Sociedade

CECAB e KAOKA celebraram o maior sucesso da agricultura em STP

Depois da independência nacional, e sobretudo depois da distribuição das parcelas de terras das antigas grandes roças para exploração familiar(a partir dos anos 90), não há registo de algum projecto de desenvolvimento da produção de cacau, que gerou sucesso e deu resultados positivos para as famílias produtoras de cacau, como após a criação da CECAB em parceria com a empresa francesa KAOKA.

A produção do cacau biológico de alta qualidade, e a sua exportação autónoma pela cooperativa dos agricultores, trouxe rendimentos para mais de 2 mil famílias no meio rural de São Tomé e Príncipe.

A empresa francesa KAOKA, participou na criação da Cooperativa de Exportação de Cacau Biológico(CECAB) de São Tomé e Príncipe. Formou os agricultores sobre as técnicas de cultivo e produção biológica. A CECAB foi certificada no mercado francês como produtora de cacau de alta qualidade.

Tudo começou no ano 2004. Na última quinta – feira, a CECAB celebrou 15 anos da sua existência. Foi festa rija, porque no mesmo dia a KAOKA celebrou 25 anos sobre a sua criação.

Juntos os dois parceiros, celebraram em São Tomé o trabalho conjunto, que produz chocolate de alta qualidade no mercado francês, e que de 15 comunidades agrícolas inicialmente envolvidas na cooperativa, hoje regista-se um total de 36 comunidades.

Mais de 2 mil agregados familiares de São Tomé e Príncipe, beneficiam da parceria que aumentou os seus rendimentos com base na produção do cacau de alta qualidade.

Toda a produção da cooperativa de exportação de cacau biológico é vendida exclusivamente para a empresa KAOKA. Uma empresa que comercializa chocolates biológicos, em vários continentes e é líder dos mercados de produtos biológicos em França.

«Trabalhamos com muita coragem para chegarmos hoje onde chegamos. Fixamos o objectivo para uma década (2005- 2015)e produzimos 1000 toneladas de cacau. Temos a projecção para na próxima década atingir 1500 toneladas», explicou Aureliano Pires, Presidente da CECAB,

Os representantes da KAOKA, também se pronunciaram na festa de aniversário. «15 anos depois estamos orgulhosos do trabalho feito», afirmou o chefe da fileira de produção biológica da KAOKA.

O ministro da agricultura Francisco Ramos, parabenizou a CECAB e a KAOKA, pela parceria que trouxe melhorias para as famílias dos agricultores, e deu sustentabilidade e autonomia financeira e administrativa, a CECAB.

«Entendemos que a CECAB deva ser acarinhada e protegida pelo Governo, e assim sempre usarei a minha influência de forma a torna-la cada vez mais reforçada e consolidada», sublinhou o ministro da agricultura.

O ministro Francisco Ramos terminou a sua intervenção com o anúncio do seu empenho pessoal em contribuir para que seja materializado um dos maiores sonhos da CECAB. «Quero anunciar que durante o meu mandato haverá a instalação e produção do chocolate da CECAB em São Tomé e Príncipe», pontuou.

Um sonho da Cooperativa de Exportação do Cacau Biológico, que estava prestes a realizar no ano passado. O projecto para construção da fábrica de chocolate biológico já estava avançado, mas foi travado pelo anterior governo.

Mundo dá voltas, e tudo indica que o sonho da cooperativa que congrega 36 comunidades agrícolas, vai ser realidade nos próximos tempos.

Abel Veiga

6 Comments

6 Comments

  1. Rapaz de reboque

    18 de Março de 2019 at 13:35

    É de louvar os que trabalham, é o que muitos deviam fazer trabalhar cultivar, mas a maioria nao querem trabalhar querem viver no bem bom, depois estão sempre a chorar que não a trabalho, se for preciso os parasitas que não querem trabalhar ainda vão roubar o que os outros trabalham

  2. ANCA

    18 de Março de 2019 at 14:07

    Necessário urgência na criação da cooperativa de produtores de hortaliças, de frutas, de criadores de animais, sejam de avicultura, de caprinos, de bovinos, assim como, cooperativa de pescadores, criação captura transformação de pescados.

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  3. ANCA

    18 de Março de 2019 at 14:38

    Caso para perguntar e a região autónoma do Príncipe?

    Por outro lado sendo São Tomé e Príncipe, um País,onde o clima é característico por um período de chuva a nove meses, imã empresa de água e electricidade, mais que não tem nenhuma preocupação com o ambiente, se já não se altura de surgimento de cooperativa ou entidades de proteção, produção, comercialização de água, recursos hídricos no País(Território/População/Administração).

    Falando de recursos hídricos, agora com referência ao mar, é altura de começarmos a tirar partido deste recurso incontornável.

    Necessário formação especialização sobre a oceanografia, o conhecimento do mar, dos seus recursos e potencialidades, uma porta de vantagens e conhecimento, a criação de uma instituição ligada a estás questões, da economia do mar, cluster do mar.

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

    • Rapaz de reboque

      18 de Março de 2019 at 17:48

      Saite Satanás

  4. ANCA

    18 de Março de 2019 at 14:48

    Altura de pôr o ênfase sobre políticas de proteção do ambiente, prospeção das suas potencialidades, melhor ordenamento do Território, População, Administração.

    Necessário criar instituições ou núcleo de estudos investigação sobre estás questões em parceria e reforço das instituições de ensino superior no país, Território/ Administração.

    Outra da observação natural há falta de veterinários capaz de inspeção as carnes produzidas no país, locais de venda de carnes os talhos. Tudo isto deparando com os números de desmpregados jovens no País, vemos um leque de oportunidades a serem exploradas a nível da economia finanças nacionais, mais que temos de vencer a letargia, característica que nos condena a pouca ação e ousadia de pensar estruturar e organizar.

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  5. ANCA

    19 de Março de 2019 at 2:04

    A experiência do sucesso desta parceria, da qual vimos descrita na noticia, deve nos dar luz sobre a importância da parceria estratégica do saber e saber fazer, do qual deve ser extensível, as outras áreas de produção, das quais referi atrás sobretudo com instituições entidades e cooperativas quer sejam nacionais ou estrangeiras, para uma organização evolução e sustentabilidade social, ambiental, comercial, económica e financeira de que tanto necessitamos como território/população/administração.

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

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