Opinião

A Penosa Cegueira

Dizia S. Tomás de Aquino “Timeo hominem unius libri” ou seja, – receio homem de um só livro. De algum tempo à esta parte, temos visto spot publicitário da Comissão Eleitoral Nacional vivenciado como elegias politicas televisivas e, à propósito disso, quis oferecer aos meus venerandos leitores um novo assunto para reflexão sobre o fenómeno “banho” nas campanhas eleitorais em São Tomé e Príncipe.

Antes de escrever o texto, pensei sobre a actualidade do tema e o grande desafio que o assunto suscita a todos, especialmente, a nova geração de políticos e a nós, pobres “zé povinho”, futuros depositantes dos votos nas urnas. E, tratando-se de um tema com exaustiva complexidade jurídica peço a vossa singela contribuição e comentários, pelo que fico, sempre, muito grato.
O princípio de Estado de direito conjuga elementos formais e materiais que delimitam fronteiras como a divisão dos poderes, a sistemática legalidade da administração, a plena independência dos tribunais, a contínua garantia da protecção jurídica dos direitos fundamentais dos cidadãos e a existência de mecanismos judiciais que propiciam e asseguram a sua defesa e, finalmente, a vinculação do juiz à lei. O instrumento formal de organização do Estado é modernamente conhecida por Constituição, sendo o seu estudo dirigido pelo Direito Constitucional “(…) ramo do direito público que estuda os princípios e normas estruturantes do Estado e garante dos direitos e liberdades individuais”.
Neste artigo de opinião, pretendo demonstrar em primeiro lugar quanto marcante é a força das eleições nas vidas das populações, as vicissitudes do sistema, num segundo ponto para escrutinar, ao de leve, a Lei eleitoral, especialmente, o art. 194º (Corrupção Eleitoral) questionando, sobre a sua eficácia, apresentar uma conclusão e, desta, finalmente, reiterar uma plausível recomendação.
O nosso sistema eleitoral identifica as diferentes técnicas e procedimentos pelos quais se exercem os direitos políticos de votar e de ser votado, incluindo a divisão geográfica do país para esse fim e os critérios do cômputo dos votos e de determinação dos candidatos eleitos. Os dois grandes sistemas eleitorais praticados no mundo contemporâneo são o proporcional e o maioritário, com algumas combinações possíveis, que geram modelos mistos.
A democracia constitucional é o modelo político fundado na soberania popular, de limitação do poder, na preservação e promoção dos direitos fundamentais e na instituição de procedimentos que permitam à maioria governar, com a participação política das minorias, em alternância ao poder.
As eleições em São Tomé e Príncipe realizam-se desde 1991, sendo o corpo eleitoral com a evolução histórica composto de “homens adultos”, de acordo à nossa Constituição, revista de 2003. O voto é secreto de acordo à Lei e aos regulamentos da Comissão Eleitoral Nacional (quem organiza, dirige e coordena as eleições), e deve ser periodicamente revista, regulamentada os procedimentos, desde a listagem dos eleitores até a contagem dos votos, a fiscalização e participação dos partidos, a propaganda e aos crimes eleitorais. A actual lei é o nº 11/1990, – Lei Eleitoral.
Ouvi, há dias atrás, um membro de uma força política dizer que a solução para o sistema partidário são-tomense é limitar o número de partidos. Instantes depois, ele lembrou-se que seu partido está entre os três maiores do País, falou sobre a infidelidade partidária e regozijando-se por nunca ter mudado de partido, reconhecendo que o seu partido passou por algumas mudanças. Valeu… são ditos!
Para mim – e para muitos outros presentes – o número de partidos políticos hoje legalizados em São Tomé e Príncipe já não é a causa de grande parte dos problemas da nossa política. É pois, a promiscuidade na formação de alianças, “assassínio” da ideologia, troca de “gibão” e negociação desfaçada de cargos, são alguns dos males mais citados.
A quantidade de grémios políticos não é o único factor em toda essa conjuntura. Mas para quem não tem memória curta ou já se acostumou com os vícios da política são-tomense, isso não significa nada demais. Enfim, a conjuntura nacional aliada à internacional isolaram a população do restante contexto sócioeconomico (se me permitem esta etiqueta relativizada!).
Em 2016, como em todo novo pleito, a coisa se redesenha, desta vez com traços mais tortuosos e indecisos. É, certamente, o Distrito de Mé Zóchi um dos distritos de maior indefinição para as eleições vindouras? O cenário eleitoral virou um enorme imbróglio…
O que tem a análise relativamente ao assunto apresentado no início deste artigo? A meu ver, o cenário descrito acima ilustra bem a realidade dos nossos modelos partidários e, por conseguinte, a ideologia política e história cedem espaço às conveniências eleitorais e às circunstâncias de poderes, num jogo com regras espaçosas, com tantos jogadores quanto cartas de baralho na mesa.
