O título provisório de entrega de terras à Direção Geral do Ambiente para a construção dos Vazadouros Distritais nos Distritos de Lobata e Cantagalo no final do mês de Janeiro pôs em marcha a definição do projeto de engenharia necessário à construção dessa infraestrutura.
A falta de um espaço para a deposição controlada de resíduos é ainda um problema que afeta a globalidade dos distritos em São Tomé e Príncipe. Lobata e Cantagalo não escapam a essa dificuldade e no âmbito do projeto de “Consolidação do Apoio às Câmaras Distritais para a Melhoria do Sistema de Recolha de Resíduos Sólidos” está prevista a construção de vazadouros capazes de dar cobertura ao destino final de resíduos. Neste momento, a elaboração dos projetos de engenharia está em bom ritmo e espera-se que a sua conclusão já no próximo mês de Maio.
Atualmente o cenário do destino final de resíduos é ainda desolador. A autarquia do distrito de Lobata dispõe de um local junto à orla costeira para deposição final de resíduos mas que se encontra inserido dentro do Parque Natural e que nos últimos tempos tem vindo a aumentar de área ocupada devido à deposição sem exploração, característica inerente de uma lixeira. Em Cantagalo, a situação é um pouco mais grave devido à dispersão dos resíduos em três locais, sendo que nenhum deles reúne as condições adequadas para o efeito.
No entanto a inversão dessa situação não se centra apenas na construção dos vazadouros, dado que para tal é necessário que lhe seja associada a devida exploração, que compreende o controlo de entradas de pessoas e animais no local, o registo das descargas, a deposição diferenciada de resíduos, entre outros pontos que definem um vazadouro controlado.
A existência de um vazadouro distrital para a deposição controlada de resíduos traduz-se numa melhoria significativa do serviço prestado pelas Câmaras Distritais na medida em que permite às autarquias assegurar as condições de higiene e salubridade pública no território, eliminando por essa via a proliferação de lixeiras e com isso os inúmeros focos de poluição e de propagação de doenças.
Artigo escrito no âmbito do projeto “Consolidação do apoio às Câmaras Distritais para a implementação de um sistema regular de recolha dos resíduos sólidos” financiado pela AECID e executado pelas ONG’s ADAPPA, ALISEI, Fundação da Criança e Juventude e MARAPA.