Sociedade

Câmara de Água Grande consegue financiamento de 740 mil euros para limpar capital do país e arredores

O poder local do distrito dejoao-viegas.jpg Água Grande, que envolve a cidade capital, trabalhou bastante nos últimos anos, n elaboração do projecto que pretende pôr fim ao problema do lixo na cidade, e encontrou o fruto. A União Europeia juntou-se ao projecto, a UCCLA, também ficou sensibilizada. O estado são-tomense deve colaborar com cerca de 33 mil euros, mas ainda não no fez. Mesmo assim o presidente da autarquia João Viegas(na foto), garante que os 740 mil euros, já estão garantidos para financiar o projecto de recolha e tratamento de lixos orgânicos. São Tomé uma das mais antigas capitais de língua portuguesa em África, pretende recuperar o seu estatuto de cidade mais limpa e linda da sub – região africana.

O projecto de recolha e tratamento de lixo, financiado em 75% pela União Europeia, foi lançado na última semana. A UCCLA (união das cidade capitais luso américo-asiáticas), é outro parceiro importante da câmara distrital de Água Grande, que assumiu contribuir com 12,5% do valor total do projecto estimado em 740 mil euros. Os outros 12,5% ficaram sob a responsabilidade do estado são-tomense, que segundo o Presidente da Câmara de Água Grande, não conseguiu reagir. Para não comprometer a execução do projecto, João Viegas, teve que bater outras portas. O IPAD (instituto português de apoio ao desenvolvimento), aceitou a proposta da câmara distrital e assumiu 10% dos 12, 5 que deveriam ser suportados pelo governo são-tomense.

A responsabilidade do governo são-tomense para com o projecto ficou reduzido a 2,5%, cerca de 33 mil euros. Mas segundo o Presidente da Câmara de Água Grande, até o momento não teve qualquer sinal do executivo em disponibilizar tal verba. «O projecto poderia ter sido lançado desde Janeiro deste ano. A União Europeia disponibilizou a verba desde Dezembro de 2008. Se as contrapartidas do estado são-tomense tivessem sido avançadas a tempo e hora não teríamos tanto problema. Esta pequena parte do estado são-tomense, terá sido aprovado em conselho de ministros, mas em termos práticos ainda não há nada», reclamou o Presidente da Autarquia de Água Grande.

O projecto que tem duração de 3 anos, vai apetrechar a autarquia de Água Grande, com meios rolantes, ou seja, camiões e tractores para recolha de lixo, e o respectivo tratamento do mesmo. Grande parte do lixo recolhido vai ser transformado em fertilizantes para agricultura. «O projecto pretende valorizar o lixo. Cerca de 75% do lixo produzido na nossa cidade é orgânico, composto por folhas, ramos de árvores e restos de alimentos. Portanto serão transformados em compostos orgânicos para a agricultura. Plásticos, ferros, garrafas e outros tipos de materiais terão outro destino. Vamos envolver os nossos artesãos para transforma-los em obras de arte», explicou João Viegas.

A sensibilização e o envolvimento da população é a grande estratégia do projecto, que conta para o efeito com a intervenção de várias ONGS, nomeadamente a ALISEI e Zatona Adil.

O projecto de recolha e tratamento de lixo é lançado numa altura em que a cidade de São Tomé tem o rosto lavado. O lixo já não domina as ruas. Um esforço diário da câmara distrital que limpa a cidade e os arredores três vezes por dia.

Um assunto que o Téla Nón vai detalhar no espaço entrevista esta quinta – feira.

Abel Veiga

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