A comunicação social nacional e internacional fez ecoar na última semana a intenção do governo são-tomense de escancarar as suas portas para o mundo e permitir a entrada no país de quaisquer cidadãos da União Europeia (EU) e dos Estados Unidos da América (EUA) sem recurso a vistos.
Sabe-se também que o primeiro-ministro Patrice Trovoada já mandatou os ministros dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, da Administração Interna e da Economia e o da Cooperação Internacional a apresentarem um projecto para a regulamentação da medida.
Perante este cenário, é caso para dizer que o governo poderá estar a cometer um erro de cálculo, mesmo que a intenção tenha como base o fomento de investimentos estrangeiros e a dinamização do turismo.
O primeiro problema prende-se com o facto de esta intenção se revelar um grande contrassenso, já que a principal bandeira política tanto dos países da EU como a dos EUA é justamente conter a entrada massiva dos migrantes nos seus territórios.
Numa altura em que é cada vez mais crescente a ameaça de grupos radicais como o Boko Haram, da vizinha Nigéria, e o Estado Islâmico, a decisão do governo são-tomense pode transformar o país que tem graves défices de segurança, numa incubadora de novos seguidores dessas correntes.
Por outro lado, e admitindo que a intenção do executivo é apenas e só a de reduzir a burocracia na atribuição de vistos de entrada nas ilhas e dinamizar o turismo e a própria economia, acho pertinente deixar algumas questões à consideração dos leitores.
1ª Deverá uma decisão de tamanha importância e que nos toca a todos ser tomada única e exclusivamente pelo conselho de ministros?
2ª Não estará em causa a segurança dos são-tomenses tendo em conta a falta de controlo sobre quem entrará no país?
3ª Irá o governo adotar medidas adicionais e/ou em substituição do visto de entrada para garantir esse mesmo controlo sobre quem entrará?
4ª A adoção de uma medida como esta não mereceria uma ampla discussão entre os partidos com acento no parlamento bem como com a sociedade civil?
5ª Não haverá outras formas de dinamizar a economia sem ter de escancarar as portas do país ao mundo?
6ª A política dos vistos gold já adotada por países como Portugal não seria uma opção mais consensual e rentável?
São algumas perguntas para as quais certamente obteremos respostas, caso a intenção do governo de Patrice Trovoada siga adiante.
Brany Cunha Lisboa
O país está entregue à um fanfarão e não sabemos que tipo de país está criar para os nossos filhos
6 de Agosto de 2015 at 8:05
Meus parabéns pela visão e contributo que trouxestes, mas só que, pelo menos voce a partir de Lisboa pode falar. Nós aqui na terra, já não podemos falar nada, nem dar qualquer opinião. Ao fazer, dizem que não gostas do país, estás contra Governo e não queres deixar o Governo trabalhar. Enfim, enfim…
O país está entregue à um fanfarão e teme-se que tipo de país estámos a criar para os nossos filhos e netos.
Maria silva
6 de Agosto de 2015 at 8:58
Esta imatura atitude / ou decisão do patrice trovoada em abrir as portas da fronteira de STP ao mundo, é mais benéfico a sua pessoa ( Pt ) de que stp !
Sem querer ser pessimista está decisão do patrice trovoada vai nos trazer mais desvantagem ” desgraça ” duque própria vantagem, eu quero muito estar enganada a nível do carácter do patrice trovoada.
E viva a maioria absoluta
Boage
6 de Agosto de 2015 at 9:10
Muito boas reflexões. Mas se o Senhor Brany Cunha Lisboa tivesse feito estas reflexões aquando da tomada de uma decisão similar por parte do Governo da TROIKA a favor dos cidadãos angolanos, possivelmente este Governo actual tivesse ponderado melhor antes de tomar estas medidas. Devemos chamar atenção sem nos importar das nossas cores políticas partidarias. Só assim as nossas contribuições serão sempre válidas.
santola
6 de Agosto de 2015 at 9:40
Só digo uma coisa, este governo vai colocar STP no buraco. Escrevam o que estou a dizer, porque depois vão me dar razão.
