O navio NRP Zaire da marinha portuguesa, que está destacado em São Tomé e Príncipe desde o ano 2018, atracou pela primeira vez no pontão da ilha do Príncipe. Numa nota de imprensa, a embaixada de Portugal em São Tomé e Príncipe, explica que o feito aconteceu no dia 10 de Dezembro, quando o navio efectuava a rendição do contingente militar na Região Autónoma do Príncipe.
«O navio da Marinha Portuguesa NRP Zaire, que se encontra em missão de fiscalização conjunta e capacitação operacional marítima da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, concluiu a rendição do contingente militar da Região Autónoma do Príncipe (RAP), constituído por 58 militares, no dia 10 de dezembro de 2021», refere o comunicado de imprensa.
Por razões de segurança, a operação de rendição do contingente militar no Príncipe, ocorreu em dois momentos distintos.
«Devido à capacidade máxima de meios de salvamento do NRP Zaire, que só pode embarcar 30 militares, para além da sua guarnição», precisa o comunicado.
Por isso o Zaire teve que realizar duas viagens a ilha do Príncipe. «Assim, foi efetuada a primeira viagem entre o dia 18 e 19 de novembro, e a segunda e última entre o dia 8 e 10 de dezembro, concluindo assim a rendição do contingente militar da Região, que permanecerá durante um ano na ilha do Príncipe», explica a nota de imprensa.
Na operação de rendição do contingente militar destacado na região autónoma do Príncipe, o navio Zaire realizou pela primeira vez uma manobra de aproximação ao cais da ilha do Príncipe. Manobra bem sucedida.
«Destaque também para o facto do NRP Zaire ter atracado pela primeira vez no cais da ilha do Príncipe», sublinha o comunicado.
O navio Zaire realizou a manobra e acostou no cais da cidade de Santo António, após estudos realizados por equipas da marinha portuguesa, que permitiram a recolha de dados importantes do mar.
«Após um estudo minucioso do fundo da baía de Santo António, com a realização de um levantamento hidrográfico expedito (LHE), de uma rocega a 3 metros, recolha de amostras do fundo e realização de operações de mergulho», relata o comunicado de imprensa da embaixada de Portugal em São Tomé e Príncipe.
Segundo a explicação dada pelo adido de defesa da embaixada de Portugal, a conclusão do estudo do fundo domar da baía de Santo António criou as condições para aproximação e atracação do navio Zaire. Processo que foi realizado no dia 9 de dezembro.
«Tendo sido aberto um novo leque de capacidades no âmbito da atuação deste meio naval no apoio à Região Autónoma do Príncipe», confirma o comunicado assinado pelo adido de defesa da embaixada de Portugal em São Tomé e Príncipe, o coronel Paulo Jorge Gonçalves da Cunha.
O comunicado conclui que «o navio português, comandado pelo Primeiro-tenente Tiago Miguel Vieira, prossegue a sua missão de Fiscalização Conjunta e Capacitação Operacional Marítima da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe desde janeiro de 2018, contribuindo para o desenvolvimento das suas capacidades no mar».
Abel Veiga