Sociedade

ONG TESE avalia a participação da mulher são-tomense no mercado de trabalho

Em São Tomé e Príncipe, cerca de 40 por cento das mulheres não participam no mercado de trabalho.

Este indicador preliminar faz parte de um estudo que a ONG portuguesa TESE está a desenvolver no arquipélago, sobre a mulher são-tomense e o mercado de trabalho, apresentado num fórum participativo pró-mulher.

Avaliar as competências que as mulheres santomenses têm e as necessidades do mercado de trabalho no país. Duas áreas determinantes para a empregabilidade feminina que estão a ser alvo de um estudo pela TESE.

«A intenção é fazer este pequeno disgnóstico para depois promover iniciativas de forma com que haja este encontro de competências, daquelas que são procuradas pelo mercado de trabalho, mas aquelas que as próprias mulheres têm para oferecer ao mercado de trabalho» – disse Joana Mendonça, directora executiva da ONG TESE.

Iniciado em maio deste ano o estudo tem como pano de fundo “a mulher Santomense e o mercado de trabalho”. A pesquisa que deverá estar concluída no final deste mês, aponta já algumas pistas.

«Cerca de 40 por cento das mulheres em S. Tomé e Príncipe não participam no mercado de trabalho»- sublinhou Djamila Sacramento em representante do Ministério dos Direitos da Mulher.

A directora executiva da ONG TESE fundamenta que “tendo em conta o papel da mulher santomense, a integração no mercado de trabalho não é muito simples atendendo que o papel da mulher na família e na sociedade gera uma grande dificuldade delas poderem também ocupar-se de uma actividade profissional”.

O estudo conta com o financiamento da cooperação portuguesa através do Instituto Camões.

«Acreditamos que este estudo qualitativo de competências para o mercado de trabalho em S. Tomé e Príncipe dará um importante contributo para a definição de políticas e estratégias ao nível nacional quer através do diagnóstico das competências existentes e das competências necessárias para promover a inserção das mulheres no mercado de trabalho em S. Tomé e Príncipe, quer posteriormente, através da definição e da promoção de um plano de acção para capacitar essas mesmas mulheres»- destacou Celeste Sebastião em representação da cooperação portuguesa.

O fórum participativo no âmbito do projeto pró-mulher, desenvolvido pela TESE, é também um contributo para o objetivo de alcançar a igualdade de género e o empoderamento da mulher em São Tomé e Príncipe.

José Bouças

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