Se reduzirmos o número de partidos representa uma ameaça à democracia? O que mudaria quanto à representatividade? Os tais males do nosso sistema partidário e as corrupções dentro e fora do sistema seriam mesmo reduzidos com menos partidos? Não ficariam os novos partidos repletos dos mesmos parasitas que hoje infestam a nossa política? O problema é bem mais profundo. Enquanto isso, veja como se comportam as siglas no salão. Quem vai tirar quem para dançar neste baile, no fundón do Sun Pé-pé?
Juro que tenho uma grande desilusão face a produtividade das nossas Assembleias (nacional e distrital), de alguma iliteracia, o altíssimo custo das campanhas eleitorais, os financiamentos obscuros e o risco crescente de escândalos na classe política. Esses são os motivos que, como cidadão, rogo para que desprestigiados deputados e autarcas deviam desistir de concorrer à sua reeleição quando, na verdade, apenas ocupam luxuosamente a poltrona destas magnas casas.
E julgo que a renovação na nossa Assembleia Nacional é urgente, porque há uma dança de cadeiras entre os vários poderes (executivos e legislativos). E, vergonhosamente, nenhum deputado diz que não tem mais entusiasmo para continuar na vida parlamentar. Uns ainda se animam com a possibilidade de ocupar funções após a campanha Presidencial ou nos governos (central e autárquico) e exercer cargos executivos, onde se consideram mais úteis “na caça à massa”. Desta forma, a questão não será a de quantidade, mas sim de qualidade de escolha do próximo inquilino à almejada casa cor-de-rosa. Trata-se de um dos fenómenos mais perigosos da actual política são-tomense. Embora isso não se dê em todos os casos concretos, essa situação traz muito do receio traduzido naquele velho ditado “de que o silêncio dos bons é que assusta, e não necessariamente a actuação dos maus”.
É um imperativo que as pessoas bem intencionadas passem a ver a política como um meio de actuação onde podem fazer a diferença. Não é possível que se continue a enxergar a política são-tomense como local engessado, impossibilitado a promoção de mudanças reais para onde alguém se dirige em busca de mordomia e conforto empreendendo acções que se traduzem em ideal de tirania rancorosa, mas sim deve ser de debate, independente, inclusivo, democrático e progressivo.
Caros cidadãos, torna-se temeroso para o futuro do País, para o nosso estado democrático de Direito e para o interesse público que a política, especialmente, a Presidência da República, seja vista como um mero banco de negócios, uma bela poltrona ou fiél cópia de uma simples repartição pública de alocação de aliados. Necessitamos o quanto antes de uma reforma política e eleitoral que modifique essa realidade. Por isso, precisaremos de um Presidente muitíssimo experiente, com diginidade, responsabilidade acrescida, sentido de Estado e, sobretudo, de boa-fé, – com essas premissas chaves.
Um grande auxílio já terá sido dado se, antes de votar, reflectirmos bem na escolha do candidato, eliminando aventureiros interessados em verbas e cargos, deixando de lado clientelismos e assistencialistas que visam nos comprar nos “lucháns” e que, muitas vezes, inviabilizam propositadamente o bom funcionamento das instituições públicas. Daí é nossa obrigação, afastar a hipótese de apoiar candidatos envolvidos em crimes territorial e transfronteriço, com escândalos ou fortes suspeitas de corrupção e nepotismo. Em suma, é preciso que se entenda que, quando pessoas maquiavélicas saem da política, constitui-se o primeiro passo para que outras pessoas de bem se sintam em casa, no seu próprio solo pátrio, em São Tomé e Príncipe.
Caros leitores, afigura-se, felizmente, que os são-tomenses estão revendo actos da política e dos políticos, recusarão duvidosos candidatos, justamente pelo medo de se virem obrigados a conviver com criminosos e até a apoiá-los em alguma actividade. Por conseguinte, já é marcante, o que significa dizer que sofremos com o nível deplorável das actividades políticas dos nossos representantes, com raras excepções. Por isso, os eleitores, devem ficar desencantados com estes representantes, e ao exercerem o direito de votar façam-no em consciência, previnindo o mais grave, a venda do voto, trocando-o por todo tipo de moeda, mercadoria, cabaz e despesas.
No nosso meio, este processo ficou, comummente conhecido como “banho”. Desta forma, o risco para a nossa democracia é altíssimo, uma vez que o país tenderá, cada vez mais, a ser dominado e comandado por arrivistas, aproveitadores, bandidos políticos quando não, por criminosos.
Esta será uma reforma política? Pelo contrário, estaremos continuando num abismo político sem precedente na nossa história como nação livre, soberana e independente. Acredito que mudanças possam ser possíveis, mas só acontecerá quando a sociedade civil organizada e os partidos políticos de oposição sairem da actual letargia e começarem denunciando os malfeitores e a justiça continuar a fazer o seu papel de julgar.
