrica suficiente nesta ou naquela festa.

Abel Veiga

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