Ao contrário das promessas de Mudança que galvanizaram grande parte dos são-tomenses em Agosto de 2010, a segunda maior organização sindical do país, considera que continua a haver falta de tudo.
«Há tamanha falta de tudo. Há falta de medicamentos. Há falta de água, há falta de energia, há falta de emprego, há falta de estradas, há falta de tudo, tudo», referiu Costa Carlos, Secretário-geral da UGT.
As declarações do Secretário-geral da segunda maior organização sindical do país, foram proferidas durante a reunião do Conselho de Direcção da Organização Sindical. Note-se que em curto espaço de tempo, as duas principais centrais sindicais do país, nomeadamente a ONTSTP e a UGT, reuniram os seus órgãos de direcção para analisar a situação de vida dos trabalhadores.
A ONTSTP maior organização sindical do país, reuniu o conselho consultivo, onde denunciou a acentuada degradação das condições de vida dos trabalhadores nos últimos tempos, e exige explicações ao governo, a respeito do compromisso assumido pelo Primeiro-ministro Patrice Trovoada no âmbito do conselho de concertação social, de garantir a estabilidade dos preços dos produtos alimentares no mercado nacional.
Acto contínuo a UGT segunda maior organização sindical, já veio dar nota negativa a acção do governo, e acusa o executivo de não ter uma política económica para São Tomé e Príncipe. UGT diz que no tratamento das questões sociais e económicas, o governo actua com dois pesos e duas medidas. «É verdade que esse governo chamou a si, a responsabilidade de mudar a economia nacional começando por alguma austeridade. Mas essas medidas de austeridade têm que ser para todos. Ela tem que começar do governo e estender-se a todos os cidadãos. Não podemos assistir que uns cumprem as medidas de austeridade e outros não», reclamou Costa Carlos.
O Secretário-geral da UGT, deu exemplos da actuação a duas velocidades do executivo de mudança. «Falo concretamente dos subsídios de horas extraordinárias. Ou não há para toda gente, ou se há tem que haver de forma equitativa para toda gente. E os próprios membros do governo têm que dar amostra de que também fazem parte desta austeridade», sublinhou o secretário-geral da UGT.
Por outro lado o Governo prometeu retirar a terra a quem não a trabalha. A UGT encontra também nesta política do executivo, provas de dois pesos e duas medidas. «O governo disse que ia retirar terra a quem não trabalha. Mas perguntamos quem? Será o indivíduo que tem dois hectares e nunca recebeu subsídio para trabalhar essas terras que o governo vai retirar a terra? Ou vai retirar das pessoas que receberam médias empresas e que não fazem nada?», interrogou.
A maior parte dos proprietários das médias empresas agrícolas, são figuras políticas são-tomenses. Figuras políticas de todos os partidos, incluindo a ADI de Patrice Trovoada. O Sindicato tem dúvidas de que as terras de tais figuras com poder político, venham a ser confiscadas pelo Governo.
Na análise da prestação do governo nos últimos 8 meses a UGT concluiu que «o governo precisa mostrar um pouco mais de trabalho».
Abel Veiga
SPC
18 de Abril de 2011 at 11:52
Confesso que estive meio preocupado com o silencio da UGT, afinal está organização sindical sempre deu provas da sua disponibilidade para lutar em prol da defesa dos trabalhadores em S. Tomé e Príncipe.
Efectivamente o que mudou foram só os rostos…mudança mesmo mudança…NADA
Acho que devemos nos posicionar criticamente de modo a levar o Governo a entender que se a coisa está preta para alguns está pretissima para os funcionários públicos.
Força para UGT e a ONTSTP ajudem o povão…
1982
18 de Abril de 2011 at 12:38
União Geral dos Trabalhadores (UGT) assim como a ONTSTP são organizações com importância no quadro do equilíbrio social e económico do Pais.
Entretanto, parecem-me pouco adaptadas à nova realidade social e económica. De uma situação em que era necessário consolidar os direitos dos trabalhadores face aos interesses económicos instalados na sociedade o quadro alterou-se.
Hoje a luta dos trabalhadores deve passar por uma maior participação na busca de soluções para ultrapassarmos em conjunto as dificuldades económicas e sociais com que o país e o mundo inteiro se enfrentam.
Sendo parceiros sociais do estado e membros do conselho de concertação social têm acesso facilitado à mecanismos próprios para atuarem de forma pro-ativa, apresentando pareceres com propostos e soluções para a situação social e económica dos seus associados e não funcionarem apenas como elemento de pressão aos governos.
1982
18 de Abril de 2011 at 19:16
Por me ter apercebido de uma certa resistência por parte dos responsáveis na gestão do site em publicar os meus comentários gostaria de esclarecer o seguinte:
• Faço estas intervenções, como filho da Terra na diáspora, na expectativa das minhas ideias poderem ser, de alguma forma, úteis.