Os nossos meios de comunicação num grau de intensidade cada vez maior, perdendo a coragem, e incapazes, fogem para não mostrar o lado ruim da administração são-tomense – a corrupção política e eleitoralista. Uma realidade oposta aos sonhos e anseios do povo são-tomense(!), perante a cegueira e obscuridade quase que completa dos partidos de oposicão com e sem assento parlamentar. Que pena!
Vamos entender por corrupção política, o uso ilegal do poder político e financeiro de alguns políticos e governantes, que não reconhecem as leis como princípios legais que norteiam os caminhos do sucesso, desempenho e desenvolvimento de uma nação e optam pelo objectivo de transferir o dinheiro público de maneira criminosa para pessoas físicas, grupos individuais, empresas fantasmas ou instalações privadas ligadas por quaisquer vínculos de interesse comum, para obter benefício pessoal, nos períodos eleitorais. Por isso, esse desvio de verba é uma verdadeira mina de ouro para a corrupção, muitas vezes, a chave e alavanca dos partidos políticos de poder.
A corrupção é um verdadeiro facto gerador de pobreza. Lembro-me do seu começo e sua história, no peródo pós-democrático, na segunda eleição Presidencial, e ficou garantida a sua vaga no país!
Se dedicarmos algum tempo a investigar as pesquisas desenvolvidas pelo Banco Mundial, demonstram que a corrupção tem o poder de destruir o desenvolvimento de uma Nação, além de causar enormes abalos à auto-estima do Povo. Hoje, em dia, o mundo da imprensa falada e escrita encarnam a sucessão de escândalos de corrupção. E os números são alarmantes. O problema de São Tomé e Príncipe, na minha modesta opinião, não é a falta de recursos financeiros, mas a presença de homens imbuídos de poderes de autoridade outorgada pelo mandato, e eleitos nas urnas, que utilizam essa posição de poder para realizar actos ilícitos, ilegais que, infelizmente, muitas vezes, directa e indirectamente, molestam as instituições públicas.
O dinheiro desviado dos ilícitos pelos governantes deveria ser empregado para o bem-estar social e cultural daqueles que através do voto elegem seus representantes, os quais, pela falta de ética, honestidade, responsabilidade e até pela falta de temência a Deus, se tornaram tão egoístas que não conseguem ver nada além de seus próprios umbigos.
Espero que as autoridades administrativas, os partidos políticos e os cidadãos são-tomenses respeitem e cumpram o que está disposto na Constituição, principalmente, o postulado no art. 194º – Corrupção Eleitoral. A minha expectativa é ver uma mobilização dos cidadãos pela salvaguarda de conquistas já realizadas. E, juro que me comovo enquanto escrevo, mas acredito que o impasse duradoiro relativamente ao fenómeno “banho” instaurado no nosso país não pode ser solucionado senão por um aprofundamento debate sério e sereno dos políticos favoráveis à Constituição e à sociedade, e que reclamam o reconhecimento da plena eficácia desta Lei, tanto no que toca à sua aplicação, como do alcance de factos ocorridos antes da sua vigência. Ela devia instituir novas hipóteses e modelos de elegibilidade, novas condições para a candidatura e mecanismos de controlo da nossa democracia. Deveria verificar factos passados para aferir o preenchimento de novas condições presentes.
Finalmente, e concluindo, gostaria realçar que essa alteração no espectro da política são-tomense relativamente a aqueles que vivem à margem da moralidade administrativa nas eleições, comprando votos e desvirtuando a vontade popular, somente se justificaria do ponto de vista político na ausência de lei, e essa não é a situação de facto. É de notar que apesar de várias denúncias de imoralidades administrativas que circulam no nosso país até a presente data, esperemos que nada venha à prova de que a Comissão Eleitoral Nacional esteja agindo ao sabor das conveniências ou pressões políticas. Essa lei deverá ser mantida, revista periódicamente, melhorada, fiscalizada, sempre que necessária, fazendo dela eficaz instrumento de combate à corrupção eleitoral presente e futura. Sob os mais diversos fundamentos, o que é natural ter em vista são os interesses favoráveis e da emoção que envolve um processo dessa natureza.
O desfecho dum caso deste género serve de referência aos que militam na Justiça e na Política, servindo a todos como bússola, seja para orientar as decisões dos que usam as máscaras, seja para coibir práticas de corrupção eleitoral por aqueles que buscam os votos a qualquer preço.
É de sublinhar o dever de participação de todos os cidadãos na defesa dos interesses sagrados da Nação. E, convido a sociedade sãotomense a permanecer em vigília cívica, a partir de agora, para o julgamento das diversas questões relativas à referida Lei para que não se ultime os desejos desta e das gerações vindouras. Criamos esta nova legislação, seguiremos; deve ser assim, comprometidos com a sua defesa.
O prudente seria que a sociedade civil e os partidos políticos da oposição (com e sem assento parlamentar), mormente, o glorioso MLSTP/PSD, o moderno MDFM/PL, o renovado PCD e o forte UDD, com sapiciência, investigassem (sem preguiça) e questionassem o rigoroso cumprimento desta lei. Vox populi, vox Dei.

