Tornou-se notícia mais um episódio das querelas pessoais de Patrice Trovoada e Manuel Pinto da Costa, desta vez em forma de crise institucional motivada por um suposto ladrão.
É público o sentimento mútuo de repulsa que tanto o primeiro-ministro como o Presidente da República alimentam. Há quem diga que as divergências foram mesmo herdadas do diferendo Pinto da Costa/Miguel Trovoadaue se iniciou após a queda do regime português em 1975 e com a indigitação do primeiro para chefe de Estado, passando depois pela perseguição e prisão do segundo, ainda durante a primeira República. A situação agudizou-se ainda mais na relação Pinto da Costa/Patrice Trovoada durante os últimos governos do ADI.
Entretanto, o aumento de tensão entre estes dois órgãos de soberania trás também para cima da mesa questões como o assumir de querelas pessoais enquanto instituições e não como pessoas individuais, mas, e sobretudo, o aumento da insegurança social no seio das populações. Estará São Tomé e Príncipe perante uma mudança do paradigma? Será que a imagem de um país friendly que o arquipélago vem cultivando ao longo dos tempos está agora a ser substituída por um novo quadro de criminalidade desenfreada? São questões que julgo pertinentes para análise dos leitores. No entanto, eu, que já tirei as minhas conclusões, estou convicto que sim. Os tempos são outros, as artimanhas e a astúcia dos aspirantes a delinquentes também estão cada vez mais apuradas.
As autoridades deverão encontrar em conjunto, cada uma na sua área de atuação, condições para fazer frente a essa nova face do país, indo, por exemplo, às causas. Fazer estudos psicossociais sobre as potenciais causas deste aumento da criminalidade poderia ser um passo na luta contra este fenómeno.
O facto de um suposto ladrão estar entre dois poderes não deveria ser suficiente para uma novela, sobretudouando estamos todos fartos dos capítulos em reposição. Um ladrão e dois poderes podia até ser o título de uma nova novela, mas todos já sabemos que em causa não estão nem a instituição governo nem a instituição Presidente da República, mas sim mágoas antigas e pessoais entre Patrice Trovoada e Pinto da Costa, que aproveitando o palco mediático apresentam de parte a parte os seus show-off`s.
O país, em 40 de independência, continua a produzir apenas 10% do seu PIB, dependendo dessa forma quase que exclusivamente os parceiros internacionais para mais de 90% dos seus orçamentos de Estado. É altura de cada um assumir os seus conflitos pessoais e dirimi-los em sede própria. Enquanto instituições, começar a trabalhar com afinco e com interesse estratégico para um verdadeiro bem de São Tomé e Príncipe.
Brany Cunha Lisbo
Calos Lopes
9 de Março de 2016 at 9:55
Concordo com a explanação nós nao podemos estar a viver nesse clima.
As querelas individuais se resolvem em sede prória
Xavier
9 de Março de 2016 at 11:01
O PIB é um indicador macroeconômico que explica el valor da produção em um território. Macro de mais, para explicar, em realidade, o progresso social de um país. Talvez seria bom dispôr de dados sobre as rendas per capita e sobre a dispersão dessa renda para saber se há progresso ou não.
ANICETO PENHOR
9 de Março de 2016 at 11:24
Caro Brany Cunha Lisboa, o tema tem lógica, mas agradecia que revesses bem o último parágrafo do seu texto. Nunca confundir o PIB do país com o Orçamento geral do estado.
Um abraço
ANICETO DE SOUSA PENHOR
rui sergio pinheiro
15 de Abril de 2021 at 15:28
devia pagar era os calotes que anda a fazer em portugal eu até confiava em você e são pessoas como você que envergonham o seu povo
Amimé
9 de Março de 2016 at 15:09
Aniceto Penhor STP só produz 10% da sua riquiza, o resto é tudo dado, pesquise mais o senhor ok
Paulo Jorge
9 de Março de 2016 at 16:25
“Entretanto, o aumento de tensão … trás também … “.
