Agência da ONU disse que isso mostra que a doença pode ser contida; o primeiro caso no país foi registrado em 20 de julho quando um liberiano já com sinais de ebola chegou a Lagos, cidade com 21 milhões de habitantes.
Nigéria está livre da transmissão do ebola. Foto: OMS/A. Esiebo
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, declarou esta segunda-feira que a Nigéria está livre da transmissão do ebola.
Na sexta-feira, a agência da ONU já tinha declarado o Senegal também livre da doença.
Período de Incubação
Segundo as autoridades da OMS, a Nigéria completou 42 dias sem registrar nenhum caso. Os médicos usam como base o dobro do período de incubação do vírus do ebola, que pode chegar a 21 dias.
A organização afirmou que essa é uma história de sucesso que mostra que a doença pode ser contida. Além disso, pode ajudar também outros países em desenvolvimento preocupados com o surgimento de possíveis casos da doença.
O primeiro registro confirmado do vírus na Nigéria aconteceu na cidade de Lagos em 20 de julho, quando um cidadão da Libéria, contaminado e apresentando sinais da doença, chegou ao aeroporto local.
Ele acabou morrendo cinco dias depois e foi o responsável pela contaminação e morte de outras 7 pessoas no país.
Casos Importados
O governo nigeriano e as autoridades de saúde estão conscientes de que o país continuará vulnerável a casos “importados” da doença enquanto o surto permanecer em outras partes da África Ocidental.
O sistema de vigilância continua em alto nível de alerta. Segundo as autoridades, muitas pessoas desesperadas em outros países da região acreditam que a Nigéria tenha bons tratamentos ou até mesmo “tratamentos mágicos” para oferecer aos pacientes.
Ainda nesta segunda-feira, a China anunciou a doação de US$ 6 milhões, o equivalente a R$ 14,5 milhões, para o Programa Mundial de Alimentos, PMA.
Combate
O dinheiro vai ser utilizado em operações de emergência no combate ao ebola na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa.
Aproximadamente 1,3 milhão de pessoas serão beneficiadas com a entrega de alimentos, principalmente arroz, lentilhas e cereais, assim como outros produtos nutritivos nos três países mais atingidos pelo surto.
Desde abril, o PMA já entregou mais de 9 mil toneladas de comida para quase 530 mil pessoas afetadas pela crise do ebola.
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