O Instituto Marquês de Valle Flor e a cooperação portuguesa, foram os responsáveis pela tecnologia que está a melhorar a prestação de cuidados médicos e ao mesmo tempo a formação do pessoal clínico são-tomense.
A plataforma instalada no hospital Ayres de Menezes pelo Instituto Marquês de Valle Flor, em parceria com a Fundação Portugal Telecom, oferece aos pacientes são-tomenses o acompanhamento médico em 20 especialidades. Os médicos especialistas portugueses vão interagir com os clínicos são-tomenses, em matéria de consultas, realizações de exames e na administração do tratamento aos pacientes.
A plataforma instalada, pode funcionar 24/24 horas. «Pode ser utilizada no campo da tele-consulta, trazendo doentes por exemplo do foro da cardiologia fazendo eco grafia, e tendo o
cardiologista do outro lado (em Portugal), assim como radiologia, enviando imagens e
discutindo imagens, etc», explicou Celeste Alves, técnica portuguesa.
Para o sucesso da telemedicina em São Tomé e Príncipe, a cooperação portuguesa em parceria com o Instituto Marquês de Valle Flor, formou os quadros nacionais de saúde para melhor uso do equipamento. Um gerador de electricidade também foi instalado para colmatar os habituais cortes de electricidade da rede da EMAE.
Em nome do Instituto Marquês de Valle Flor, Paulo Freitas, disse que a instituição portuguesa tem sido nos últimos 26 anos, parceiro fiel de São Tomé e Príncipe. «Os técnicos são-tomenses foram formados para o fazer. Mais importante ainda são as 20 especialidades
portuguesas que estão disponíveis para dar apoio regular a São Tomé e
Príncipe», afirmou.
No quadro do projecto “Saúde para Todos”, a cooperação portuguesa tem enviado à São Tomé, especialistas em vários domínios clínicos. Agora com a telemedicina, os especialistas poderão acompanhar a evolução dos pacientes, e ter uma intervenção mais útil no tratamento dos casos.
Doutor Lima, único ortopedista são-tomense nos últimos 30 anos, enalteceu a importância da telemedicina no tratamento dos doentes, mas também na formação dos médicos nacionais. «Em contacto com os colegas em Portugal, poderemos ilustrar os problemas com os quais nos confrontamos. Poderão fazer comentários, abrindo assim uma oportunidade de troca de experiência. É uma oportunidade de formação à distância», frisou o ortopedista são-tomense.
O Presidente da República que inaugurou a unidade de telemedicina no Hospital Ayres de Menezes, considerou que está criada uma nova oportunidade única para melhoria dos cuidados de saúde no país.
Abel Veiga
Albertino Silva Braganca de Sousa
9 de Março de 2011 at 8:57
interessante. oxalá que se aprenda de facto com o uso dessa tecnologia.
apenas espero que os doctores na diaspora que tenham tempo e se delegue a colaborar, na sejam recém formandos, com pouca práctica, que podem correr apenas o risco de mandar cortar pernas, tal qual fizeram os doctores cubanos há 25 anos atrás. qdo saindo de universidades de toda a cuba com apenas 22 anos e sem saberem nada, eram mandados a angola e stp, sobretudo, e em resumo, o que mais mandaram, era que se cortassem as pernas, sobretudo dos mutilados de guerra.
Falo por experiencia, e por relatos ouvidos da boca de muitos deles,de tais doctores, que hoje reconhecem os erros de outrora
Buter teatro esquecido
9 de Março de 2011 at 11:00
Na minha opinião, enquanto o Hospital não tem àgua corrente garantida nas torneiras do hospital, não tem a luz electrica garantida, não tem sistema informático nos serviços da medicina e enquanto há curandeiro que trabalha como médico tradicional, Médica que monta(transe) colaborando com práticas para além do alcance do homem. Garanto-vos, a todos, que todo o conhecimento adquirido não será aproveitado.
Lévé-léngue
9 de Março de 2011 at 11:12
parabéns pela instalação! faço votos que também tenham prestado atenção aos pequenos detalhes que bloqueiam o seu regular funcionamento, sobretudo o factor energético.
Osama bin Laden
9 de Março de 2011 at 11:16
Falta água potável…
“Aqui se faz, aqui se paga”
Celsio Junqueira
9 de Março de 2011 at 12:15
Caros,
Qualquer melhoria a nivel de infraestruturas e de recursos tecnologicos e/ou humanos é sempre de saudar e de felicitar.
O estranho é ver o nosso Hospital Dr. Ayres de Menezes com a tecnologia de ponta (telemedicina) e ao mesmo tempo com problemas básicos (água potavel e energia electrica)de cariz estrutural por resolver.
São as perplexidades do nosso querido STP.
