Sociedade

Obras anunciadas na estrada do “Kuduro” resultaram no conto do vigário

Na segunda semana do mês de janeiro o Téla Nón deu a notícia do início das obras de reabilitação da estrada do sul de São Tomé, após protesto da população que ergueu barricadas na Ponta Baleia.

O primeiro-ministro Patrice Trovoada anunciou uma intervenção urgente para reabilitar as zonas críticas da estrada, pelo menos numa distância de 2 quilómetros.

«Os pontos críticos representam quase 2 quilómetros, os críticos dos críticos. Estamos a intervir nesses pontos», garantiu o Chefe do Governo.

No entanto, segundo a população da região de Porto Alegre as obras anunciadas acabaram por ser um fiasco.   

Rua Fernandes Cunha, habitante da Ponta Baleia que o Téla Nón entrevistou em janeiro último, foi o primeiro a reagir. «Isso não pode ser assim ou reabilitar a estrada realmente ou nada. Eu não sei o problema do governo», afirmou.

Alcides Tavares, taxista de profissão, também não escondeu a indignação. «Falaram por falar. Você veio hoje para ver a situação da estrada, está dado o jeito?», interrogou Alcides Tavares.

O taxista enumerou as despesas do transporte para o sul do país. «Os pneus não aguentam sequer 15 dias, as molas e amortecedores também não aguentam».

Os operadores turísticos da região sul sentem-se enganados e prejudicados. Manuel Pedro empreendedor turístico e proprietário do restaurante “Salutar” foi peremptório.

«A intervenção do governo complicou a situação da estrada. E isso complica o nosso trabalho aqui no sul. Esta situação está a provocar uma baixa grande do fluxo de turistas aqui», reclamou Manuel Pedro.

O pó de pedra lançado na estrada pela intervenção do governo em janeiro foi lavado pelas chuvas de fevereiro.

Estrada do Kuduro, assim os turistas baptizaram o troço que o governo definiu como uma das zonas críticas a serem reabilitadas.

Elena Rego, turista portuguesa que descansava na Praia Inhame confirmou que a estrada do Sul é uma dança dura.

 «A estrada é dura. Disseram-nos que era a estrada do Kuduro vai-se baloiçando muito, parece o Kuduro», declarou a turista.

 A população diz que o pior ainda está para vir. Boa parte das pontes da estrada nacional número 2 estão degradadas e podem ruir a qualquer momento.

«As pontes não estão seguras. A circular numa viatura Hiace a ponte abana, imagina o que pode vir a acontecer com os camiões e viaturas pesadas que passam todos os dias…», alertou o taxista Alcides Tavares.

Com enorme potencial na pesca, agricultura e turismo, a parte sul da ilha de São Tomé não cresce economicamente por causa das dificuldades de acesso.

Abel Veiga

3 Comments

3 Comments

  1. ANCA

    16 de Abril de 2024 at 23:05

    Muitas vezes nos interroga-mos, porquê de apesar de investimento, nacional, ou estrangeiro, pouco ou nenhuma implicações a na estruturação do país, território, população, administração, mar, rios, ou se quisemos na nossa saciedade comunidade nas vidas das pessoas,…a nível da educação, da justiça, da saúde, da economia, das finanças, do desporto?

    Precisamos de ter uma visão holístico, amplo e multidisciplinar, dos desafios dos problemas sectorias a resolver,…

    Temos devemos abandonar a visão sectorial, pessoal, independente dos ministérios, para visão multidisciplinar da resolução dos problemas e desafios que temos pela frente, trabalhar em sinergias, abordagens multidisciplinares, deixar a velha visão de protagonisto individual pessoal, ministerial, na pessoa do ministro, director, que fez, que aplicou, que fez o projecto, que trabalhou,…para uma visão de temos um pequeno país insular, com insularide interna/externa, com desvantagens e vantagens, como pederemos resolver questões premente em sinergias, como a organização/administração gestão/emprego,…organização/administração/ gestão/saúde/economia/agricultura/finanças,…organização/administração/gestao/turismo/economia/agricultura/pescasdesporto/Mar/Rios, etc,…todos tendo como suporte o sector da Justiça, todos como suporte a questoes de formação/qualificação/ boa governance/infraestruturas, sobretudo energias renovaveis, ambiente, segurança e conservação, sustentabilidade na conjuntura actual nacional internacional…

