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Aumenta a procura de crianças no país 

A procura de crianças para adopção internacional, aumentou consideravelmente em São Tomé e Príncipe. Maximo Aguiar(na foto), Presidente da Caritas de São Tomé e Príncipe, diz que a Caritas tem neste momento sob a sua tutela 35 crianças, a maioria abandonada pelos pais.

Com o aumento da procura de crianças para serem levadas para o estrangeiro, o Presidente da Caritas, considera que se tem registado situações claras de comércio e tráfico de crianças. «Estava aqui uma senhora portuguesa que também comprava crianças, dizia ela que dava 300 euros que era muito dinheiro para os pais são-tomenses que viviam na miséria etc etc ..», denunciou Maximo Aguiar.

O caso remonta ao ano 2011. Para o Presidente da Caritas, o mau funcionamento dos tribunais, tem facilitado a vida das pessoas implicadas no processo de comércio e tráfico de crianças para o exterior. «Houve um juiz cujo nome não recordo, conseguiu que a senhora saísse do país. São coisas que através do nosso tribunal vão acontecendo e não se chama responsabilidade a ninguém», afirmou.

Na quinzena da criança que se vive em São Tomé e Príncipe, a Caritas apela a reflexão das autoridades do país sobre a situação das crianças desamparadas que acabam por ser presas fáceis no negócio aparentemente lucrativo de alegadas adoções internacionais, em que depois de saírem do país, perde-se o rasto das crianças. «Neste momento temos cerca de 35 crianças internas. São crianças que os pais abandonam ou que estão em situação litigiosa entre os pais, e vamos tratando delas», frisou.

No mais recente caso de desaparecimento de uma criança, que estava sob a tutela da Caritas e que alegadamente foi levada para França, a Leopoldina Vitória Domingas, Maximo Aguiar, diz que a imagem do Estado são-tomense foi lançada mais uma vez na lama.

O casal francês que levou a criança, antes do processo de adopção estar concluído,  recusa-se em devolver a menina.

Abel Veiga

11 Comments

11 Comments

  1. Bruney Sousa

    2 de Junho de 2014 at 10:50

    As palavras do senhor maximo aguiar devem constituir matéria de reflexão para as autoridades do país. Na verdade, devido a miséria que graça o país, com os partidos politicos sem projectos claros para a melhoria da perfomance social do país, particularmente no que diz respeito à infância, claro que STP transforma-se num terreno fértyil para esse tipo de coisas.
    Ontem mesmo se celebrou o 1º de Junho – dia internacional das crianças que deveria ser um dia de reflexão colectiva para o problema da infância nacional e internacional, mas ouvi pela TVS miinistros a se preocuparem apenas com a componente festa. O ministro da agricultura por exemplo apenas foi-se referindo a comer e beber na festa que msis pareceu para os adultos do que para as crianças. Apenas um, o secretario de estado da comunicação social é que ousou falar do problema na criança em stp e no mundo focalizando o que se está a passar na nigeria com os terroristas que raptaram centenas de crianças. Isto sim é reflexão, é matéia para reflexão em datas de celebração internacionais como estas.
    É o país que temos, são os governantes que temos que até para um dia de reflexão enfatizam apenas o comer e beber com sangazuza. Francamente!

  2. Eu também sou filho da terra

    2 de Junho de 2014 at 11:26

    Coisa nunca vista em STP. No passado as famílias santomenses sempre negaram vender os seus filhos por maior dificuldade que passassem. Mesmo naquelas situações de famílias monoparentais, as mães particularmente sempre lutaram para criar os filhos. Actualmente, devido à situação caótica em que o país se encontra, fez com que muitas famílias santomenses perdessem a noção de valor a ponto de desprezarem o que si é o mais precioso (filho). Agora pergunta-se, quem não ama filho amará a pátria? Claro que não. Portanto, a pátria perdeu amor. Que tristeza!

  3. Zé da Treta

    2 de Junho de 2014 at 11:56

    Meus senhores, Estado santomense, parem com essa de que o casal recusa devolver a criança. Se a criança saiu do país ilegalmente, ela deve voltar ao país, usando todas as ferramentas legais que hoje em dia existem. Se o nosso Estado não consegue com um casal francês, ou seja la de que nacionalidade for, então é melhor fecharmos as portas! Senhores dirigentes nós os santomenses vamos ficar a espera que a criança volte, vivendo na pobreza ou não, mas sendo livre.

  4. JOAO ALMEIDA

    2 de Junho de 2014 at 12:35

    Os meus pais nunca foram ricos, mas não me venderam.
    Essas mães que querem viver na vadiagem é que querem fazer este tipo de coisas. Deveriam ser presas e julgadas.

  5. cobra branca

    2 de Junho de 2014 at 18:56

    Aquela senhora (A Mafalda) saio do pais com a sua filha sem permiso do pae, ela rapitou a sua propria filha. mas as autoridades tanbem nao fazem nada.

  6. manuel soares

    2 de Junho de 2014 at 20:48

    Meus caros boa noite deixemos de coisas as autoridades se quiserem buscar a menina é rápido, se afinal a menina foi raptada ou saiu do país ilegalmente é só accionar os organismos policiais e criminais internacionais, podem accionar os bureau da Interpol, do FBi, da Cia, das polícias europeias, das organizações dos direitos humanaos, de luta contra o tráfico de pessoas, etc , etc é só pedir ajuda internacional e enviar os dados identificativos do casal e pronto isto não custa nada resta saber se querem fazer isto invés de blá blá blá

  7. Pické

    2 de Junho de 2014 at 22:16

    Autoridades Santomense, SEF do aeroporto o que fazem!?
    Vê alguém sair com menor sem autorização dos pais.. nao fazem nada..
    Preferem receber um pouco de dinheiro para fazer trabalho sujo.