Abraços e um Obrigado ao Instituto M. Valle Flor,
Constantino Will
10 de Março de 2011 at 9:19
Tudo isso é mesmo muito bom,é uma mais valia para o nosso Pais,e principalmente para os doente,e os medicos que vão usar esses equipamentos,mais meus amigos,sabe-se que tudo é muito bonito,mas tenhamos mais um pouco de compaixão dos nossos,afinal de contas,o que é um Hospital com tanta tecnologia,mais sem o mais basico??? Ainda mal…
Força ai para todos que estão fazendo dos possiveis para tentar melhorar o nosso Pais.
Isidoro Porto
10 de Março de 2011 at 22:44
CITACAO: Para o sucesso da telemedicina em São Tomé e Príncipe, a cooperação portuguesa em parceria com o Instituto Marquês de Valle Flor, formou os quadros nacionais de saúde para melhor uso do equipamento. Um gerador de electricidade também foi instalado para colmatar os habituais cortes de electricidade da rede da EMAE.FIM DE CITACAO.
Os meus parabéns a todos que direta ou indirectamente tornaram este projeto uma realidade. Os ganhos para o país são enormes e em vários domínios: saúde, economic, ensino, etc.
Sou analfabeto em medicina, mas presumo que os equipamentos da telemedicina podem ser alimentados por sistema solar a um custo relativamente baixo, considerando que não serão utilizados 24 sobre 24 horas. Vamos substituir os geradores, pelos sistemas de energias renováveis e limpas (sempre que possível). A longo prazo os custos/benefícios serao verdadeiramente aliciantes, sem contar com o aspeto ecológico e de manutenção. Um(a) UNIDADE ou DEPARTAMENTO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS precisa-se em todos Ministérios. Os geradores são um fardo em termos de combustíveis, manutençãao e ecologia.
*****************
E a água meus amigos? A água é vida.
CITAÇÃO: Tendo em conta, que os 18 pavilhões que formam o hospital continuam a depender de um reservatório de 200 mil litros que é abastecido pelos camiões cisterna da corporação dos bombeiros. “ De quando em vezes somos obrigados a comprar agua nas mãos de uma empresa privada, momentos as que somos obrigados a depender dos bombeiros” FIM DE CITAÇÃO.
PONTO PRÉVIO:
Os que reivindicam o re-estabelecimento normal de água potável no hospital são criminosos, pois querem acabar com o negócio de venda de água de uma empresa privada. Quanto mais tempo durar esta “lenga-lenga”, melhor para o supracitado negócio. Cheira-me a um negócio importado de um país bem conhecido, onde o negócio de água em camiões cisternas rende fortunas.
***************************
Penso que o hospital Ayres de Menezes pode ser auto-suficiente em água potável durante as épocas das chuvas a um custo bastante baixo, podendo ter a água da EMAE como reserva/back-up durante este periodo e como primária durante o tempo seco/garvana e nos periodos de seca prolongada.
O hospital já possui 18 pavilhões e um tanque de 200 mil litros, o que pressupõe que já tem electrobomba e o sistema de distribuição/canalizações instaldos.
Tudo quanto resta fazer é canalizar todas águas das chuvas desperdiçadas nos tectos dos 18 pavilhões para o(s) tanque(s) através de calhas e tubagens apropriadas. Filtrá-la. Finalmente, adquirir e instalar um sistema centralizado de tratamento electrónico de custo bastante baixo por um lado, ou instalar em cada pavilhão, um mini sistema de purificação ultra-violeta ao valor não superior a USD:300.00 (Trezentos Dólares) cada, custanto no total (para 18 pavilhões) menos de USD:6,000.00 (Seis Mil Dólares) por outro. E se quizerem “caprichar”, instalarão sistema solar (painéis solares, baterias e inversores de potências apropriadas) apenas para o sistema de água, para que o mesmo não dependa a 100% da energia da EMAE, nem dos geradores, uma vez que os combustíveis estão cada vez mais caros e isto reflete negativamente no orçamento do hospital. E para reforçarem, poderão construir mais tanques de reserva com a mesma capacidade para terem maior autonomia.
Penso que a implementação deste sistema poupará em milhões ou quiçá em bilhões de dobras ao orçamento do hospital, a longo prazo, no que respeita ao consumo da água da EMAE e das empresas privadas, sobretudo no periodo das chuvas. Reciclemos as aguas das chuvas.
Cabe a Direção do hospital fazer o estudo de viabilidade do sistema e do seu custo/benefício, incluindo as manutenções futuras. Se compensar, valerá a pena emplemantá-lo. Não podemos esperar que só o Governo pense por todos nós. O Governo deve, por sua lado, aceitar, aplaudir e acarinhar as ideias inovadoras vindas das Direções das Unidades Produtivas e Instituicoes afins.
Esta é a minha sugestão.
10/Mar/2011