Trindade, 20 de Fevereiro de 2016.

Júlio Neto

 

 

6 Comments

6 Comments

  1. MIGBAI

    29 de Fevereiro de 2016 at 14:29

    Meu caro Jùlio Neto.
    Receba as minhas cordiais saudações.
    Como sempre, estive a ler o que o meu caro amigo escreveu com sabedoria.
    Tudo de bom, mas acabou mal, direi mesmo pessimamente, meu caro Júlio Neto.
    O meu amigo diz ” mormente, o glorioso MLSTP/PSD, o moderno MDFM/PL, o renovado PCD e o forte UDD, com sapiciência, investigassem (sem preguiça) e questionassem o rigoroso cumprimento desta lei”.
    Caríssimo, será que pensa que só a ADI dá banho?
    Todos, os que aqui adjetivou, dão banho!!!. TODOS sem excepção!
    Mas será que estou a dizer algo que o meu amigo não saiba?
    TODOS dão banho, começando pelo seu glorioso MLSTP/PSD ao moderno MDFM/PL, passando pelo renovado PCD até ao forte UDD, todos, mas todos andam no banho!!!!
    Deixe-me dizer-lhe que na agenda de todos estes partidos, está como tarefa principal obter fundos para suportar os banhos!
    Vou pensar que é ingénuo e não sabia de tal, para continuar a ler o que escreve com imenso interesse, pois tenho-o como pessoa de bem e lúcida.
    Um grande abraço.

