A indeminização de 400 mil euros dada ao ex-ministro das Finanças de São Tomé e Príncipe, Américo Ramos, é um tema complexo e disputado que espelha as tensões políticas e sociais do país. A indeminização foi concedida pelo tribunal depois que Américo Ramos foi preso e absolvido por alegadas irregularidades financeiras, gerando revolta entre a população.
O Contexto e a contradições.
Em 2019, Américo Ramos foi detido por suspeitas de corrupção ligadas ao Fundo Kuwait, que apoiava projetos de desenvolvimento em São Tomé e Príncipe. Após a investigação, o tribunal determinou que a detenção foi ilegal e concederá uma compensação substancial em forma de indenização pelos danos. O tribunal determinou que não existiam evidências adequadas para provar as acusações contra o ex-ministro das Finanças.
A população mostra indignação devido às condições do país.
A indignação desse povo sofredor é causada pela disparidade entre a indenização e a crise econômica do país. O governo muitas vezes argumenta que São Tomé e Príncipe não dispõe de recursos adequados para suprir as necessidades básicas da população, como garantir assistência financeira a pacientes gravemente doentes que necessitam de tratamento médico no exterior. A escassez de recursos na saúde pública resultou recentemente na morte de pacientes que necessitavam de tratamentos especializados no exterior.
Isso gera um sentimento de desigualdade social, já que uma grande quantia de dinheiro é direcionada para um ex-político integrante do governo, enquanto os cidadãos comuns lidam com serviços de baixa qualidade. A dolorosa realidade de que não existem verbas para a saúde pública torna essa indeminização ainda mais polêmica.
O Ex: Ministro das Finanças e o preço a pagar no futuro
A história de São Tomé e Príncipe é caracterizada por um extenso passado de conflitos políticos e perseguições partidárias. Américo Ramos pode ter que lidar com novas situações ao receber essa indeminização, especialmente se ocorrerem alterações no governo. A prática política tradicional de retaliar e buscar vingança no país pode gerar desafios futuros para o Ramos.
Aconselhar a população a manifestação
Por conta do grande descontentamento, eu sugiro que a população se juntem para manifestar contra essa indeminização. No entanto, esse protesto deve ser bem organizado e ter o apoio de todos santomenses ou seja, de todos descontente.
Resumindo e Concluindo
As questões levantadas pelo caso de Américo Ramos são relevantes, pois abordam justiça, prioridades governamentais e moralidade das decisões judiciais em tempos de crise. A hesitação entre seguir a lei e atender às necessidades imediatas da sociedade gera um dilema ético que requer uma reflexão cuidadosa. O envolvimento da sociedade pode ser empregue para pressionar o governo a rever as prioridades e encontrar alternativas mais democraticas e justas para a sociedade.
Vamos demonstrar ao mundo que São Tomé e Príncipe não é um país de queixas é uma nação que busca soluções em vez de reclamações.
Este é o nosso compromisso. Esta é a nossa missão. E juntos, vamos vencer!
Obrigado.
Viva São Tomé e Príncipe!
OCA, 29/08 2024.
Manuela Pedroso
30 de Agosto de 2024 at 16:20
Concordo com esta manifestação popular de repúdio
Pode-se indemnizar sim. Não é o montante da indemnização que deveria ter valor nestes casos. Só o facto de considerar ilegal esta prisão e de conceder 20 ou 50 mil dólares ao ofendido já deveria ser uma vitória para o mesmo. Mas dar 400 mil euros de indemnização, seria uma injustiça maior do que aquela que o próprio Americo Ramos teve. Por isso, não se deve pagar uma injustiça com outra injustiça. Retirar deste povo 400 mil dólares para dar alguém que por si só já teve uma compensação, por ter ascendido ao Governador do Banco Central, torna-se numa roubalheira. A unica coisa que podia safar a moral de Américo neste caso, seria receber os 400 mil euros e doar-lo a uma instituição de caridade, ou doar ao hospital para comprar medicamento para o povo. Se ele tomar este dinheiro e metê-lo na sua conta, não sei com cara este individuo iria encarar este povo nas suas andanças politicas.
A ver vamos.
Mas estou disposto para participar de forma ordeira nesta manifestação de repúdio
Santos Ramos
31 de Agosto de 2024 at 9:55
Concordo plenamente contigo. Reforço que a revolta não é contra a indenização, mas sim contra o montante e forma rápida como o governo de predipois a pagar o valor, numa altura que o país não tem dinheiro. Temos que ser mais honesto e respeitar o nosso povo. É muito injusto!! Professores fizeram greve e a conclusão, não tem verba para satisfazer o pedido da classe mais injustiçada no país. Mas para o Américo Ramos ( homem mais injustiçado do país) temos os 400 mil euros. Como querem que os parceiros levem-nos sério. Temos os dirigentes que merecemos!!?
Olivio Araujo
6 de Setembro de 2024 at 7:35
Estou de acordo com o seu ponto de vista e a sua observação sobre a importância da proporcionalidade na indenização. Com efeito, a compensação por um erro deve ser justa, sem prejudicar ainda mais a sociedade. Dar uma indenização justa pela detenção ilegal seria uma vitória moral para Américo Ramos, porém o montante excessivo de 400 mil euros não só impacta as finanças públicas, mas também gera uma impressão de desproporção em comparação com o prejuízo sofrido.
A ideia de que Américo poderia destinar esse valor para doações a instituições de caridade ou saúde é bastante pertinente, principalmente levando em conta o efeito positivo que essa quantia poderia gerar em setores vitais como a saúde pública. Isso poderia reduzir a impressão de corrupção e demonstrar um gesto de honestidade para com os cidadãos
Historiador
30 de Agosto de 2024 at 20:51
Qual população que está indignada?
Só se for você e sua família.
Sinceramente yeah.
“Politiqueiros”
Olivio Araujo
6 de Setembro de 2024 at 7:21
Todos os santomenses, independentemente de filiação partidária, estão indignados com a indenização concedida a Américo Ramos.Aconselho-te rever as tuas forma de pensar STP e fazer uma reflexão profunda sobre o futuro dos seus filhos, em vez de seguir cores partidárias por benefícios momentâneos