Sociedade

Polémica na realização da Assembleia Geral na Câmara do Comércio tem cunho político e medo à mistura

Interesses políticos poderão estar na base da polémica que se instalou, por causa do adiamento da data da Assembleia Geral da Câmara do Comércio. Justiça já foi convocada para esclarecer insultos e difamação feitos contra alguns membros da Câmara.

A decisão do Presidente da Assembleia Geral da Câmara, Izidro Machado em adiar a realização da Assembleia Geral Electiva, provocou protestos de duas candidaturas. O artigo sobre a polémica publicado pelo Téla Nón, permitu que pessoas anónimas promovessem comentários insultuosos e difamatórios contra alguns membros do conselho de administração da Câmara, nomeadamente o Presidente Cessante do Conselho de Administração Abílio Afonso Henriques, António Quintas Aguiar, e Agostinho Rita.

Comentários que são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pois o Jornal Téla Nón, não se responsabiliza pelos comentários que são postados. Tensão cresceu no seio dos sócios da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura, e Serviços.

No entanto a decisão do Presidente da Assembleia Geral, Izidro Machado em adiar a Assembleia Geral, de 19 de Janeiro de 2013 para 02 de Março próximo, não põe em causa os Estatutos da organização do sector privado.

Num comunicado emitido no dia 9 de Janeiro, O Presidente da Assembleia Geral da Câmara, Izidro Machado, no exercício das suas prerrogativas estatutárias, explicou os motivos do adiamento. «Atendendo que as datas da eleição foram adiadas por duas vezes de modo a evitar o atropelo aos Estatutos, e reconhecendo que o actual estatuto embora tenha sido publicado no Diário da República, precisa de ser amplamente divulgados antes da realização da Assembleia de modo a situar os associados dos seus direitos e obrigações», refere o comunicado que conclui com a seguinte frase «após análise e consultas, decidi proceder a alteração inalterável para o dia 2 de março do ano corrente, respeitando a antecedência do prazo estabelecido pelos Estatutos em vigor», frisa o Presidente da Assembleia Geral da CCIAS.

Um adiamento que permite aos operadores do sector privado, apresentarem mais candidaturas à liderança da câmara, terem mais hipóteses de escolha para a composição do corpo social da organização, e não limitados a duas candidaturas, como aconteceu até a data limite prevista para a Assembleia Electiva de 19 de Janeiro que foi adiada, ara Março.

Uma decisão exclusiva do Presidente da Assembleia Geral, Izidro Machado, que acabou por provocar fúria e protesto de uma das candidaturas. Nos coredores da câmara do Comércio, o Téla Nón apurou que a candidatura insatisfeita com o adiamento da Assembleia Geral, já sonhava com uma vitória tendo em conta as limitações do seu adversário, Emídio Pereira. O surgimento de uma terceira candidatura com mais peso, poderá desequilibrar o jogo eleitoral.

Relatos registados pelo Téla Nón indicam que a candidatura descontente com o adiamento da Assembleia Geral, tem conotação político-partidária. A maior parte dos membros da candidatura que protesta, milita num partido político que por sinal tutela os sectores do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços no actual Governo.

No turbilhão que se regista na câmara do Comércio, o Téla Nón apurou que membros influentes da instituição também protestam contra a possibilidade da organização representante do sector privado nacional, vir a ser liderada por militantes do partido que a nível do Governo já administra o sector. Daí o apoio determinado ao aparecimento de uma terceira candidatura para a Assembleia Geral Electiva de 02 de Março.

Polémica aberta na câmara, quando o Presidente Cessante da organização, Abílio Afonso Henriques, considera-se afastado da luta pela liderança na CCIAS. Disse ao Téla Nón que não é candidato a sua sucessão. Aliás o novo Estatuto da Câmara cuja criação deveu-se muito ao seu empenho, diz no seu artigo 13º que « para o conselho de administração a lista eleita elegerá entre os membros o Presidente, os vice-Presidentes e os Vogais».

Desta forma na Assembleia Geral Electiva de 02 de Março os membros do sector privado nacional, vão eleger uma das listas concorrentes. Caberão depois aos membros da lista, elegerem os responsáveis do conselho de administração.

Abílio Afonso Henriques, exerceu apenas 1 mandato como Presidente da CCIAS de São Tomé e Príncipe. No ano 2008, enquanto vice-Presidente da instituição, acabou por asegurar s rédeas da câmara durante 1 ano, em substituição do então Presidente Armando Correia, que foi nomeado Comandante Geral da Polícia Nacional. Na eleição seguinte concorreu e foi eleito para um mandato de 3 anos.

Depois de estruturar e organizar a câmara, o Presidente cessante espera o desfecho da Assembleia Geral de 02 de Março, ensombrada por uma polémica com cunho político-partidária e comercial.