• Faço-as, também, porque penso ser o propósito do jornal promover o surgimento de ideias válidas que possam de alguma forma enriquecer o quadro de debate para o desenvolvimento de STP.
Obigado …
cesario verde segundo
18 de Abril de 2011 at 16:13
ser Nando Vaz nao é ser cabisbaixo e casmurro em seguir escrevendo com maiuscula.
santa catarina
18 de Abril de 2011 at 16:27
Aqui toda a gente dá nota negativa. Se perguntamos o que fizeram para melhorar a nota? Nada. Veja como coloca o problema de terra é este o contributo para melhorar a nota ou pelo contrario.
Meus caros compatriotas a mudança não se constroi num dia .Temos de trabalhar mais e falar menos.
Força ADI.
1982
18 de Abril de 2011 at 17:10
União Geral dos Trabalhadores (UGT) assim como a ONTSTP são organizações com importância no quadro do equilíbrio social e económico do Pais.
Entretanto, parecem-me pouco adaptadas à nova realidade social e económica. De uma situação em que era necessário consolidar os direitos dos trabalhadores face aos interesses económicos instalados na sociedade o quadro alterou-se.
Hoje a luta dos trabalhadores deve passar por uma maior participação na busca de soluções para ultrapassarmos em conjunto as dificuldades económicas e sociais com que o país e o mundo inteiro se enfrentam.
Sendo parceiros sociais do estado e membros do conselho de concertação social têm acesso facilitado à mecanismos próprios para atuarem de forma pro-ativa, apresentando pareceres com propostos e soluções para a situação social e económica dos seus associados e não funcionarem apenas como elemento de pressão aos governos.
Mimi
19 de Abril de 2011 at 8:15
Nao me parece q uma organizacao sindical seja “organizacao fantoche”
Luis
19 de Abril de 2011 at 8:58
De facto uma organização sindical não pode ser uma “organização fantoche”.
Mas, também é verdade que a ONSTP é uma emanação do MLSTP tanto é que logo após a dita “Mudança” o PCD encarregou-se de criar a sua central sindical, a UGT. Ninguem tem dúvidas disto.
Ora, tendo estas organizações nascidas desta forma, isto é, como braços sindicais de um ou outro partido, cabe agora aos seus dirigentes operar também no seu seio “mudanças”; não tem que ser mudanças em termos de substituição das respectivas direcções, mas sim em termos de actuação imparcial.
Revoltado
19 de Abril de 2011 at 15:59
Sempre os mesmos? Não existe democracia nos sindicatos, desde que Costa Carlos, Miguel, Kawuike e outros está nesse poleiro!!!
Vocês não têm vergonha de estar quase 20 anos no mesmo sitio como dirigente, por favor dê lugar aos outros.. Aproveitadores…. Deixa de vícios de poleiro… Credo ganância….
Maria leva leva
19 de Abril de 2011 at 16:04
Costa Carlos Está gordo, eu também quero ser sindicalista…Alguém arranja-me esse tacho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!…
Sempre as mesmas pessoas…. Deus tem poder, ainda bem que existe morrer!!!!
FF
19 de Abril de 2011 at 17:54
Realmente essa cara (Costa Carlos) já é muito antiga na direcção da UGT. Há que se mudar.. Viva STP pseudo-pátria, pseudo-nação, peseudo-país democratico.
Roberto Carlos
19 de Abril de 2011 at 16:05
UGT, em 8 meses não se pode esperar melhor para de um governo que tinha cofre vazio e um saldo negativo como de sempre durante todos esses anos. Alguma coisa tem sido feito com alguma dignidade sim.
Sou apartidario e independentemente das ambições particulares do primeiro ministro, sinto alguma destreza para garantir a equidade.
Viva STP na plena era da crise……
Matabala
19 de Abril de 2011 at 19:10
Tenho estado em constante contacto com a realidade do nosso país, ora atravéz da internet, ora por telefone, ora com colegas que vêm de férias ou em serviço para Cabo Verde; e todos eles dizem a mesma coisa,”nada mudou, ou se mudou foi para pior”.
Mas cada um apresenta um caso distinto:
– Directores que não são competentes
– Responsáveis que não têm exemplo para dar a seus subordinados
– Má gestão de recursos
– Má indole na maneira de pensar
– Falta de uma politica definida de administração
– Falta de vontade
ETC, ETC, ETC…
O Povo ja não acredita em ninguém, nem tem como acreditar, porque são sempre os mesmos discursos, as mesmas caras, a mesma forma de proceder (que é péssima), portanto, assim, vai ser dificil mudar; pior ainda em tão pouco tempo e sem que haja uma entrega de cada cidadão…
Pen Drive
20 de Abril de 2011 at 11:52
S. Tomé e Príncipe como país tem que ter os seus sindicatos. Mas, pensem comigo,qual o verdadeiro papel dos sindicatos na sociedade santomense?