Bem de S.Tomé e Príncipe
6 de Agosto de 2015 at 10:10
De facto é uma reflexão que os santomenses devem encarar seriamente.Todos os membros do governo acataram a decisão sem pestanejar, olhando só para a vantagem de ponto de vista turistico, sem olhar para nefasta consequencias de bandidagem, lavagens de dinheiro, trafico de drogas e até de seres humanos e outras desgraças.Tudo porque nosso país não tem condiçoes de segurança para suportar essa enventual grande movimentação no país.
Original
6 de Agosto de 2015 at 10:25
Só o ADI tem visão das coisas e mais ninguém.
O povo decidiu,agora aguenta.
Fiá luxinga
6 de Agosto de 2015 at 10:42
Bom dia caro Brany Lisboa
A questão é tão pertinente, que não espero pela resposta do elenco governamental e tentarei dar minha opinião como cidadão deste belo e pequeno país, na qual maioria somente pensa em si e não no povo como dizem. Primeiramente peço ao senho que escute álbum do nosso e seu Colega Kalú Mendes, a musica ” boleia” esta retrata característica dos nossos governantes ao longo dos anos, se bem que todos entende a sociedade.
Quanto as questões Colocadas vou responde-las
1- Representante do povo nestas decisões é Assembleia Nacional, uma vez que Conselho de Ministro que tomou decisão pertence ao partido ADI, que possui maioria parlamentar, logo se fosse, de certeza que era aprovado.
2- Problema de Segurança em S.Tomé e príncipe, sempre existiu e continua a existir dada nossa fraca meios tecnológicos e humanos assim como falta da estratégia governamental desde 1º Republica até hoje, assim como falta de rendimento a fim de incentivar Recursos Humanos existente e neste caso todos nós teremos de seta vigilantes, porque pátria é nossa e não somente do governo.
3- Claro que governo irá criar normas para regulamentar esta Lei, como senhor citou que “Primeiro Ministro” indicou 3 Ministros a fim de conjuntamente criar normas para regulamentar a decisão tomada no concelho de Ministros.
4- Os partidos com assentos Parlamentar adotaram estratégia de ouvir, ver e calar não pronunciar nada, até quando não sei, talvez quando estiver aproximar as eleições legislativa próxima, mas é que estes senhores comecem a reagir assim somente estão lá para receberem os seus rendimentos e não para representar o povo, talvez por não entenderem o que é uma democracia o que traduz falta de conhecimento como deputados.
5- Não vejo isso como escancarar a porta de entrada, mas sim pessoa que tem uma visão diferente de nós e quer dar um outro folgo(oxigénio) a nossa economia de forma a evitar a pedir esmolas por todo lado. É bom que deixemos de pensar como Estado com regime socialista, porque todos os nossos dirigentes pensaram assim na qual todo bem pertence ao estado e apoderaram dos mesmos sem pagar uma taxa se quer. País terá de sair deste marasmo.
6- Visto Gold poderia ser uma das hipótese, mas defendo que somos homens livre e como tal temos de nos esforçar e colocar nossa massa Cinzenta a funcionar e não limitarmos a imitar os outros.
Espero poder contribuir com minha opinião para crescimento desta sociedade na qual faço parte
Ospibinho
6 de Agosto de 2015 at 14:40
Boa tarde caros leitores.
Gostaria de perguntar ao Brancy Cunha Lisboa que me parece muito distraido. Serah que tambem fez as mesmas perguntas ao Pinto da Costa quando tomou as mesmas decisoes com caso Angola? Meus irmaos nao podemos ser impiedoso e tao malvados quando analisamos essa questao. Acho que se quisermos o desenvolvimento ou pelo menos o crescimento do nosso Pais teremos que ser imparcial ao opinarmos. Que vantage trouxe a tomada de decisao do PINTO DA COSTA?
joao lima
6 de Agosto de 2015 at 23:47
Oh Brany Cunha Lisboa deixa de ser ignorante. Devias fazer estas perguntas a ti próprio. Nunca vi tantas asneiras juntas. Ganhe juízo meu irmão.