    Plano nacional e regional multidisciplinar de desenvolvimento sustentável, para um país pequeno insular, com insularidade intena/externa a questão da produção, dos productos, dos alimentos, as questoes dos transportes e comunicação, tecnologias

    Planos de directores municipais multidisciplinar ou se quisermos, das autarquias locais de desenvolvimento local, … planos de pormenor

    Exemplo, …

    Noticia acima seu conteúdo, a resolução vai ficar a cargo do sector da infraestruturas, mas os setores da economia,da finanças, da agricultura, mar e rios, do turismo, da saúde, da educação, da justiça deveriam se ouvidos, emitir pareceres, construtivos, se se diponha-mos de um plano multidisciplinares, esta questão ficaria logo resolvido, teriamos todas as valências para melhor resolver a situação fe uma maneira sustentável e douradouros, pois que todos elementos e pontos criticos e de conhecimentos, orientações de vantagens e desvantagens do desenvolvimento do nosso território,população, administração, mar, rios, estariam lá, elementos do clima, da população, produção, do ambiente envolvente, da saude, do turismo, da educação do desporto, da economia, das finanças se constavam no plano, a toma da de decisão e responsabilização seriam fáceis, …

    Veremos aqui a seguir o meu comentário varios comentários a criticar os governo, ou os governos, sem nada acrescentar de valor para nossa melhor organização, rigor, tranalho, planeamento, crescimento, desenvolvimento, jamais fazemos um esforço conjunto de conhecer melhor o país território/população/administração/mar e rios tendo em conta a insularidade, nas suas desvantagens e vantagens no processo de desenvolvimento, por isso é dificil haver impacto na vida das pessoas, questoes de justiça, de responsabilização, de rigor, de boa governances, precisamos evoluir como Homens São Tomenses

    Pois que a casa onde falta pão todos ralham ninguém tem razão,…

    Num país que tem a pluviosidade, e clina que temos que tipo de construção de estradas e vias de acessos podemos ter, seus custos operacionais, sua interacção com outros sectores, da nossa administração, gestão, organização social, económica, financeira, desportivas, do mar e dos rios,…

    Já e altura de pagarmos minimas, e boa gestão das receitas, boa gestao dos recursos que temos disponíveis

    Se és de São Tomé e do Príncipe ajuda o teu país a desenvolver

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  2. ANCA

    17 de Abril de 2024 at 0:02

    Por isso tenho sinalizado aqui que temos instituições fracas,…

    Haver uma instituição responsável pelas estradas nacionais e jamais sinalizar, estas deficiências,sem arranjar o melhor de comunicação informação, de coordenação para melhoria, é desmazelo….

    Os quatros elementos na natureza conhecidos, a agua, o fogo, o ar e a terra, são tambem elementos de vida, bem como da sua destruição,…tendo em conta esta premissa, sabendo das evoluções e conhecimentos sobre estas materias, para o bem estar da populações/territórios/ mares e rios, é disenterressar se pela vida.

    Ter pedra de características como basalto, silicas, jamais dispor de estradas, pontes, passeios, construção, em basaltos, calcetamentos, betão betuminoso, saneamento de meio, gestão das águas superficias, sabendo que o clima é equatorial, de pluviosidade média elevada, de temperatura media elevada, é desenteressar pela vida,…

    Assim como saber que há aumento dos níveis das aguas do mar, provocado pelo degelo nos polos, permitir que se continue, com roubo e extração de área no país, e disenterressar pela vida,…saber que o nosso solo é de constituição fragil, permitir continuidade de abate indiscrinado de arvores, é disenteressar pela vida,…assim como saber que somos insular, jamais potenciar áreas como transportes e comunicação, como boa gestão e reconversão dos resíduos, etc…muito e muito mais

    A introdução de portagens electrónicas faz sentir necessárias, comecar com valores mínimos, assim na prestação de cuidadoe de saúde, usufruto de lazer,…do mar, do rios, etc…

    Metodologia do utilizador pagador

    Questões de justiça de equidade, de desenvolvimento económico financeiro.

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Principe

  3. Mepoçom

    17 de Abril de 2024 at 7:49

    Se desta não der sinal visível, pode tirar cavalinho da chuva. Pode-se dizer o sonho transformou em pesadelo. A filosofia de esperança é última a morrer, está morta. Pior é que nem dá para o filho pródigo voltar a casa do pai. Governar uma casa é difícil e muito menos uma nação.

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