Sociedade

Juiz mandou arquivar processo de tentativa de golpe de Estado

José Carlos Barreiro, é o juiz de Direito que tem nas mãos o processo – crime movido pelo Ministério Público no início de Novembro último, contra 20 pessoas, dentre elas 3 cidadãos espanhóis. Todas acusadas de tentativa de golpe de Estado contra o Presidente da República.

Um processo crime “montado” pelo anterior Governo de Patrice Trovoada, que gerou grande alarido no país. O Ministério público deduziu contra as 20 pessoas, várias acusações nomeadamente de prática de 3 crimes de conjura, 3 crimes de alteração do Estado de Direito, crimes de atentado contra o Presidente da República, crime de associação criminosa, crime de posse de armas proibidas, engenhos e substâncias explosivas e crime de contrafacção de moedas.

O Ministério Público disse na sua nota de 8 de Novembro, que o Presidente da República era o único alvo da intentona golpista, contrariando as declarações do então governo de Patrice Trovoada que anunciou na altura que os dados recolhidos, indicavam que durante a alegada intentona o ex-primeiro ministro Patrice Trovoada também seria assassinado.

O Ministério Público explicou também, que todo o processo de investigação do caso, foi acompanhado e apoiado pela Interpol e pela Polícia Portuguesa.

No entanto no dia 26 de Novembro, após auscultar os 5 principais arguidos que estavam detidos, nomeadamente 3 cidadãos espanhóis e 2 cidadãos nacionais, o juiz decidiu manda-los em liberdade, apenas sob termo de identidade e de residência.

Hoje, 27 de Dezembro de 2018, o Juiz pôs fim ao processo. Numa audiência no Tribunal de São Tomé, José Carlos Barreiros declarou aos presentes que o caso foi arquivado.

O Téla Nón contactou o Juiz, para confirmar a informação, e José Carlos Barreiros, respondeu ao Téla Nón com a seguinte frase. «O processo foi arquivado. É verdade».

O Téla Nón perguntou ao juiz se o arquivamento do processo deveu-se a falta de provas. O juiz apenas respondeu. « O processo foi arquivado. Apenas isso posso dizer….».

Note-se que no passado dia 19 de Dezembro, em plena sessão plenária da Assembleia Nacional, o Ministro da Defesa e Ordem Interna, Óscar Sousa, disse aos deputados da nação,  que as duas tentativas de golpe de Estado denunciadas pelo anterior governo de Patrice Trovoada, sendo a primeira em junho de 2018 e a segunda em agosto do mesmo ano, foram forjadas.

O ministro da defesa e ordem interna prometeu desmontar as duas tentativas de golpe de Estado, denunciadas pelo anterior governo.

Óscar Sousa garantiu que iria anular também todas as medidas de suspensão ou de sanção, que o seu antecessor Arlindo Ramos, decidiu impor aos militares e para – militares acusados de participação ou envolvimento nas tais tentativas forjadas de golpe de Estado.

Abel Veiga

5 Comments

5 Comments

  1. ANCA

    27 de Dezembro de 2018 at 22:45

    Urgente se torna, esclarecer a sociedade Civil, a comunidade internacional, sobre os factos e contornos, pois que houve uma investigação intervenção da Interpol e da judiciária portuguesa.

    Há cidadãos estrangeiros e nacionais envolvidos.

    Ministério público deve mais brevemente esclarecer a situação.

    A altura estava-se na caça aos votos tudo era válido para todos, como é característico, em África, São Tomé e Príncipe, não foge à regra.

    Encenação ou factos

    Aqui pode ser válido tanto para um lado, neste caso, a ADI, bem como para o MLSTP/PSD, PCD, MDFM, quanto a mandantes ou encenantes, do golpe.

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  2. Pedro Costa

    27 de Dezembro de 2018 at 23:51

    E agora?
    Quem vai reparar os danos causados a estes cidadãos? Quem?
    Isto não é só colocar uma pedra sobre o assunto!

  3. Rodrigo Cassandra

    28 de Dezembro de 2018 at 6:38

    Agora eu tenho uma pergunta curiosa, praticamente fica provado que tudo não passou de uma encenação no entanto a danos morais talvez físicos pois ficar preso todo este tempo e no fim vir provar segundo palavras do Ministro que foi tudo forjado quem vai assumir uma eventual queixa contra o estado santomense para ressarcir os danos morais e físicos psicológicos provocados por essa prisão que aparentemente foi forjada.
    Como é que o nosso país justificará toda essa arbitrariedade perante a comunidade internacional e especificamente ao Reino de Espanha que viu dois cidadãos seus presos todo este tempo e que segundo informações todas as diligências para os libertar a partir do consulado de Espanha não sortiu não sortiu efeito.
    Vamos esperar para ver só espero que o dinheiro dos contribuintes não vai servir para pagar as atrocidades de cada um quem cometeu sua arbitrariedade que assuma suas responsabilidades e consequências daí decorrentes.

  4. arroz podre

    28 de Dezembro de 2018 at 7:48

    É bom a mudança.
    Eu honestamente sabia que era montagem esse golpe de estado. As armas apresentadas eram novinhas bem como os materiais apresentados.
    Arlindo Ramos é perito nisto.
    Obrigado o Povo de São Tomé por ter escolhido o MLSTP e a COLIGAÇÃO para governar, assim massacre muito.
    Bom ANO para todos.

  5. modesto

    28 de Dezembro de 2018 at 9:42

    Como se pode permitir que indivíduos participantes nessa montagem tão perigosa, continuem tendo assento no parlamento, casa da Lei e da verdade?

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