É uma iniciativa da sociedade civil são-tomense, para chamar a atenção das autoridades e de todos os cidadãos para o aumento da sinistralidade nas estradas, que nos últimos tempos ceifou a vida de dezenas de pessoas. O fenómeno dos motoqueiros está a alimentar a condução assassina que praticamente todos os dias tira a vida a inocentes.
Está a morrer mais gente em São Tomé e Príncipe, por causa dos acidentes sobretudo com motorizadas do que por doenças. Mortes praticamente diárias de crianças, jovens e idosos, que está a chocar a sociedade civil.
Por isso um grupo de cidadãos, decidiu organizar uma Marcha pela Vida. Um movimento que sai as ruas da cidade capital esta terça – feira, para despertar as autoridades governamentais e toda a sociedade para o fenómeno nunca antes visto no país. «O nosso objectivo não é criticar, nem os motoqueiros, nem a polícia, nem as instituições. É uma marcha para despertar as consciências para esse flagelo que se abateu sobre o país e que vem ceifando vidas», explicou Levy Nazaré, membro da comissão organizadora da Marcha pela Vida.
Uma marcha silenciosa, que vai servir também para reclamar o respeito pela própria constituição da república que considera a Vida como sendo inviolável. No entanto a falta da autoridade do estado, está a transformar as estradas do país num perigo onde a morte está na espreita em cada curva.
O fenómeno motoqueiros conquistou a cidade e as estradas do país de forma ilegal. O país nunca teve qualquer legislação que permite o transporte de pessoas e mercadorias em motorizadas. As autoridades aceitaram a ilegalidade e obrigaram o país a conviver com o crime. «Acho que as motorizadas já ceifaram mais vidas do que a cólera. Há dias na rua 3 de Fevereiro, não assisti o acidente, mas vi uma senhora morta no chão. Duas horas depois chegou a ambulância e o médico e levou a senhora. Tomei conhecimento de que um aluno do décimo primeiro ano do Liceu Nacional, morreu depois de uns dias em coma no hospital. Por outro lado o moço que atropelou a senhora na rua 3 de Fevereiro também 2 ou 3 dias depois acabou por morrer», salientou Levy Nazaré.
Histórias de morte quotidiana nas estradas do país, que são contadas em todos os lugares. Sem autoridade, com as eleições a porta, os políticos a caça de votos para continuarem no poder, ou então para conseguirem lá chegar, não parecem interessados em tomar medidas para por termo a ilegalidade.
Ilegalidade que tem sido o transporte de pessoas e mercadorias nas motorizadas, conduzidas na sua maioria por jovens que não têm carta de condução. São largas centenas de motoqueiros enfileirados nas ruas da cidade, e portanto estão em causa milhares de votos.
Mas a sociedade civil pretende fazer ouvir a sua voz. «Não podemos cruzar os braços e fazer de contas que nada está a acontecer. É altura de se começar a despertar as consciências e começar a discutir o assunto sem demagogia sem politiquices», concluiu Levy Nazaré.
As 16 horas desta terça – feira, a Marcha Silenciosa pela Vida, percorre as estradas da capital.
Abel Veiga

dulce pequeno
18 de Maio de 2010 at 10:36
Bom dia ,è de louvar, para alem da manifestação que vai realizar , tambem o vosso novo formato.Deixo uma questão para reflexão-Qual o proposito , objectivo que têm tido os nossos deputados a se candidatarem a este lugar?Economico, prestigio,fazer vontade ao partido , mesmo não podendo nem tendo capacidade,etc?A principal função , que é ser- REPRESENTANTE DO POVO, PROPONDO , REVOGANDO LEIS , QUE POSSAM SIGNIFICAR MELHORIAS PARA AS POPULAÇÕES QUE OS ELEGERAM EM PARTICULAR E PARA O PAIS EM GERAL-,esta ainda não foi cumprida, porque?
Emilio Pontes
18 de Maio de 2010 at 11:53
Bom dia.
Venho por intermédio desta dar a minha opinião sobre o assunto. As autoridades deveriam criar para essa actividade uma licênça e proibir em Agua grande. Ou seja em todos os outros menos no centro. Até porque é uma vergonha aquilo que constatei.
Tudo que estão a importar para o nosso país que não faz parte da nossa cultura, os resultados tenhem estado a vista de todo mundo.
Que pessoas de direito encontrem uma solução urgênte.
g8no
18 de Maio de 2010 at 15:42
o pais precisa de mais marchas, nao so pela vida mas pelo abusos e pouca vergonha dos nossos politicos
yva
19 de Maio de 2010 at 12:13
gostaria de felicitar o Levy Nazaré pela iniciativa e encoraja-lo a realização de mais marchas…bem precisamos
helder
21 de Maio de 2010 at 5:02
venho por este meio constatar k achei uma boa atitude do responsavel desta marcha pela vida, pois isso è a coisa mais valiosa k temos….com os meus cumprimentos
moreno
21 de Maio de 2010 at 11:58
creio que a solucao para isso nao e com uma marcha, mas sim com o funcionamento de forma seria e continuada das instituicoes.a policia rodoviaria ou de transito tem responsabilidades nisto.meus amigos sao tome e um pais civilizado , um pais com tradicoes muito nobres. pergunto desde quando existe em sao tome motos fazendo se de taxis?a policia deve ter mao dura para combater isto ,fiscalizar com mais dureza y constantemente.tudo que circula nas estradas tem que ser vigiado . os motoqueiros que nao apresentam requisitos para circular que prendam as motas ou uma multa significante talvez assim possamos ter menos acidentes y menos mortes que e muito lamentavel
Helves Santola
23 de Maio de 2010 at 17:58
Realmente, estamos a precisar de jovens com iniciativa e coragem para chamar a atenção do poder para problemas reais do país. A iniciativa é muito boa, agora resta ver se a resposta do executivo vai ser também…..duvido! O grande problema de STP, a meu ver, não é a população, educação ou coisa do género, são apenas os políticos e eu chego mesmo a pensar que o país precisa de atitudes mais drásticas por parte da população para fazer face à pouca atenção e pouca vontade do poder político.
A propósito, adorei a actualização que fizeram do di[ario electrónico, ficou muito bom, parabéns!