  2. SAMPONHA

    3 de Março de 2016 at 17:55

    MESSIAS CHEFE DE DAR COISA LEVE E FINANCIAR AMANTES e DELIQUENTES

    Patrice Trovoada é o nome que está a dar em São Tomé e Príncipe. O Homem que deixa o famoso DUBAI que ele mesmo projectou, numa escuridão eterna, ganhou a alcunha como o campeão de dar coisas leve nos seus seguidores, o Oscar Medeiros e o marido da Isabel Domingos presidente da Câmara Distrital de Mé-Zochi já foram vítimas de coisas leves.
    Hoje o Patrice anda doido com medo que esses factos venham a ser revelados.

    Nina Torres é hoje vista como mulher das viagens internacional do Patrice Trovoada, esteve em Londres na famosa mesa redonda, viveu a inglesa, comeu a francesinha e dormiu nos braços do Dubai, tudo a custa do estado santomense que é hoje o porto de socorro dos desejos carnais de Patrice Trovoada.
    Nina que é bela, é mais uma que entra nas listas de muitas outras que o primeiro-ministro já levou para lua-de-mel.
    No último festival gravana, a Nina recebeu do estado santomense, qualquer coisas como 200 mil euros para realizar o festival gravana. Tudo a custa do povo para satisfazer o filho do Trovoada que prometeu o Dubai mais hoje o povo já colhe trovoada.

    Alex Dinho, cantador sem sucesso, tornou-se cozinheiro num bar em Portugal, hoje é promovido a funcionário das finanças tudo porque é afilhado do Patrice Trovoada.
    A promoção de incompetência feita por Patrice Trovoada, serve sobretudo para abrir os santomenses os olhos, que esse Messias só pensa em si e nos seus seguidores.
    O Patrice com o seu sorriso que serve mais para mostrar os seus dentes brancos, vive e convive com as mulheres dos seus seguidores, promove juristas corruptos como AUgerio Amado Vaz vulgo Pré-Pago, financia os delinquentes e viaja com mulheres para se divertir a custa do povo santomense.

    DUBAI FORMADO E COISA LEVE INSTALADO.

    PENA É QUE A TESTA NÃO DOI OS HOMENS.

    É este o Dubai que escolhemos.Problemas na Governação do ADI

    Patrice Trovoada está furioso com Afonso Varela e Roberto Raposo (ministros nónó só), por não usarem camisola e boné que está estampado a sua cara durante o (Conselho Nacional do Ceita ADI).
    Resposta de Varela: “Mas o Sr. Também não usou a insígnia do país durante o ato central de 3 de Fevereiro, será que o Sr. Não gosta do nosso país?
    Kwá daná – o Caldo esrá entornado…
    Fonte: Membro da Comissão Politica do ADI.

    GEOPESCA-2
    PATRICE TROVOADA, YURI TROVOADA E AGOSTINHO FERNANDES
    Vejam uma das provas de lavagem de dinheiro no alto mar “ GEOPESCA “ e como é que entrava no circuito oficial.
    Mesmo assim há gente que teima em dizer que é tudo fantasia minha.
    Que pena o meu grande amigo Libanês ALI SHERRY tenha morrido.
    Afinal Ali morreu ou foi morto?
    Para breve saberemos disso.
    Os Marroquinos não brincam em serviço. Leve-leve!
    Tenho que dar um salto até Marrocos para ver se consigo todo Dossier que ele possuía sobre Patrice Trovoada, o grande MESSIAS.
    Está tudo arquivado em Marrocos.
    Mas mesmo assim ele me deixou com uma boa tonelada de documentos sobre o MESSIAS.
    É mais que suficiente para dançar MASKUMANGA.
    Chega-chega maskumanga.
    Chega na menina makumanga.
    Patrice…ô bô, ô ámi…
    Bô ná côncê fôlô antaó fá. N’gá môça bô
    Gorgulho dos raios!
    PRUCURÔ CONTRÔ
    Num próximo post vou falar-vos das peripécias e vexames que passou o MESSIAS no aeroporto de Joanesburgo, quando foi surpreendido juntamente com um seu assessor de nacionalidade Indiana que foi posto nu como o dia em que nasceu e transportava uma boa quantidade de cocaína escondida por baixo da roupa.
    Só não despiram o MESSIAS por causa do Passaporte Diplomático que levava consigo.

