Sociedade

Governo está a elaborar um novo plano estratégico de desenvolvimento assente na prestação de serviços

É uma novgoverno-1.jpga visão de futuro para o país e foi reflectida pelo Primeiro-ministro Rafael Branco. O executivo quer potenciar o arquipélago como centro de prestação de serviço no golfo da Guiné, e por isso mesmo quer integrar toda a sociedade nesta nova visão de futuro. Há vários anos que São Tomé e Príncipe elaborou um plano estratégico de desenvolvimento financiado pelos doadores internacionais, mas agora Rafael Branco, quer mudar de ciclo e de estratégia.

O plano estratégico de desenvolvimento de São Tomé e Príncipe, que começou a ser concebido com o apoio dos parceiros internacionais, nos finais da década de 90, define caminhos para o progresso do país e estabelece metas. Agora vai ser letra morta. Tudo porque o governo de Rafael Branco, considera que o país está a abrir-se para uma nova era, ou seja, um novo clico económico assente na prestação de serviços. «Estamos a antecipar um novo ciclo económico para São Tomé e Príncipe, que não se baseia nem no cacau, nem no café, nem na cana-de-açúcar. Baseia-se no aproveitamento da nossa posição estratégica para produzir bens e serviços para sub-região, portanto a visão é completamente diferente e naturalmente vamos beneficiar de todos os estudos que foram feitos em diversos sectores», afirmou o Primeiro-ministro.

A concepção do novo plano estratégico que vai aproveitar alguns estudos feitos na elaboração do plano actualmente em vigor, já está em marcha. O Chefe do Governo reuniu-se com os representantes da comunidade internacional e a sociedade civil, para lançar as ideias básicas do novo plano estratégico de desenvolvimento. «Alguns elementos que permitam que todos os são-tomenses participem na formulação dessa visão que deve ser consensual, e a partir daí, desenvolver um plano estratégico, onde as acções, as prioridades, a hierarquização das prioridades e os recursos quer humanos quer financeiros sejam consolidados», reforçou Rafael Branco.

A beira do fim do seu mandato como Primeiro-ministro, uma vez que as eleições legislativas deverão ter lugar em Março de 2010, o primeiro-ministro lança a maior novidade do governo de coligação liderado pelo seu partido, o MLSTP/PSD. Rafael Branco garantiu que a nova estratégia de desenvolvimento de São Tomé e Príncipe, não será uma fotocópia do plano estratégico em vigor, cuja concepção custou muito dinheiro ao país e a comunidade internacional.

Espera-se que antes de 2010, o Primeiro-ministro consiga elaborar e executar o novo plano estratégico de desenvolvimento, e que o país sinta o impacto do mesmo.

Note-se que no passado recente, mais concretamente no ano 2004, o então governo fez o lançamento do Master Plan, ou Plano Master. Estudos foram feitos em todo o país, com apoio técnico e financeiro de Taiwan, muito dinheiro foi gasto na elaboração do Plano Master mas até este momento se desconhece a importância do Plano Mestre, como dizia um dos dirigentes do país, na orientação do desenvolvimento de São Tomé e Príncipe. Aliás os são-tomenses já se esqueceram da grande azáfama que o país viveu em 2004 por causa do Master Plan.

Abel Veiga

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