Durante 15 dias, São Tomé e Príncipe foi palco do evento designado, Momento CPLP. Uma iniciativa do secretariado executivo da organização dos 8 países de língua portuguesa, que promoveu várias actividades de âmbito científico, cultural, social e de promoção económica. Num simpósio os representantes dos 8 países, debateram a problemática dos estudantes e as oportunidades de investimentos e negócios. São Tomé e Príncipe que quer ser placa giratória de prestação de serviços no golfo da Guiné, é considerado pela CPLP como em projecto desenvolvimento que vai acontecer.
Com 13 anos de vida pela primeira vez a CPLP, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, centrou as suas atenções em São Tomé e Príncipe. O arquipélago marcou durante 15 dias o Momento CPLP. Uma iniciativa do secretariado executivo da organização lusófona, que visa envolver as populações nos projectos da comunidade, ou melhor, promover a verdadeira comunidade de povos. «A CPLP nos seus treze anos de existência foi essencialmente uma organização de estados. Quando hoje falamos da intenção de aproximarmos mais das nossas populações, e quando falamos da necessidade de conferir a CPLP uma dimensão mais económica, achamos que são esses temas que acabam nos dando os contributos necessários para podermos daí auferir aquilo que devem ser as novas metas a traçar pela CPLP», precisou Domingos Simões Pereira(na foto), secretário executivo da CPLP.
Da avaliação do simpósio que reflectiu sobre os investimentos e as oportunidades de negócios, o secretário executivo da CPLP, considerou que «São Tomé e Príncipe, vai acontecer em termos de um pais desenvolvimento, e nós queremos ser parte deste dinamismo positivo, e estamos convencidos que São Tomé será o próximo grande projecto de sucesso», salientou.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Carlos Tiny, detalhou as oportunidades que o arquipélago oferece aos investidores. Numa altura em que o executivo defende a transformação das duas ilhas, numa placa giratória de prestação de serviços a nível do golfo da Guiné, são muitas as oportunidades de negócios. «Nós estamos no centro do golfo da Guiné, mas não temos ligação física, precisamos então de um porto de águas profundas para que São Tomé seja de facto o centro onde se faz a transacção dos contentores, precisamos de facto de um aeroporto para nos ligar ao continente para que sejamos a placa giratória para os negócios», realçou, Carlos Tiny.
Segundo o ministro são-tomense, o Porto em Águas Profundas, cujos trabalhos preliminares iniciaram no final de Agosto último, vai oferecer 3 mil empregos, para além dos projectos de modernização e ampliação do aeroporto internacional, e o desenvolvimento das zonas francas. «Há todo um mar de oportunidades, o que é fundamental é que nós os são-tomenses criemos um clima de paz, tranquilidade e estabilidade», enfatizou Carlos Tiny.
A visão estratégica do governo, indica que a integração económica de São Tomé e Príncipe na sub-região africana é o único caminho para atingir o progresso económico. O arquipélago de 150 mil habitantes, com mil quilómetros quadrados, não pode isolar-se no atlântico. «A região do golfo tem 200 milhões de habitantes e um produto interno bruto de 260 milhões de dólares. Portanto há um mar de oportunidades na região do golfo», concluiu.
São Tomé e Príncipe, condenado a abrir-se para a sub-região africana para progredir.
Abel Veiga