Abel Veiga

8 Comments

8 Comments

  1. Tchintchintcholò

    4 de Fevereiro de 2013 at 9:58

    O Tchin quer que deixem de astúcia e de fazer malabarismo com coisa pública.

    • Mario Castelo Branco

      5 de Fevereiro de 2013 at 8:51

      Mario Castelo Branco diz:
      O seu comentário aguarda moderação.*****

      5 de Fevereiro de 2013 às 8:43

      Tela non se os comentarios são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pois o Jornal Téla Nón, não se responsabiliza pelos comentários que são postados, entao porque que uns comentarios sao aprovados e publicados por quem faz a gestao do jornal e outros naosao publicados?
      Porque que os comentarios ficam a espera da moderacao e quando eles nao sao do vosso agrado sao simpliemente censurados? Claro que tela non e responsavel pelos insultos e todo resto que acontece nesse jornal porque uma vez que voces tem a opcao de publicar ou nao um comentario. A nao responsabilizacao do tela non so fazia sentido se todos os comentarios fossem publicados sem descriminacao indipendentemente dos seus conteudos. Reparem bem que em muitos dos comentarios aqui publicados os seus autores tem o cuidado de escrever “tela non publica o meu comentario porque nao fiz isso ou aquilo” o que espelha bem que muitos ja sentiram na pele aqui no nosso jornal tela non. Portanto publiquem todos os comentarios sem a tal moderacao ou entao voces correm o risco de um dia serem responsabilizados por escolher publicar o comentario A e nao o B
      **** E disso que eu falo MODERACAO
      Podem explicar-me o que e isso?

  2. TC

    4 de Fevereiro de 2013 at 14:55

    Mais uma aventura na “República das Bananas”…

  3. MLSTPENSES

    4 de Fevereiro de 2013 at 16:59

    Jorge Correia deixa de bandidices e vai cuidar da sua loja dos vinte, que por sinal não tem nada dos 20.

    Você já é ministro sombra de comércio Indústria e Turismo.

    Ainda quer ser presidente da CCIAS?

  4. Estamos tramados

    4 de Fevereiro de 2013 at 20:08

    Estamos de facto tramados.

  5. boca Aberta

    4 de Fevereiro de 2013 at 20:25

    Abel Veiga fico sem perceber o que se quer para S.Tomé. A voz corrente é que terminou o prazo de entraga das candidaturas e o senhor Abilio Afonso Henriques, senhor António Quintas e o senhor Agostinho Rita forjaram uma acta a pedir o adiamento da Assembleia para Março como forma de apresentar uma lista para permitir o senhor Abilio perpectuar no poder de modo a beneficiar de um fundo que vem aí. Eu não acho esse procedimento correcto. Quando falas do cunho politico partidario fico mais confuso porque o senhor Abilio Afonso Henriques e o senhor Agostinho Rita são membros da Comissão Politica do MDFM-PL. A verdade deve ser dita. O senhor Abilio atrazou muito o desenvolvimento da Camara. Ele não fez quase nada em beneficio dos empresarios. Pelo contrario deixou a camara com um avultado credito mal parado devido a sua incompetencia. Ninguem pagou o emprestimo feito na Camara.Isto é uma questão que eu como membro da Camara vou lhe pedir as contas no dia da Eleição.Não vou de maneira nenhuma deixar passar isto em branco. Senhor Abilio de novo na liderança da Camara? Nunca. Se isto acontecer aí sim esta Camara vai desaparecer. Veio uma delegação da Guine Equatorial para se encontrar com os empresarios da Camara do Comercio, toda a reunião decorreu na IUCAI com a presença do senhor Abilio, Antonio Quintas e Agostinho Rita e decidiram negócio entre eles na area de construções, farmacia e ensino privado. Isto é o comportamento de pessoa que quer promover o sector privado ou seu assunto pessoal. Bili uê ô

  6. Flogá

    5 de Fevereiro de 2013 at 15:25

    Credo. Essas artemanhas que estão a ser levantadas são falsas questões. Devem ter sido urdidas pelos actuais cassiques da Câmara do Comércio. De recordar que o Sr. Abílio Presidente da Câmara do Comércio e o Agostinho do IUCAI, ambos são membros do MDFM/PL e nunca se colocou a questão da cor partidária. Aliás, na medida em que a Câmara do Comércio deve ser um parceiro do Governo, se houver coincidências desse tipo até só vêm facilitar e promover maiores dinâmicas. Por Favor deixem de especulações e façam Jornalismo Sério.
    Mundo tê peso.

  7. Tchintchintcholò

    9 de Fevereiro de 2013 at 10:14

    o Tchin entende que deve-se deixar a imprensa falar, liberdade de expressão, ainda mais quando isso é uma obra de arte, as pessoas são anónimas, por exemplo um nome fluta npôn, toda a gente come fruta e fruta não fala, se ela escrever, deixa escrever para que saibamos quem é quem nesse país. Quem não quer ser lobo não veste a sua pele.
    Obrigado camaradas.

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