O texto de alguém que parece bem instruído deve merecer mais
cuidado: Não será situação para “traz”.
ANICETO PENHOR
9 de Março de 2016 at 23:23
O Senhor sem nome também está a fazer uma grande confusão. Não se recebe doações para PIB, mas sim, OGE.O produto interno bruto (PIB) representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc). O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia com o objetivo de quantificar a atividade econômica de uma região ou um país.
Por lado intendo que o Senhor está fazer confusão entre a receita e a riqueza.
Valdemar Santos
10 de Março de 2016 at 10:13
Apenas pretendo entrar sem bater a porta, para deixar uma pergunta no quadro dessa sala de aulas, onde todos devemos contribuir aprendendo.
A questão é a seguinte: Se o Miguel Trovoada fosse Presidente da República neste momento, as tropas do Palácio seriam apenas 14 ou 15 homens como disse o chefe da casa militar na sua entrevista)?
Obrigado pela vossa atenção.
Salmarçar 2
10 de Março de 2016 at 16:20
Caro Brany Cunha Lisboa.
Acho que estas a pensar bem,contribuindo para o bem de São Tomé com sua reflexão.No entanto,deves estudar (ler) um pouco mais antes de públicar sua reflexão.Pois,o mesmo tem muitos erros.Cuidado para não refluir.
Bem haja.
Zagaia
14 de Março de 2016 at 20:07
Sr.Brany, boa noite,está confundir PIB com OGE.
Espero que já tenha compreendido a diferença entre os dois conceitos, explicados atrás pelo sr.Aniceto Penhor.As finanças(OGE) de São Tomé, tal como a maior parte dos países do globo,apresentam défice(o chamado défice orçamental, sempre medido em relação ao percentagem do PIB)e daí que têm que ir à procura do finaciamento no interio ou exterior dos países(Bancos comerciais,FMI,Banco Mundial,Fundos de investimentos entre outras instituições e formas de financiamento como; Obrigaçoes de tesouro entre outras)para financiar os seus OGE´s.
Em relação ao nosso país, nós não compramos dinheiro, o dinheiro é nos dado de mão beijada(doação), segundo alguns economistas, é uma economia(PIB)que precisa de crescer quatros vezes mais, para gerar mais investimentos privados nos sectores fulcrais,mais emprego, mais consumo e também maior rigor no controlo da evasão fiscal,inflação, etc da parte do estado.
MIGBAI
15 de Março de 2016 at 16:35
Meu caro “ZAGAIA”
Não vale a pena tentar explicar ao senhor Brany Cunha o que é o PIB e OGE. Repare que, quem teve a esperteza de vir escrever o que escreveu aqui, é porque é tão cabeça dura, que vai sempre pensar que ele é que tem razão.
Por isso o melhor é ignorar o sujeito, pois nem com explicações particulares ele vai entender os critérios que compõem e determinam o Produto Interno Bruto (PIB) nem o que é um OGE com a suas componentes receitas e despesas.
É o que temos de melhor em São Tomé e Príncipe, por isso ignorar é o melhor!
MIGBAI
15 de Março de 2016 at 16:41
Meu caro “ZAGAIA”
Desculpe voltar outra vez, mas queria chamara a atenção para o comentário de opinião que este mesmo senhor Brany, fez ´com o título “STP de portas escancaradas para o mundo?”, para se aperceberem da fraca capacidade do mesmo para a matéria que se dispôs a analisar.
Tudo estudado ao de leve e por cima, sem aprofundar os prós e os contra.
Enfim, STP no seu melhor!
sacadaquá
16 de Março de 2016 at 15:50
MIGBAI, os seus comentários mais parecem ciúmes, tens alguma coisa contra Dr Brany? Ao menos ele tem ensaiado alguns artigos interessantes. Podem até conter erros, mais ninguém é perfeito. Deixa de Criticar o homem e cingi-te no artigo, na problemática. Achas que o facto dele escrever é mau? Nossa Senhora, como querem um país mais pluralista, se quando alguém se acha capaz de tomar a palavra vocês vão já com sete pedras na mão. Quem escreveu não está em causa, mas sim o conteúdo. Faz alguma coisa também, escreve também, debate os problemas do teu país também quê quá, bando de invejosos.