Carlos Ceita
20 de Abril de 2011 at 16:20
Meu caro Matabala é uma realidade inquietante. A continuar assim como é que a abstenção não aumenta e depois vem os políticos choramingar para que as pessoas votem? Mas de uma coisa tenho a certeza mais cedo ou mais tarde a justiça dos povos será feita. E para o povo de São Tomé e Príncipe também. Não proponho uma revolução como a do mundo árabe porque aqui no nosso país existe eleições livres e democráticas. Seria trágico o uso da força para derrubar os órgãos eleitos porque abriria um precedente grave. Sou radicalmente contra golpes de estado e suspensão da democracia ainda que esta democracia seja imperfeita. .
Neste caso cabe ao povo do meu pais nas próximas eleições agir em conformidade isto é: se em 4 anos o trabalho for positivo o povo deve dar continuidade ao trabalho caso contrario deve sancionar de uma forma contundente com um cartão vermelho bem vivo. Como diz e bem o povo “povo põe e povo tira”
Cabe também aos partidos alternativos ( MLSTP/PSD , PCD e MDFM) construírem e propor alternavas credíveis ao actual Governo. Com a garantia de que não vão repetir os mesmos erros. Isso passa pela maior abertura e envolvimento a sociedade civil. Absorver da sociedade civil pessoas com capacidade e competência e sem vícios com espírito de missão e serviço a favor da comunidade. Sinceramente não vejo outra alternativa. Mas os cidadãos não podem ficar de braços cruzados e ver a banda a passar tem de agir utilizado a força dos argumentos denunciando sem medo para que a mudança seja efectiva.
Lamento não haver mais vozes de cidadania activa como ao do doutor Teotónio Torres.
Pascoas Felizes
Original
20 de Abril de 2011 at 18:23
O papel do sindicalista é defender os interesses dos trabalhadores tendo em conta às realidades do País.Os dirigentes durante muito tempo não se interessaram criar condições para bem estar dos seus
cidadãos o que provocou uma acentuada degredação da vida dos santomenses porque sempre tivemos técnicos rodeados de políticos e para que houvesse desenvolvimento,deveria ser contrário.As necessidades básicas dum cidadão água,energia,saneamento de meio,educação
saúde etc deveria ser um direito e não um favor com publicidade na televisão e rádio.As Centrais têm levado aos encontros com governos um pouco de tudo e saem de mão vazias porque são tantas coisas que fica-se sem saber por onde começar e terminar.Um País quando as coisas não são feitas de forma a ter metas tudo torna prioritário e como sabem o Sindicato não é Gestor de País. Sindicato ajuda a identifiar os males e alerta através de negociação e quando há um braço de ferro,recorre-se á greve como último recurso.O Sindicato ainda está amarrado às questões básicas porque o carreto do País está preso daí que no final sai tudo fragilizado.A culpa de tudo isto foi o facto de terem dedicado muito tempo às politicas de intersses pessoais e terem deixado o país abandonado
e o resultado é este.As Centrais tem que funcionar à medida do país e se acelerarem muito acabam sendo culpabilizados como factores de instabilidade.
DELGADO
22 de Abril de 2011 at 17:52
senhor secretário-geral da UGT eu gostaria que o senhor desse prova de tudo e apresenta-se um projeto de e como melhorar esta vida dos trabalhadores e o trabalho do governo,nao vamos deichar as coisa só na mao de quem esta a governar porque a terra é de todo nós existe coisa que nós sabemos e que governo não sabe e senhor que esta mais proximo dos trabalhadores deveria levar sempre as preocupações dos trabalhadores e do povo ao governo mesmo sendo do outro partido porque estas la para trabalhar para povo,e gostaria de perguntar o que senhor já fez para bem dos trabalhadores de s.tomé e principe?se não falha a memoria o sr. só fez algumas greves que não ajudou em nada só deu prejuiso para quem estava sempre ao lado do senhor que agora não são visto com bom olhos mas não esquece que o pais é de todus nós. Eu lamento muito por país que temos e de povo que somos onde não fazem não deixam outros fazerem onde só falam e criticam não apresentão provas, um tenta construir e outro a destruir, e um país de leve leve onde nada não anda sem o espirito empreendor,e sem lei que poe o país atualisado como outros país sócom a leis de1960. Desenvolvimo mesmo? ser desta forma?
jaka doxi
23 de Abril de 2011 at 23:23
Este é do PCD.
Fui
maurisso
16 de Julho de 2013 at 20:25
companheiros somos dos movimentos sociais e gostariamos de vosso contatos aqui em natal rn! 84 8897673/
solino do prp