PARCERIA TÉLA NÓN / RÁDIO ONU
Proposta é que Conselho de Segurança “passe da gestão à solução das guerras no continente”; país deve presidir o órgão em 2016, após estreia na semana passada.
Conselho de Segurança da ONU. Foto: ONU/JC McIlwaine
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O embaixador de Angola junto das Nações Unidas defendeu uma nova forma de atuação ao Conselho de Segurança para resolver conflitos africanos.
As declarações foram feitas por Ismael Martins em entrevista à Rádio ONU, em Nova Iorque. Este ano, o país retorna ao órgão juntando-se aos africanos Nigéria e Chade. Angola deve assumir a presidência rotativa do Conselho de Segurança em 2016.
Conflitos
“Que a resolução dos conflitos em África seja vista de uma outra forma. Nós gostaríamos que o Conselho de Segurança passasse da gestão para a resolução de conflitos. Veja-se pelas missões que nós (ONU) temos em vários países africanos. África ainda continua a ser o continente mais presente na agenda do Conselho, cerca de 60% a 70% das reuniões são sobre África. É verdade que somos um continente que tem vários conflitos mas estes duram muitos anos e não são, de facto, resolvidos.”
Em janeiro, os temas africanos devem voltar a dominar a agenda do órgão sob a presidência chilena. Ismael Martins explicou como as entidades do continente devem ser incluídas nas decisões do Conselho de Segurança.
Decisões
“Isto passa, naturalmente, por uma maior interação entre o Conselho de Paz e Segurança da União Africana, os países de África, os países em conflito e o encontrar de soluções para os problemas. Sem esta resolução nós não podemos dar o próximo passo que é ver África a desenvolver-se e os povos africanos com os seus problemas resolvidos.”
Entre os países africanos a serem discutidos em janeiro estão a República Democrática do Congo, a República Centro-Africana, o Mali e a Somália.
O Conselho também deverá destacar a atuação da ONU na África Ocidental e o caso da Côte d’Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim. Este ano, o país deve realizar as primeiras presidenciais após a crise política e a violência de 2011.
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