Bem haja Dr Brany, continue, é errando e corrigindo que se vai além.
Disse.
MIGBAI
16 de Março de 2016 at 17:32
sacadaquá, está errado o meu amigo, quando afirma que os meus comentários parecem ciúmes.
Não tenho ciúmes de ninguém meu caro.
Só pretendo uma coisa no nosso tela non, que quem escreve, que o faça com rigor.
Será sacadaquá que é pedir muito, que o que seja escrito seja com rigor, pois como sabe, o texto pode ser lido por quem não entenda muito do assunto abordado, e fique com uma ideia ou posição errada sobre o tema.
O rigor de um texto quando bem instruído, sábio, só pode dar bons frutos para quem o lê.
E depois meu caro sacadaquá, como nos podemos corrigir se ninguém nos chamar a atenção de que erramos, como afirma no seu último paragrafo?
Não tenho nada contra o Sr.Brany, assim, se ficou com essa ideia ou se dei essa ideia no que escrevi, desde já peço imensa desculpa ao autor do texto, bem como a todos que me leram e que ficaram com essa ideia de mim.
Por fim, reforço de novo a ideia que quero deixar bem presente, eu somente pretendo ler dos meus conterrâneos textos e ideias que tenham rigor de pensamento e de escrita, aliás esse deve ser o objetivo de todos os que aqui possam vir ler as opiniões, caso contrario andamo-nos a enganar.
Mais uma vez as minhas sinceras desculpas se induzi em erro os colegas comentadores e o Sr.Brany.
sacadaquá
16 de Março de 2016 at 17:57
Eu acho que tanto comentário depreciativo não faz bem a nenhum ensaísta. Eu percebi bem o que o último paragrafo do artigo quer dizer e insisto que todos estão a fazer tempestades em como de água. Em causa não está o que é o PIB suponho. Todos sabemos o que é o PIB e o que é o OGE. O artigo diz claramente que ” em anos de independência o país só consegue produzir 10% do PIB”, ou seja, 10% das suas riquezas. É verdade ou é mentira. Se somarmos o valor do PIB de STP veremos quando dessa riqueza é verdadeiramente produzida em STP. Deixemos de brincadeiras, todos sabemos que esse país produz pouco ou nada, e que tudo o que tem e gera é mediante investimentos estrangeiros, neste caso o autor do texto continua certo quando diz que o PIB realmente produzido pelos são-tomenses é apenas 10% do total e que o OGE depende em mais de 90% do estrangeiro
disse
pascoal fonseca alves de carvalho
20 de Março de 2016 at 21:07
pois é meus caros, julgo que o Brany, refletiu bem e ponderou em demasia ao misturar tudo no fim (PIB, OGE, Ajudas e Doações. foi uma pena.
Iris no SPT
22 de Março de 2016 at 22:31
Senhores
Poderes ricos e pobres
Vejam para o pais e nao para as antigas querelas.
Vos nao sois imortais, estao apenas de passagem e numa missao curta de o vosso melhor e dem as maos vamos tentar dar oportunidade aos Santomenses (STP) precisamos crescer socialmente ,financeiramente e com menos criminalidade…
Vejam como esta comportando a oposição actualmente e comparem como a dois anos a oposição de então comportava sinais de que estes opositores actuais não guardam rancor e duma vez por toda unamos e avancemos sem exclusão Veja par STP e não as suas contas pessoais muito menos a imagem pessoal que dentro de pouco tempo a terra ira comer…estas estamos de passagem faca tudo bem o povo espera melhorias e não fantasias
Íris no STP Viva São Tome e Principe