A Direcção Geral das Florestas manifesta-se impotente para conter a onda de abate ilegal de árvores na ilha de São Tomé. Depois de ter praticamente devastado a floresta secundária do país, que compreende áreas de produção agrícola, as motosserras avançaram para o coração do parque natural-Obô, de São Tomé.
Localizado no distrito de Mé-Zochi, centro da ilha de São Tomé, clareiras estão a abrir-se no coração da floresta virgem da ilha.
Os guardas florestais denunciaram o crime que ocorre numa região em que praticamente desde a formação da ilha de São Tomé, nunca antes tinha sido alvo de abate de árvores. «Este é um cenário bastante triste. Ficamos espantados. São dezenas de árvores nomeadamente muindro, que estão a ser abatidas de forma irracional, pondo em causa todo o recurso florestal ali existente», denunciou Adelino Capela, técnico da direcção das florestas.
Dezenas de árvores centenárias, tombaram nos últimos dias. No lugar onde a presença humana, não era comum, os pássaros gritam pulando nalgumas árvores que restaram. Estão a perder o pouso para fazer o ninho, e também as flores e frutos das árvores que constituem o seu alimento.
A Direcção das Florestas foi informada sobre o crime ambiental que está a ocorrer no parque natural-obô, por uma fonte popular. Pelo menos 3 moto-serras estavam a actuar no parque natural, uma foi apreendida.
Muito material para construção civil, nomeadamente barrotes, tábuas e ripas, ficaram espalhados na selva. «Os invasores não têm poupado nada. Têm abatido tudo pela frente. O futuro da biodiversidade de São Tomé está comprometido», referiu Adelino Capela.
A Direcção da floresta conta com apenas 8 guardas florestais. Segundo Adelino Capela, são incapazes de fiscalizar todo o território da ilha de São Tomé, onde o abate ilegal de árvores tem intensificado. «O abate indiscriminado faz-se sentir com grande proporção nas áreas de reserva florestal, porque na floresta de sombra que compreende os terrenos que foram distribuídos para exploração familiar, área de cacausal, já não existem árvores de boa qualidade, as que existiam já foram praticamente abatidas. Consequentemente os invasores vão subindo para o parque obô», explicou o técnico das florestas.
A região virgem que está a ser devastada, alimenta o maior manto freático da ilha de São Tomé. A zona montanhosa do distrito de Mé-Zochi, conserva a maior parte dos recursos hídricos da ilha. O abate das árvores que já chegou no parque obô pode a curto prazo ter consequências terríveis para a sobrevivência humana em toda a ilha.
Na ilha de São Tomé os autores do abate ilegal de árvores normalmente não são punidos. «Deveria haver vontade política para accionar todos os mecanismos para travar esta onda de abate ilegal que estamos a assistir, e no sentido de encontrar mecanismos próprios para sancionar os infractores», sublinhou Adelino Capela.
O caso é sério. Os invasores do parque natural, não estão para brincar. Já construíram uma cabana no coração do parque, onde residem e assim dia a dia, devastam a floresta virgem.
Na parede da cabana deixaram mensagens de honra e de liderança. “ Rei de Jamar”, é uma das mensagens que se destaca mesmo na porta de entrada da cabana. Prova de que no grupo de mais de 10 homens que a direcção das florestas identificou no abate de árvores no parque natural, existe um líder.
Os barrotes e tábuas resultantes da serragem de árvores centenárias, são transportados na cabeça no meio da selva e por mais de 12 quilómetros, até chegar a comunidade agrícola de Água das Belas, o último ponto de acesso para transportes.
Abel Veiga
Maria Silva
18 de Julho de 2017 at 7:40
Ao invés de ficar aí a gritar , devem ensinar o povo a plantar árvores !
Educação , mobilização , fazer com que o povo compreenda a importância de plantar uma árvores etc etc etc.
rapaz de Riboque
18 de Julho de 2017 at 8:28
falta de civismo e de educação e de uma boa politica governamental, em vez dos ditos militares estarem nos quarteis porque não andam a patrulhar , isto tem dedo dos politicos metido nesta barbaridade não venham com histórias mal contadas , só sei dizer que estamos a viver num pais que vai abeira do abismo , as pessoas estão a entrar na onda da selvajaria e não temos politicos a altura para governar pergunto onde isto vai parar ?
