Os barrotes e vigas de madeira que sobraram das ruínas de uma parte do histórico hospital de Agostinho Neto, foram roubados. A polícia do distrito de Lobata que estava a guardar as ruínas resultantes do desabamento levantou a guarda, por causa da inacção das autoridades.
A Polícia do Distrito de Lobata montou guarda a volta dos escombros do edifício que ruiu, para impedir que os barrotes e vigas de madeira desaparecessem. Materiais, que davam suporte ao edifício que viu tombar no dia 7 de Fevereiro último a maior parte da sua estrutura.
Materiais de madeira que actualmente custam caro no mercado nacional. A construção civil a base de madeira é hoje mais cara em São Tomé e Príncipe do que a construção de uma casa a base de cimento e areia.
Há bastante tempo que moradores da roça Agostinho Neto, decidiram aproveitar o estado de abandono do edifício histórico para fazer negócio. Levaram as vigas e barrotes, tendo deixado o edifício sem suporte suficiente até que desabou.
As últimas vigas e barrotes que ficaram misturados nas ruínas de Fevereiro último, acabaram por ser roubados nos últimos dias. É que o comando da polícia de Lobata que destacou agentes para garantir a segurança dos materiais percebeu que não poderia se envolver numa operação de guarda sem fim a vista.
Desde 7 de Fevereiro passado até a data presente as autoridades são-tomenses, principalmente o Governo, não tomou uma decisão sobre o que fazer com os materiais resultantes do desmoronamento da parte do hospital. «Certo é que a polícia já não vem isso ficou assim. os vândalos voltaram a levar», precisou um habitante da Roça Agostinho Neto..
A associação dos moradores da Roça, tentou evitar que os barrotes e vigas fossem levados pelos vândalos. Tais materiais poderiam servir para uma suposta recuperação do edifício.
A Associação dos moradores identificou um espaço seguro para armazenar os materiais, contratou um carpinteiro para retirar os barrotes e vigas do entulho, mas a iniciativa não teve acolhimento atempado do Governo. «O empreiteiro apresentou um orçamento do trabalho a ser feito e a associação procurou solução junto ao ministério da agricultura. Até hoje nada», desabafou o representante da comunidade.
As vigas e barrotes desapareceram e por mais estranho que pareça, a associação dos moradores da roça, garante que tanto o Presidente da Câmara de Lobata Hermenegildo Santos, como a Polícia do distrito de Lobata, sabem quem são os vândalos que destruíram os alicerces do edifício até o seu desabamento. «O Presidente da Câmara conhece os vândalos que destruíram o hospital. Ele tem conhecimento, mas ele não age. Os indivíduos são conhecidos. A entidade camarária conhece os indivíduos. A Polícia distrital conhece os indivíduos mas ninguém faz nada», denunciou o representante da associação dos moradores da roça Agostinho Neto.
A morte da autoridade do Estado em São Tomé e Príncipe, abre espaço cada vez maior para o vandalismo, o banditismo, a impunidade e a insegurança.
Abel Veiga
Le di Alami
3 de Março de 2014 at 7:37
POis e vao construir um novo com dinheiro de TAIWAn, deveria reparar este patrimonio, os politicos de sao tome e uma desgraca total. 1990/2014
Jose Povo
3 de Março de 2014 at 8:19
O que está a acontecer em Agostinho Neto não é novidade nenhuma. Situações identicas já aconteceram em Ribeira Peixe, Uba-Budo, Porto Real, Santa Catarina, Pedrona e tantas outras ex-empresas nacionais que até dá arrepio falar nisto. Tudo isto por culpa de alguém. Que me digam que o Estado no seu todo é cumpado, que as populações residentes em cada uma das empresas deveriam ajudar a presentar esses patrimónios, que o poder local deveria ser mais fiscalizador, mas o GRANDE culpado é aquele que durante os primeiros 15 anos da nossa indipendência tudo ditou, tudo decidiu, tudo ordenou e tudo distruiu. Se houvesse um Tribunal competente neste país, esse(s) individu0(s) deveria(m) ir para a cadeia.
