Apelo à mobilização de apoio foi feito em Yokohama; secretário-geral também falou de desastres naturais e incêndios em áreas africanas, incluindo Moçambique, República Democrática do Congo e também no Oceano Ártico.
O secretário-geral citou os incêndios florestais na Amazônia e os desastres agravados pelas mudanças do clima falando no Japão na 7ª Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento de África, Ticad.
Na cidade de Yokohama, António Guterres enumerou vários “incêndios destrutivos” e mencionou a “tragédia da Amazônia” após falar das queimadas devido às altas temperaturas que acontecem no Oceano Ártico.
Incêndios florestais ocorrem nos hemisférios Norte e Sul. Foto: Peter Buschmann for Forest Service, Usda
Recurso Essencial
Em declarações a jornalistas, Guterres destacou que a situação da Amazônia é séria, por estar ocorrendo em uma área “que é um recurso essencial para todos e o pulmão do planeta”.
Para o chefe da ONU, todos esses incêndios são extremamente perigosos e é necessário fazer de tudo para parar com eles, com políticas fortes sobre o desmatamento para fortalecer esse combate.
António Guterres disse ainda que a comunidade internacional deve estar mobilizando fortemente o apoio para os países da Amazônia, para que rapidamente sejam interrompidos os incêndios com os meios possíveis e de uma forma consistente.
Para o chefe da ONU, ainda não foi feito tudo e esse é também o caso de outras partes do mundo como o Ártico, a República Democrática do Congo, e outras áreas africanas. O apelo é que haja mobilização de todos para proteger os pulmões verdes do planeta.
Mobilização
O chefe da ONU também declarou que a organização “está muito envolvida” na busca de uma solução através das equipes nacionais, que atuam junto dos governos. Elas mantêm contatos para avaliar se durante o Encontro de Alto Nível da Assembleia Geral, em setembro, “poderá haver uma reunião dedicada à mobilização de apoio para Amazônia”.
Falando aos líderes no encontro, Guterres disse que não é preciso ir mais longe do que ver o que aconteceu no ciclone Idai em Moçambique que foi o primeiro de dois a afetar o país em março matando 600 pessoas e desalojando milhares.
Ele explicou que a África tem uma “autoridade moral especial” sobre esse tema, e que o continente tem uma contribuição mínima no aquecimento global, mas está na linha de frente dos impactos das alterações do clima.
Foto ONU/Eskinder Debebe
António Guterres disse ainda que a comunidade internacional deve estar mobilizando fortemente o apoio para os países da Amazônia.
Resultados
Guterres falou do Encontro de Cúpula sobre Ação Climática, declarando que para que os resultados sejam um sucesso, todos os países devem trabalhar juntos.
O representante pediu que os Estados mostrem como suas contribuições determinadas a nível interno serão reforçadas até 2020. Para ele, estas devem demonstrar como serão reduzidas as emissões de gases de efeito estufa em 45% na próxima década e obterão emissão líquida zero até 2050.
O secretário-geral anunciou que o evento dará uma forte ênfase à adaptação e resiliência, bem como ao financiamento da adaptação através de uma reposição significativa do fundo verde para o clima.
Parceria – Téla Nón / Rádio ONU
Manuel do Rosario
30 de Agosto de 2019 at 7:24
Embora as florestas amazônicas não deviam ser tratadas como pulmão do mundo, justifico, pulmões consomem o O2 e não o produzem. Além dos seres viventes da respiração pulmonar existe uma grande variedade que usa outro órgão para se respirar. Esta teoria do pulmão do mundo é usado pensando exclusivamente no ser humano q é por conseguinte é o maior destruidor da floresta que, se podemos considerar, o “maior inimigo da natureza”