Eusébio Pinto, são-tomense radicado em Angola, quer homenager Alda Graça do Espírito Santo, mantendo viva a tradição que a poetisa sempre defendeu. Trata-se do paço fiá Gleza. Eusébio Pinto, ouviu as súplicas de Alda Graça no final do ano 2009, pedindo ajuda para manter a tradição do Paço Fiá Gleza, que está em vias de extinção. O emigrante licenciado em Economia promete angariar apoios para manter esta tradição são-tomense que foi mantida ao longo dos anos por Alda Graça Espírito Santo.
À Propósito das Homenagens a Alda do Espírito Santo!
Não há dúvidas de que a morte de Alda do Espírito Santo constituiu até ao momento, a mais mediatizada notícia que já pude acompanhar sobre São Tomé e Príncipe, se considerarmos que de quase todos os quadrantes do universo (pelo menos lá onde exista um cidadão santomense e não só) surgiram reacções e manifestações de homenagens em memória de tão ilustre figura da cena política, social e cultural daquela que é a República Democrática de São Tomé e Príncipe.
Confesso que me senti bastante emocionado, quando num programa de rádio, do canal desportivo do Grupo Rádio Nacional de Angola, a Rádio 5, que se dá pelo nome de “7 Metros” – programa dedicado a modalidade de andebol – ouvi o seu apresentador e moderador, Sr. Mariano de Almeida, figura jornalística de referência do desporto em Angola, fazer a abertura do programa da semana em que faleceu a Dona Alda, com uma homenagem à esta, evocando os seus dotes de escritora de craveira internacional, política e mulher da cultura santomense! Deixa-me dizer que a minha emoção não foi pelo simples facto de ter sido focado o nome de tão ilustre personalidade santomense no programa, mas sim pelo facto de o apresentador ter feito um desvio propositado ao tema do programa daquele dia, que como indiquei acima, é dedicado a modalidade de andebol, numa altura em que Angola tinha acabado de vencer mais um campeonato africano de andebol na classe sénior feminina, conquistando o 10º. título do seu historial, para deixar uma homenagem à Alda do Espírito Santo. Isso por si só revela a importância que foi dedicada pela mídia angolana ao desaparecimento físico da Dona Alda.
Na verdade o meu propósito com este artigo, é no sentido de também homenagear a D. Alda, não me limitando em meras palavras de apreço à sua figura enquanto viva, mas sim para com acções práticas contribuir para que alguns feitos de Alda do Espírito Santo não sejam apagados da história e da cultura de São Tomé e Príncipe.
Lembro-me de no dia 16 de Dezembro de 2009 ter sido publicado no Tela Nón, uma notícia com o título: “Concurso Paços Fía Glêsa em Risco”. A notícia fazia referência à lamentos de Alda do Espírito Santo sobre a falta de apoios que se fazia sentir para a realização do concurso. Sinceramente falando, até agora fiquei sem saber se o concurso de 2009 chegou a ser realizado ou não, porque o Téla Nón não voltou a falar sobre o assunto depois da notícia a que fiz referência. Agora que a Dona Alda já não faz parte do mundo dos vivos, para que o concurso em questão não venha a conhecer outros riscos de não realização, gostaria de manifestar à quem de direito, no caso à União de Escritores e Artistas Santomenses – UNEAS, a minha disponibilidade e interesse para, enquanto filho da nação santomense, contribuir de forma pessoal e desinteressada com algum patrocínio em prol da realização anual deste evento, que de forma indelével marca a história cultural de São Tomé e Príncipe. Esta é a minha homenagem a Alda do Espírito Santo!
Qualquer contacto comigo à respeito deste assunto, deverá ser feito através da redacção do Tela Nón.
Luanda, aos 31 de Março de 2010
Eusébio Pinto
Licenciado em Economia
Luanda – Angola