Bem de S.Tomé e Príncipe
7 de Agosto de 2015 at 9:54
Esta reflexão do senhor Brany, merece atenção de toda a sociedade santomense. O governo tomou essa medida a pensar exclusivamente na vantagem turistica. À partida é uma boa ideia, mas o nosso país não está capacitado para suportar ou suster em termos de segurança uma grande movimentação de cidadãos estrangeiro. E certamente, no meio disto teremos bandidos, traficantes de drogas e de seres humanos e até actos de terrorismo que certamente vai contagiar a nossa sociedade uqe até agora é considerada de pacifica.
Bengui doxi
7 de Agosto de 2015 at 13:10
Ha pessoas que criticam apenas por criticar. Mentes retrogradas e essa é a minha opinião sobre o artigo e o jornalista. Se ha algum país em Africa aonde é mais fácil controlar a saída e entrada de qualquer pessoa, então esse país é Sao Tome e Principe. Temos a maninha que o nosso pais é super lindo, super isso e aquilo. Meus amigos metam na cabeça que se quisermos atrair turistas e investimentos a facilidade de acesso tem que ser uma realidade. Concorrência é o que não falta e acreditem que STP esta no fundo da lista. Existem dezenas de países similares com muito melhores condições que não exigem vistos de ferias ou negocio. Só para terem um noção, a Africa do Sul por exemplo (e existem muito mais) dá 3 meses sem vistos aos Europeus e Americanos. Em relação ao Visto Gold? Quem iria pedir visto Gold para viver em STP? para quê? Eu por mim dava residência a qualquer investidor sem nada em troca. Apenas precisamos de ser organizados e sérios.
antonio anjos
7 de Agosto de 2015 at 22:01
o governo de são tome pede investimento estrangeiro para que?nos vamos a são tome para investir depois damos pela frente com uma corja de corrupto. Sera que os países que estão ajudar são tome ainda não deu conta da corrupção.
Blaga-pena
10 de Agosto de 2015 at 8:47
Dada a pertinência da abordagem, tenho q dar os parabéns ao protagonista! Santo Deus, um Governo de “SABE TUDO”, n precisa de opiniões e só pode tomar decisões contraditórias e inconsistentes e depois tentar fazer remendos a custa d regulamentação! Se a opção de STP está direcionada pra turismo responsável e sustentável, como ´possível tomar uma decisão q estimula promoção d turismo d massa, com todas as complicações q isso poderá trazer em termos de segurança? O desnorte d Governo” SABE TUDO” d ADI, leva-o a trocar os pés pela cabeça!
João Lemos
10 de Agosto de 2015 at 22:30
O que reina no nosso STP, é não fazer nem deixar fazer
Quantos turistas, homens de negócios, pessoas outras, deixaram de visitar o nosso país, por não terem acesso ao visto.
Qual o país que possui apenas duas ou três embaixadas num mundo com 194 países, é capaz de promover investimentos ou turismo.
Quantas vezes ví tanta gente querer visitar o nosso país e não pode fazê-lo por não poder ter acesso ao visto.
Agora que existe uma decisão deste tipo, existe comentários de todo oo tipo.
Não custa nada. Se não gostam desta decisão, então, candidatem-se e ganhem eleições e muda a lei. Fechem o país e põe a tranca na porta, para ver onde vamos parar.
Força o Governo e sigam com esta ótima decisão. Não recuem. Avancem também com a falada cadeia no interior, pois oos gatunos estão cada vez mais ssem vergonhas
Força e Bem Haja STP
J.L.
Zé Boina
12 de Agosto de 2015 at 10:09
1 – Sim
2 – Não
3 – Não
4 – Não
5 – Não
6 – Não