ADEUS A ULTIMO SUBREVIVENTE
18 de Julho de 2017 at 9:41
Ó meu caro amigo, tens que ser apelidado por “REVOLUCIONÁRIO DA LIBERDADE DE IMPRENSA”, queres ouvir uma verdade? a tua noticia perde efeito imediato.
então vejamos: 1) como é que querem proibir corte abusivas das árvores, se nas nossas vilas e cidades existem muitos centros de vendas desse mesmo material?
2)os guardas florestais ganham mal e estão a saber das suas vidas.
3)na calada da madrugada chega carinha Dina, com materiais (tábuas e barrotes) perto de nariz das autoridades (policia nacional) e nós que estamos mais atento ficamos muito preocupado com essa situação,
4) cada dia que se passa a mais centro de venda de Materiais.
ANCA
19 de Julho de 2017 at 1:34
Há falta de definição clara de programa para a importância dos recursos florestais ambientais, aliada a evolução populacional, leva a que assistimos nas imagem acima.
A educação a sensibilização, as alternativas devem constituir motivos de reflexão nacional, para a conservação evolução do ambiente flora e fauna, bem como para os recursos florestais.
É necessário coordenação, cooperação, organização e procedimentos, conjugação de esforços, na proteção do clima, da florestas, do ambientes naturais os ecossistemas, fauna e flora terrestre, preservação do solo, da água,…É preciso dotar o País(Território, População,Administração), de políticas e planos de ordenamento do território, planos diretores municipais, planos de pormenor, de modo a definir o conteúdo das atividades humanas sobre o território,zonas urbanas, per urbanas, zonas rurais, zonas agrícolas, zonas de habitação, zonas de praia, zonas marítimas, zonas florestais, somos, água, rios, montanhosas, a que definir juridicamente, dar corpo legislativo, ao ordenamento e planos do território, população, local, distrital, regional.
Hoje sabemos dos efeitos da alterações climáticas, sobre o Território/População, a que reflorestar, ação de plantio de árvores endêmicas, reprodução dos ambientes ecológicos naturais, em todo território local, distrital, regional.
Urgente mudanças de paradigma
Os agricultores, os produtores de gados, os pescadores nacionais na sua grande maioria praticam atividades econômicas de subsistência familiar, os números continuam reduzidos nestes setores, quanto a população que dedicam a estas atividades.
O números do nosso extrato populacional aumentou, logo há uma forte pressão sobre os recursos,…há muitas pessoas sem trabalho, é muitas que nada querem fazer,…há que diversificar a economia.
De modo a massificar, a atividades, agrícolas, da pecuária,da economia azul, a aquacultura, necessário partir, para o corporativismo agrícola, frutícola, pecuária, bem como nas pescas.
A massificação de plantios agrícolas, de plantas, arbustos, de árvores de frutas nacionais, o nosso pêssego, carambola, citrinos, manga, jacas, goiaba, sapcho sapcho, anônas, pitangas, figos silvestres, bananeiras, amoras silvestres, mamão, saco, mangostão,papaia,etc,etc,…
É de rentabilidade fundamental para nossa economia, para o nosso mercado Nacional, regional, a que apostar, organizar o setor produtivo agrícola, pecuário, da economia azul de modo a obter economia de escalas, a montante e a jusante.
Pois que assim procedendo, criaremos postos de trabalhos, aumentamos a produção Nacional, abastecimento de mercado, exportação, teremos mais valias,….
É necessário modernização, organização, aposta nas novas tecnologias, melhoria de qualidade,técnicas de calibração, rotulagem, embalagens, designação de origem, produção controlada, massificada, formação, qualificação, investimentos, incentivos, estimular o empreendedorismo a pensar no mercado nacional,regional,internacionais, sobretudo o mercado Asiático,que têm necessidades de consumos a todos os níveis.
Acreditando, organizando os nossos setores é possível…
Confiança, objetivos, conjugação de vontades, planeamento, investimentos,…juntos podemos fazer e saber fazer, construir, produzir mais e melhor pelo nosso País(Território,População,Administração).