  8. Leandro Lavres

    4 de Junho de 2014 at 13:27

    Muito me entristece essa noticia. A realidade sociopolitica de Sao-Tomé e Principe é deveras mediocre. Com o passar dos anos, começo a acreditar que mais esforços têm sido levados a cabo para a degradaçao do pais do que para o seu desenvolvimento. Acho incrivel que se consiga chegar tao baixo ao nivel da administraçao interna de um pais tao pequeno como o nosso. Ha que pôr fim a essa “politica bananeira” que tem denegrido nao so a imagem como a vida de pessoas desfavorecidas. AO invés de proteger os que necessitam de proteçao, com a politica que se tem praticado no nosso “solo sagrado”, tem-se contribuido para um agravamento da vulnerabilidade destes ultimos. Precisa-se de movimentaçoes politicas que adoptem projetos ambiciosos no bom sentido da palavra, que predefinam seus critérios de intervençao politica na vida social, cultural, economica do pais, entre outros. Basta de politica sem fundamento, sem ideais e sobretudo sem consistência e projeçao duradoura. Ha que ser pobres sem perder a nobreza. Uma naçao que perde o orgulho em si mesma, submete-se a degradaçao de seus deveres, direitos e valores.

  9. Maria de Jesus Costa

    5 de Junho de 2014 at 13:28

    Infelizmente trata-se de uma realidade cruel e injusta. Sou profissional de saúde com formação em Pediatria e defensora dos direitos da criança e defendo o que dizia o Papa João Paulo II: “Cada Criança é um Dom de Amor”. Penso que cada criança merece ser Feliz e tem o direito de crescer junto dos seus progenitores, se por algum motivo isso não puder acontecer e tiver que ser educada por outras pessoas, então as coisas devem ser feitas com a maior transparência e legalidade possível de modo que ela não perca de forma radical os rastos da sua origem conforme é relatado pelo Sr. Presidente da Cáritas de São Tomé e Príncipe. Sugiro a todos os apoiantes desta Causa que criemos uma associação para a defesa das nossas crianças! Temos que dizer basta de tanta impunidade naquele maravilhoso arquipélago!
    Atentamente,
    M.J. Costa

  10. Mé pó Feladu

    5 de Junho de 2014 at 15:25

    que distribuam a riqueza de forma a evitarmos esta situação como outra provocada pela pobreza que esta mergulha 90 % da população deste Pais.pq o q leva as pessoas a praticarem estes atos é a miséria que estamos mergulhados

  11. LEOPOLDINA

    9 de Junho de 2014 at 12:15

    É muito triste, ver essa criança no meio dessa ganância, busca de protagonismo e raiva de algumas pessoas que, supostamente, deviam zelar pelos seus superiores interesses.
    Afinal, a criança é órfã e o pai não tem onde cair morto, e sendo adoptada por uma francesa -, que até prova em contrário reúne todos os requisitos para adoptá-la, pois em contrário não teria sido legalmente autorizada pelas autoridade judiciária competente a sair do território de São Tomé – traria de certeza vantagens a todos os níveis para essa pobre criança.
    Parece que quando esteve à Deus dará, cheio de piolhos no Caritas, ninguém apareceu para lhe estender a mão.
    Imaginem, dado o contorno que isso está a tomar, a candidata a adopção (adoptante), a Sr. Sílvia, resolver devolver a pobre criança, Leopoldina, à Caritas. Será que alguns desses defensores, estender-lhe-ão as mãos, porquanto, dando-lhe, um lar, comida, amor, afecto, educação, saúde etc, etc, etc….??? Parece que tudo isto é uma hipocrisia, quezílias e busca de protagonismo dos pseudo defensores dos interesses dessa pobre criança.
    Eu pergunto, se a declaração de saída da menor do território nacional, juntamente com a candidata a adopção, foi assinada pelo Dr. José Carlos, mas à rogo pelo pai, perante notário competente e bem como devidamente autorizada pelo Sr. Digníssimo Procurador, Miguel Carvalho qual é a drama que se pretende fazer com esse processo?
    Na minha humilde opinião, tudo foi feito em conformidade com as leis da República, porquanto a criança, Leopoldina, está devidamente autorizada a sai do território nacional na companhia da candidata a sua adopção, a Srª Sílvia, que segundo consta reúne todas as condições para adoptá-la. Vejam que no processo de adopção, considera-se sempre bom para a criança (adoptanda) que exista um laço de afecto, partilha e aproximação com a candidata a adopção (adoptante) antes da sentença final, porquanto com isso, a autoridade judiciária competente está munido de mais elementos que servirão para norteá-la a proferir uma decisão de mérito que melhor espelha os superiores interesses dessa criança.
    Ora, parece que foi esse o entendimento do Sr. Digníssimo Procurador, Miguel Carvalho, que mais uma vez, a nosso ver, uma decisão muito acertada e à coberto da lei e os princípios que norteiam o processo de adopção.
    DEIXEM A POBRE, LEOPOLDINA, TER UMA OPORTUNIDADE NA VIDA, DE SER ALGUÉM. NÃO BASTA JÁ TER PERDIDO A MÃE À NASCENÇA E TER UM PAI INDIGENTE? NESSAS CONDIÇÕES, QUAL É O SEU FUTURO?
    POR FAVOR…

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