Economia

Líbios abandonaram projecto de produção de café

200 hectares de terra que o Estado são-tomense concedeu ao Grupo Líbio ATICO, na roça Monte Café, foram abandonados há mais de 2 nos. Os ex-trabalhadores da média empresa, decidiram ocupar as terras, para tratar do cafezal.

 

Edjelk Alamu, jovem de 31 anos, foi capataz da média empresa agrícola de 200 hectares criada pelo grupo Líbio para produção de café na roça Monte Café.

 

jovem e caféDiz que o cafezal que estava a ser bem trabalhado, foi abandonado há mais de 2 anos, pelo grupo líbio que financiava a média empresa agrícola através do Fundo Soberano Líbio, instituído pelo defunto Presidente líbio Muamar Khadaffi. «Estamos numa época de colhei do café e para não estragar, decidimos trabalhar, colher o café e vender para ganhar o pão de cada dia, não de forma invasora», afirmou o ex-capataz.

 

O estado de abandono do cafezal, representa segundo Edjelk Alamu, uma ameaça para as parcelas de terras vizinhas, onde a cooperativa de pequenos agricultores apoiada pela empresa francesa MALONGO, está a produzir café de alta qualidade. «Esta área confina com as parcelas dos pequenos agricultores onde se produz café de alta qualidade. Portanto se não houver tratamento desta área vai afectar a outra área. Pode-se ver nos grãos de café que há brocas», declarou, mostrando os grãos de café deteriorados.

 

cafezeirosFoi em julho do ano 2009, que o Estado são-tomense concedeu ao grupo privado líbio África Traidind Company, os 200 hectares de terra para serem explorados durante 20 anos. Para além da  produção do café, o investimento líbio deveria ser aplicado, na   reabilitação das infra-estruturas de processamento do café,  assim como a reabilitação das estradas que dão acesso a roça, arruamentos etc.

 

O grupo líbio prometeu investir 3 milhões de dólares em Monte Café, de 2009 até 2013. No entanto abandonou o projecto desde 2012.

 

Note-se que o mesmo grupo líbio construiu através do fundo soberano líbio, uma unidade de produção de água mineral na zona de Monte Café. A infra-estrutura foi posta a venda pelo grupo líbio, mas pelo que o Téla Nón apurou o Governo são-tomense decidiu travar a realização do leilão.

 

Abel Veiga

 

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