Parceria – Téla Nón / Rádio ONU
Conselho Nacional de Combate ao Sida defende investimentos para o público feminino; vice-chefe da instituição quer redes sociais mais usadas para difundir mensagens sobre o tema.
Necessidade de investir nas raparigas. Foto: Banco Mundial/Charlotte Kesl
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O vice-secretário executivo do Conselho Nacional do Combate à Sida em Moçambique, Cncs, disse que a prevalência do HIV em meninas entre os 15 e 24 anos é o triplo em relação à dos rapazes na mesma idade.
Diogo Milagre disse à Rádio ONU, em Nova Iorque, que um plano estratégico a ser submetido ao governo moçambicano “dá particular atenção sob ponto de vista de direções estratégicas a um investimento na rapariga e na jovem mulher.”
Investir
“Temos a taxa nacional ponderada de prevalência na ordem dos 11% dos quais 13,1% está nas mulheres e 9,2% nos homens. Mas, se nós olharmos para a faixa etária dos 15 aos 24 anos vamos reparar que as mulheres têm três vezes mais prevalência comparativamente aos homens da mesma idade o que significa que é aqui onde nós precisamos de investir.”
Mulher
O responsável falava na sede das Nações Unidas, onde participou numa série de encontros sobre a mulher. Ele abordou também os fatores por detrás da fragilidade feminina.
“Essa vulnerabilidade é biológica por um lado mas é também social. A vulnerabilidade social tem a ver com todos estes desequilíbrios, as iniquidades de género, com contextos em que esta mulher é educada, o tratamento que ela recebe do parceiro. Temos ainda todo um conjunto de aspetos que incutem no homem esta propensão à demonstração da força, da virilidade e por aí fora. No caso de Moçambique, nós sempre falamos de uma epidemia feminilidade.”
As redes sociais e o seu uso para mensagens para o grupo são tidos como ferramenta educativa que permite expor a sexualidade e os seus perigos. Para ele, o importante é que a liberdade não interfira na saúde de outra pessoa.