Sociedade

Planeta Terra teve o mês de junho mais quente já registrado

Organização Meteorológica Mundial aponta que dados mostram que nove dos 10 junhos mais quentes ocorreram desde 2010; mês também apresentou a segunda menor extensão de gelos do Ártico para junho em 41 anos de registros.

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA, Noaa, confirmou que a Terra teve o mês de junho mais quente já registrado, superando junho de 2016. A incidência foi verificada tanto em relação às temperaturas da superfície terrestre quanto da marítima.

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, OMM, a informação está em consonância com os outros principais conjuntos de dados da Agência Aerospacial dos Estados Unidos, Nasa, do Centro Europeu para as Previsões Meteorológicas a Médio Prazo e da Agência Meteorológica do Japão.

Junho

Nove dos 10 junhos mais quentes ocorreram desde 2010. Junho de 1998 é o único do século passado que aparece entre os 10 junhos mais quentes já registrados, e atualmente está classificado como o oitavo mês mais quente já ocorrido.

A Noaa aponta que junho de 2019 marca também o 43º junho consecutivo e o 414º mês consecutivo com temperaturas, pelo menos nominalmente, acima da média do Século 20.

Europa

Junho de 2019 foi o mais quente da Europa. No final do mês, as regiões ocidental e central do continente experimentaram uma onda de calor curta, mas recorde, com temperaturas médias diárias até 10°C acima do normal. As temperaturas foram marcadamente acima da média na ilha de Baffin, no norte da Sibéria, onde os incêndios foram predominantes, e em algumas partes da Antártida.

Outras regiões que tiveram temperaturas substancialmente acima do normal incluem Groenlândia, Alasca e partes da América do Sul, África e Ásia. A Índia e o Paquistão sofreram uma severa onda de calor no início do mês, antes do início das monções.

Recordes de temperaturas altas durante junho deste ano estiveram presentes em toda a Ásia, África, América do Sul, norte do Oceano Índico e algumas partes dos oceanos Pacífico e Atlântico. Nenhuma área terrestre ou oceânica registrou recordes de temperaturas frias de junho.

Ártico

A OMM destaca que as temperaturas são apenas parte da história. De acordo com uma análise do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo, que usou dados da Noaa e da Nasa, o mês apresentou a segunda menor extensão de gelos do Ártico para junho em 41 anos de registros, atrás apenas do recorde estabelecido em junho de 2016.

O gelo do mar antártico foi o mais baixo já registrado.

O Boletim Hidrológico de junho, do Serviço de Mudança Climática Copernicus da União Europeia, mostrou que uma grande região que se estende do sudoeste da Europa, da Europa Central à Ucrânia, ao sul da Rússia e ao norte da Sibéria teve condições mais secas do que a média. O fenômeno teria ocorrido devido a um índice menor de precipitação do que o normal e temperaturas muito acima da média.

A maior parte do sudeste da Europa, os Balcãs e a Turquia experimentaram condições mais úmidas que a média. No Hemisfério Sul, a Austrália e a África Austral continuaram com condições muito secas.

Estado do Clima em 2019

A temperatura acumulada no ano em toda a superfície terrestre e oceânica global está vinculada a junho de 2017, como a segunda maior entre janeiro e junho no histórico de 140 anos. Segundo a Noaa, apenas o período entre janeiro a junho de 2016 foi mais quente.

A OMM apresentará um relatório sobre o estado do clima na Cúpula das Nações Unidas sobre Ação Climática, em Nova Iorque, em 23 de setembro.

Parceria Téla Nón / Rádio ONU

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