Recomendações provisórias serão divulgadas no início da próxima semana; agência prevê aplicar vacina contra o ébola em humanos no próximo ano.
Foto: OMS/C. Banluta
Eleutério Guevane da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, vai lançar orientações para tratar pacientes do ébola com o sangue de sobreviventes. O vírus já matou 2909 pessoas e infetou mais de 6,2 mil na África Ocidental.
O guia provisório para autoridades de saúde e serviços de transfusão de sangue será lançado no início da próxima semana. Um outro tema a ser discutido também será a aplicação da vacina contra o ébola.
Ensaios
A médica da OMS, Marie Paule Kieny, anunciou que duas delas estão na fase de ensaios clínicos e que não estarão disponíveis para uso humano até início do próximo ano.
Como explicou, não se trata de uma campanha de vacinação em massa porque tal seria impossível devido à quantidade que estará disponível. A médica informou ainda que a vacina será dada por consentimento prévio.
Estudos
A OMS disse estar encorajada pelo aumento do interesse nas chamadas terapias de convalescença contra o ébola, que vai de mal a pior. Entretanto, decorrem estudos para saber qual a eficácia do tratamento.
Estão ainda por determinar a segurança se a sua implementação é viável em países com sistemas de saúde deficientes e falta de pessoal médico.
Dificuldades
Para a OMS, os sistemas de saúde da Libéria, da Serra Leoa e da Guiné Conacri, os países mais atingidos pelo surto, “começam a ceder à pressão de hospitais fechados ou superlotados.”
Ao mesmo tempo, enfrentam dificuldades de pessoal para os centros de tratamento recém-inaugurados e um número de mortes entre trabalhadores da área de saúde considerado “excecionalmente alto”.
Nas vésperas de lançar o “Guia sobre o uso de sangue total ou plasma convalescente recolhido em pacientes recuperados de ébola para transfusão durante surtos”, a OMS indicou três casos de sucesso.
Livre do Vírus
O mais recente deles é o de um médico norte-americano infetado a trabalhar na Libéria que foi tratado nos Estados Unidos. Esta semana, ele foi declarado livre do vírus pela equipa médica que o assistia e o Centro para Controlo e Prevenção de Doenças, CDC.
O sangue já tinha sido aplicado a um médico norte-americano infetado pelo vírus durante o trabalho na Libéria.
Ele recebeu o tratamento ainda na capital Monróvia e ficou totalmente recuperado após ter tomado também uma combinação de anticorpos contra a doença, com o nome ZMapp, nos Estados Unidos.
O outro episódio relatado é de um médico estrangeiro infetado na Serra Leoa, que está a melhorar após receber assistência. Casos do tratamento com sangue foram registados na República Democrática do Congo em surtos de 1976 e 1995, com menos sucesso.
Parceria Téla Nón – Rádio das Nações Unidas
Kuá flogá
29 de Setembro de 2014 at 8:01
Uma das causas da proliferação de ébola é sujidade, imundice, má estruturação urbana que impede a boa circulação do ar e consequentemente o arejamento do espaço, por isso as construções anárquicas como alguns balneários que constroem na cidade e pretendem construir em locais impróprios, deviam ser proibido, esse balneário que a câmara pretende fazer atrás do mercado Cocococo só vem constituir um foco de transmissão de doenças, temos a parte de dentro do cercado do Ministério de trabalho um dos melhores sítios para a construção do balneário.