    A Crónica do Dia !

    As Politicas Monopolistas do Patrice Trovoada, esta envenenando cada dia que se passa, a nossa Comunicação Social, a Rádio Nacional e TVS!

    Senhor Primeiro-ministro Patrice Trovoada, sua excelência pode enganar algumas pessoas o tempo todo ou todas as pessoas durante algum tempo, mas senhor não pode enganar todas as pessoas o tempo todo.

    Meu caro Patrice Trovoada, o povo já esta cansado das suas mentiras, das suas falsas promessas, da sua corrupção, da sua arrogância, da sua luxaria, da sua politica de mediocridade e do seu ódio e rancor que tens pelas as pessoas que não compactuam com as suas politicas monopolistas.

    Ilustres, O vosso “Messias” já foi ministro de negócios estrangeiro e cooperação, assessor do seu pai durante dez anos, e até então, é o único que já foi primeiro-ministro três vezes, o vosso “Messias” poderia ganhar ” Óscar “! “Óscar” do politico mais corrupto dos todos os tempos da nossa democracia.

    Amigos e amigas, leitores do grupo, “Voz de S. Tomé e Príncipe, opinião sem censura “, vós sois santomenses como eu também sou, pararei de criticar o governo de ADI e seu líder Patrice Trovoada, quando a Rádio Nacional e TVS, deixará de ser partidarizado, monopolizado pelo governo de ADI. Porque a comunicação social, é um dos pilares da liberdade de expressão e da democracia de qualquer tipo de sociedade democrático.

    No meu cogitar, temos que ter uma rádio e uma televisão imparcial, é nessa imparcialidade, que os partidos políticos da oposição podem fazer o seu trabalho da oposição, de modo, que a nossa democracia fortaleça mais.

    Caríssimos, eu não tenho memória curta nem vocês têm memorias curtas, após a queda do governo do “Messias” na assembleia da Republica, ADI estava na oposição, o Patrice Trovoada como é um homem endinheirado, capitalista, estava em Portugal com seu primo amigo Abílio Bragança Neto, a mandar bocas na sua televisão, “STP,tv”, pagava os seus lambe-botas para criticar o governo de Gabriel Costa na rede social, nomeadamente, o “Forum Tela Nón”!

    O Messias como gosta de dar dinheiro, pagava alguns comentadores e locutor da RDP África, para fazer colóquio, palestras, conferências, debates contra a politica do governo da coligação, Mlstp Psd, PCD e MDFM, liderado pelo Gabriel Costa.

    Senhor primeiro-ministro, fizeste isto durante quase dois anos, e o senhor teve um bom resultado eleitoral, ganhaste com maioria absoluta, até o cota Pinto da Costa, que não fala muito, o senhor PT criticava, e tinha ousadia de chamar o presidente da republica, sua excelência Pinto da Costa de ditador, velho, etc, e hoje “Messias” tem medo de ser criticado.

    Senhor líder da Associação dos Ditadores Independente ( ADI ), PT, quem mata com ferro, mesmo o ferro será ferido. Assim sendo, se o senhor não mudar as suas politicas ditatoriais, populista nas ilhas, o seu governo será enferrujado até partir.

    Espaço é vosso, mas opinião é minha.
    Boa Reflexão.

