Sociedade

“Nós perdemos um pouco a nossa mãe”

guilherme-posser-da-costa.jpgGuilherme Posser da Costa, antigo Presidente do MLSTP/PSD, partido em que Alda Graça foi militante da primeira linha, considera que o país perdeu uma mãe. Posser da Costa ex-Primeiro Ministro, recorda o papel desempenhado por Alda Graça na sua formação e de outros estudantes são-tomenses.

«Fui estudante(década de 60) da camarada Alda e eu provinha uma família pobre. E na altura para se fazer o exame de admissão, era preciso pagar. Embora a quantia parecesse irrisória, muitos pais não tinham capacidade para pagar o acesso ao exame de admissão. Mas para eu e outros alunos, ela deu explicações gratuitas. Preparou-nos convenientemente para fazermos o exame de admissão. Como a mim ela fez a centenas, digo mesmo para milhares de estudantes são-tomenses», afirmou o ex-Primeiro Ministro.

Por tudo isso e mais outros feitos Alda da Graça é considerada como mãe da nação são-tomense. «Nós perdemos um pouco a nossa mãe. Não digo mãe apenas no sentido figurado, mas na verdade de alguém que nos unia uma forte relação de mãe. Não é fácil falar de uma pessoa com tamanho dela. Uma grande patriota, uma grande poetisa, e uma grande amiga dos seus amigos», reforçou Posser da Costa.

O patriotismo de Alda Graça, sustentou a luta pela independência nacional. «Foi uma senhora patriota, porque lutou aqui no seu país com honra e humildade, que era uma das características da camarada Alda, era muito humilde, mas com muita fortaleza lutou pela independência do nosso país. Vamos tê-la sempre presente no nosso hino», sublinhou o Jurista Posser da Costa que actualmente segue as pisadas de Alda Graça, formando jovens são-tomenses na Universidade IUCAI. 

Antigo Presidente do MLSTP/PSD, Guilherme Posser, garante que o seu partido vai sentir grande vazio deixado pela militante incansável. «Vamos sentir imensa falta da camarada Alda no partido. E aos camaradas do partido em especial apelo que tenhamos a camarada Alda sempre como nossa referência. Uma referência não só para os nossos actos quotidianos, mas também uma referência de valor. Uma referência como orgulho da nossa nação são-tomense, aquilo porque ela lutou por toda sua vida ser são-tomense», concluiu.

Abel Veiga

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