Numa nota de imprensa assinada pelo Director Geral da empresa, o tenente-coronel Óscar Sousa, a EMAE, anuncia que estão em curso acções judiciais que visam sancionar as pessoas que na noite do último domingo destruíram as suas instalações, durante o protesto popular na cidade da Trindade, tendo causado prejuízos avultados.
A subestação SE3 da EMAE, instalada na Trindade, sofreu prejuízos. A porta foi arrancada tendo sido recuperada mais tarde com ajuda da polícia nacional. A direcção da EMAE, suspeita que dentre as pessoas que vandalizaram a sua subestação haviam pessoas que conheciam as manobras eléctricas. «Destruição de uma das portas das células interruptoras e danificação parcial de outras 3 que se encontravam no interior da subestação e seguindo as regras de procedimento técnico, o que significa dizer que entre os assaltantes, alguém conhecia perfeitamente as manobras eléctricas e talvez a pessoa fosse promotora de tal acto», denuncia a EMAE.
A empresa da conta de furto de 15 indicadores de presença de média tensão nas células, os chamados leds. Um equipamento que a EMAE diz ser fundamental para realização de manobras a nível da média tensão. Também anuncia o furto da alavanca que permite a execução de manobras nas células interruptoras.
Quanto a falta de energia que provocou a grande revolta popular na cidade da Trindade, a nota de imprensa apresenta algumas novidades. Segundo a EMAE a queda de uma árvore de grande porte sobre a linha de alta tensão no troço que liga a subestação de Guege a cidade de Santana, provocou avarias que no entanto já foram superadas.
O mau estado da rede também é apresentado como causa de várias avarias que têm agravado o fornecimento de energia.
No fecho da nota de imprensa a EMAE, informa que «medidas foram tomadas no sentido de chamar responsabilidade aos autores dos referidos actos de vandalismo».
Abel Veiga