  3. Ralph

    4 de Março de 2016 at 6:17

    É difícil negar qualquer coisa neste artigo. É dececionante saber do que se passa politicamente em São Tomé e Princípe e espero que vocês consigam fazer as mudanças necessárias para equilibrar o navio. Porém, tenho as minhas dúvidas porque receio que os sistemas políticas estão a falhar em todo o mundo.
    Só se tem de olhar aos EUA, onde é possível que Donald Trump possa estar eleito presidente mais tarde este ano. Na minha opinião, isto é uma chama do povo americano por algo melhor. As classes políticas, em volta do mundo, têm deixado de servir os seus eleitorados, preferindo satisfazer os seus próprios interesses em vez de confrontar a multidão de problemas económicos e culturais enfrentando os seus países. Demasiados partidos hoje em dia não representam nada mais do que estar eleito e manter o poder.
    Na minha nação da Austrália (a terra dos cangurus, de acordo com o MIGBAI), vejo todas as coisas que são descritas neste artigo. Talvez estas não sejam tão grandes como são em STP mas, sem qualquer dúvida, existem. A corrupção, se calhar, é mais óbvio num país como STP, mas na Austrália temos jantares muito caros que são patrocinados pelas maiores partidos políticos. Efetivamente, os políticos estão à venda. Eles não gostam de ter de aparecer a estes jantares e eventos, mas têm poucas opções porque têm de angariar fundos para suportar as suas campanhas eleitorais. E assim continua o ciclo miserável.
    Eu estou pessimista sobre a probabilidade de mudança e o sistema está a tornar-se cada vez mais estragado. No entanto, como cidadãos (do mundo), todos nós temos de permanecer engajados no processo político e manter a luta. Senão, os corruptos e “os banhos” vão vencer.

  4. Salmarçar 2

    4 de Março de 2016 at 7:57

    Caros, Santomenses!

    Sr.SAMPONHA, deves ser de aqueles que beneficiavam e muito com a governação de MLSTP,PCD e MDFM.Não vivo em São Tomé, nem sou admirador de políticas esconómicas social que são implementadas em São tomé.Os Politicos são e seram sempre mentirosos. Mas isso não nos dá direito de desrespeitar, humilhar e pisar os nossos representantes legal. Acusaçoes sem fundamento e provas, morrem na praia. É bom escrever,mas com propostas válidas, sem ofensas. Samponha, vá trabalhar! dê sua contribuição ao País, fale menos e trabalhe mais.o Vosso Problema em São Tomé, é Preguisa, inveja e odio. Unam-se num só objetivo, o Desenvolvimento de São Tomé.

    Bem haja a todos que como eu contribui mesmo no estrangeiro para bem de São Tomé.(VAMOS TRABALHAR E TRABALHAR)

  5. WXYZ

    5 de Março de 2016 at 9:48

    Vinha lendo este artigo com uma avidez. Mas assim que cheguei ao ultimo paragrafo notei que o professor Júlio Neto ja nao aguentou ou talvez nao se apercebeu que nao conseguiu levar essa imparcialidade de analise ate antes do tal paragrafo.
    “O prudente seria que a sociedade civil e os partidos políticos da oposição (com e sem assento parlamentar), mormente, o glorioso MLSTP/PSD, o moderno MDFM/PL, o renovado PCD e o forte UDD, com sapiciência, investigassem (sem preguiça) e questionassem o rigoroso cumprimento desta lei”.
    O Sr. deveria tambem elogiar aqui um grande numero de membros do partido ADI que tambem condenam e repudiam tudo quanto o Sr. descreveu neste seu artigo. Procuremos sempre elevar os nossos debates, as nossas analises, discissoes, artigos, etc… a um campo mais rico e mais amplo. Hoje ADI esta no poder mas amanha podera vir a estar no outro lado. Ao terminar de ler o artigo fiquei surpreso com o primeiro comentario. Pois ele me tirou quase tudo que tinha pra escrever.
    Todavia, prof. Júlio Neto muito obrigado pelo artigo e realço que desta vez usou uma linguagem mais acessivel a todos em termos de compreesao comparando com muitos dos anteriores artigos seus.

  6. SAMPONHA

    9 de Março de 2016 at 12:28

    o Samponha pensa que o senhor Salmaçar tem dificuldade em interpretar do texto. Todos os meus comentários apontam sempre testemunhas que possam dar a carra e justificar essas acusações. Sou cidadão livre e faço comentários lógicos sem ofensas e com fundamentos entregue para Ministério Público investigar. Aqui não se trata de cores das camisolas, mas sim todos aqueles que são verdadeiramente Santomense e ama a sua Terra devem estar preocupados com o rumo em que está a tomar o seu País.

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