Assim também o cultivo massificação, das flores, ex;atentemos no que faz a Iha dos Açores, e outros Países produtores exportadores de flores, assim a massificação do cultivo de plantas com propriedades medicinais certificadas cientificamente, nos dará rentabilidade credibilidade únicas, é preciso quer, mudar transformação, fazer saber fazer, apostar na modernização com formação, qualificação, trabalho, muito trabalho,…
Estamos inseridos na região Central Africana, o que nos poderá dar rentabilidade econômica e emprego, uma mais valia de que dispomos em relação aos outros países regionais somos um País que se pode dizer tranquilo, com ausência d conflitos sociais, temos o parque obô, que na imagem vemos ser destruído, um exemplo, uma ideia;
Se no presente aliarmos ao turismo ao ecoturismo, a criação de parques de animais temáticos de África, para safáris, para estudos e pesquisas, Girafas, Elefantes, Leões, Macacos, etc, etc, em que os agentes que vão tratar cuidar destes parque poderão ser aqueles que hoje dedicam ao derrube de arvores,… com criação de parques naturais, com dimensão obviamente reduzida, estaremos a criar e gerar empregos, com visitas turísticas a estes parques.
Pois que quanto mais demorarmos a implementar, outros países que tem uma dimensão superior a nossa terão vantagens a medida que vão se estabilizando socialmente.
É necessário fazer com que a conservação dos recursos ambientais flora e fauna, a floresta, micro climas sejam recursos auto sustentáveis financeiros sem que necessariamente haja a sua destruição, pelo homem a que fazer a reconversão e arranjar alternativas, existem aves e plantas únicas no País, a sua rentabilização econômica mediante visitas guias turísticos, servirá para a conservação e criação emprego florestal ambiental.
Muito se pode perspectivar
Acredita tu és capaz
Pratiquemos o bem
Pois o bem
Fica-nos bem
Deus abençoe São Tome e Príncipe
rapaz de Riboque
19 de Julho de 2017 at 19:47
oh rapaz muito escreves não vez que as pessoas não gostão dos teus comentários , e outra és Jeová ou Reino de Deus? sempre nos fins dos teus comentários dizes Deus abençoa S.Tomé já estamos abençoados o que nos falta é trabalharmos e respeitar uns aos outros e não danificarmos o que Deus nos deu nada mais . Deixe destas palhaçadas rapaz
Ralph
19 de Julho de 2017 at 3:30
É muito triste, mas as autoridades, se tiverem a vontade, ainda podem impedir o progresso desta atividade. Os troncos abatidos terem de ser levados a algures para ser vendidos ou tornados num produto de algum tipo. Imagino que seria muito difícil esconder grandes quantidades de troncos abatidos se as autoridades estiverem interessados em encontrá-los. Então seria possível apanhar os responsáveis e submetê-los a um castigo apropriado pela lei, dissuadindo outros de fazerem a mesma. Uma ação dessas serviria para desencorajar a continuação de tais atividades ilegais (se as autoridades tiverem a vontade, o que parece ser o problema real nesta situação). Se as autoridades realmente quiserem travar estas atividades, parece-me que isso será atingível. Se não, será fácil por os perpetradores continuarem a fazer o que atualmente estão a fazer.
Mesmo assim, a coisa esperançosa a surgir desta tragêdia é que as florestas vão crescer mais uma vez, eventualmente, o que quer dizer que tudo não é perdido. No caso da exploração de recursos não renováveis, podem ser explorados uma só vez e nunca mais serão reabastecidos. Uma solução melhor talvez seja instituir um programa de corte sustentável no ambito de garantir emprego e proteger o ambiente ao tanto quanto possível dentro dos limites de uma decisão de abater florestas certas.
Pumbú
19 de Julho de 2017 at 6:29
Se realmente o governo estivesse preocupado com esta situação teria PROIBIDO entrada no país de MOTOCERRAS pêlos privados. E o corte de árvores deveria ser feita só por instituições legalizadas e controladas pelo estado. Outro aspecto a ser considerado é que o processo de produção de barrotes, tábuas… com MOTOCERRAS deixa no Mato mais 50% da árvore abatida!!!! Já nas cerrações devidamente equipadas o desperdício é muito menor. As entidades de gestão florestal devem promover activamente o restabelecimento das florestas plantando: antes de abater 1 árvore devia-Se antes planta 6 (seis)!!!
rapaz de Riboque
21 de Julho de 2017 at 13:26
a dias fartei-me de rir ao ouvir um anuncio sobre o falecimento de uma senhora começaram a identificar a família achei piada quando identificaram um sobrinho com a profissão operador de motosserras ,poça o que isto chegou até a operador de motosserras pergunto onde é que dão esta especialidade ?