Sociedade

Desemprego ameaça 188 quadros formados em Cuba que devem regressar a São Tomé e Príncipe antes do final do ano

No final docasa-de-oracoes.jpg ano passado o Primeiro-ministro Joaquim Rafael Branco, esteve em Cuba em missão de serviço e constatou a ansiedade dos 188 estudantes são-tomenses que antes do final do ano, deverão regressar a terra natal, cheios de expectativas. Expectativas que no entanto poderão resultar em frustração, uma vez que na prática não se registou nos últimos 6 anos qualquer evolução económica e social que possa abrir mercado de emprego para absorver 188 quadros superiores de uma assentada. Aliás a regressão económica e social, acentuou-se. 

Num país onde o desemprego e a insatisfação não param de aumentar no seio da classe dos doutores e engenheiros, advinha-se muito ranger de dentes, para a maioria dos 188 quadros que vai regressar de Cuba ao que tudo indica em Agosto próximo. Único sector do país onde há grande procura de mão de mão, é a agricultura. Sector onde o governo decidiu aumentar o investimento, distribuindo alfaias e sementes, para quem quer trabalhar.

Nos outros sectores de actividade praticamente não há mais espaço. Durante seis anos os sucessivos governos não se empenharam e não tiveram tempo para organizar o país no sentido de dar resposta aos sonhos de centenas de jovens que o estado mandou formar no estrangeiro.

Os governos não tiveram empenho nem tempo, porque andaram a cair um atrás do outro, numa luta fratricida entre as forças políticas pela conquista de um lugar no governo e nas pastas ministeriais estratégicas que possam garantir a sua própria sobrevivência.

Pouca gente acredita que em alguns meses, o governo de Rafael Branco, possa organizar o país para poder alimentar os sonhos dos estudantes que deverão chegar de Cuba e de outras paragens do mundo, como Brasil, Portugal, e outros países. Mesmo assim o executivo anunciou que está a elaborar um plano para tirar melhor proveito dos cérebros que foram alimentados com conhecimento na ilha de Cuba.

Abel Veiga

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