É triste ver patrimónios histórios tão históricos a serem distruidos desta forma. Meus senhores, sejamos um pouco mais humanos, e salvemos o que é nosso, salvemos o que ainda dá para salvar. Salvar esses patrimónios é iniciar o diálogo nacional. Isso sim, trabalhar com afinco e deterinação, devolver alçegria às comunidades rurais, agricolas e o povo santomense no geral é que é um verdadeiro diálogo nacional. Agora, ir-se mais uma vez gastar um punhado de dólares ou de euros para mais uma ronda de diálogo nacional é uma vez mais puxar brasas para a sardinha e continuar a mergulhar o país na m…..
Mria Madre Deus
3 de Março de 2014 at 8:28
Não há problemas de maior. o dialogo nacional vai resolver tudo.
Duro-duroro
3 de Março de 2014 at 8:29
Bom dia,
Deviam roubar próprio o Pr.de camara e outros responsáveis pelo este distrito…etc.
Eterno Madiba
3 de Março de 2014 at 9:28
As autoridades só querem fóruns de dimensão nacional. Só boa vida. Sentadinhos, na sombra e a falar coisas que nunca mais podem por na prática. E para fórum há dinheiro à vontade! Mas resolver os problemas do bem comum fazem-se de avestruz. Enfiam a cabeça na areia e deixa as pernas por fora.
CEITA
3 de Março de 2014 at 9:40
Fosse dinheiro que chegou de Luanda, Assembleia Nacional pedia uma sessão extraordinária para discutir alocação de verbas como é edifício histórico desabou, que acarreta o estado na sua recuperação todos fizeram ouvido de marcador…só com Cristo
Patriota
3 de Março de 2014 at 10:37
E com muita tristeza que observo o meu lindo Pais a evoluir regressivamente. tenham vergonha cambadas de digentes corruptos e incompetentes.
Carlos Manteigas
3 de Março de 2014 at 11:25
HEEEEMmm
osvaldo
3 de Março de 2014 at 11:36
Minhas Senhoras e meus Senhores,
Estas imagens ai são para mostrar-nos quão nós somos ruins. É triste vermos um edifício desta envergadura e de tamanha relevância a ser desmoronado desta forma, pelo facto de não haver boa vontade dos decisores desta terra.
Aonde vamos parar? O que queremos? O que será dos nossos filhos (sucessores)?
Por amor de Deus meus caros tenhamos um pingo de amor por nossa coisa própria.
Atentamente,
Osvaldo
Revoltado
3 de Março de 2014 at 13:25
Entendo que, como patriota, nao devo deixar de criticar o deixar andar que reina em S.Tome. So Visto. Os parcos recursos nao deve ser desculpa para tudo.
Revoltado
3 de Março de 2014 at 13:28
digo: devem
Original
3 de Março de 2014 at 16:16
Se o País está em ruinas,o que é que se espera do que está lá dentro? Os que estão cá em baixo estão a seguir exemplo dos que estão lá em cima.
Combocone
3 de Março de 2014 at 16:43
O Presidente de Camara de Lobata e o comandante da policia, deveriam ser chamados na justiça, para responder essas acusações.
jose soares
3 de Março de 2014 at 17:12
Do meu ponto de vista, andamos a ser governados ao londo de v’arios anos por bandos de incompetentes para ser simpatico com os mesmos e para nao chamar isto outro nome
Barão de Água Izé
3 de Março de 2014 at 19:19
O Hospital da Roça Rio de Ouro/Agostinho Neto é o espelho do País. Dizem más línguas que muitos políticos há muito já roubaram os “barrotes” do País.
A Herança Histórica de STP está a ser destruída e não esforço nenhum ara a preservar.
carlos boa morte
4 de Março de 2014 at 13:11
Teve uma ideia para partilhar com membros do fórum e não só:
Criação de Fundo de Investimento imobiliário ESCOMBROS, para salvar o Hospital de Agostinho Neto e toda as outras infraestrutura colonial que se encontra em ruina sem solução.
Contacto:
Carlo Boa Morte
Telm. 00239 990 9121
e-mail. represe1@hotmail.com
arelitex
8 de Março de 2014 at 17:35
todos os países têm a sua história . com altos e baixos , como é normal .STP também teve momentos históricos de elevado nível .demonstrou ao mundo a sua capacidade .tivemos e temos produtos vindos da terra , que sâo os melhores de todo o mundo .as roças sâo o nosso melhor simbolo histórico .a sua preservação deveria ser do nosso orgulho e do nosso cuidado . mas infelizmente vivemos num país em que cada um luta por si desgovernadamente e sem orgulho de nada . é muito triste que tal aconteça