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Pnud ajuda com soluções amigas do ambiente para vencer crise em Angola

PARCERIA – Téla Non / Rádio ONU

Valorizar biodiversidade é aposta para diversificar economia; ecoturismo considerado uma das propostas para impulsionar rendimentos; governo tem parceria com agência da ONU e União Europeia.

Luanda. Foto: Reprodução/Pnuma

Eleutério Guevane, enviado especial da Rádio ONU a Luanda.

Luanda, a capital de Angola, cresce aos olhos dos observadores. Mais carros circulam em avenidas e prédios invadem os céus.

Mas alguns habitantes dizem que o ritmo começou a abrandar há cerca de um ano, quando caiu o preço do petróleo a nível internacional.

Petróleo

Analistas acreditam que, nesse cenário, o meio ambiente é uma das alternativas para tornar mais diversa a economia, que chegou a ganhar mais de 75% da sua riqueza a partir do recurso natural.

A aposta de promover o turismo em áreas naturais é cada vez mais real com o apoio do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud. A ideia é beneficiar o meio ambiente e as comunidades, tendo em conta questões como o ambiente.

A agência da trabalha com o Ministério angolano do Ambiente para gerir melhor vários parques nacionais que podem ajudar a economia, segundo o especialista de Programa para o Desenvolvimento Sustentável do Pnud, José Félix, nesta entrevista à Rádio ONU, de Luanda.

Projeto

“Neste momento, o Pnud está engajado na reabilitação do Parque Nacional de Iona com um valor de US$ 10 milhões com apoio da União Europeia, do governo, do Pnud e do GEF (Fundo Global do Ambiente). Podia ser o projeto inicial voltado à reabilitação dos parques. Temos um outro em fase de início, que vai se estender por mais três parques: o de Kissama, perto de Luanda, o de Bicuar, no sul de Angola, e o de  Kangandala, que é muito importante porque é onde reside a espécie mais importante de Angola, que é a Palanca Negra.”

O antílope, um dos motivos de orgulho angolano e que está em vias de extinção, mereceu apoio do estudante Lués. Ele defendeu o valor das plantas e dos animais ao trocar uma palavra com a Rádio ONU.

Palanca Negra

“Alguns prédios dependem de coisas da natureza, como a madeira. Há plantas para a nossa alimentação e, nos animais, a palanca é um animal de origem angolana, raro, muitos países querem ter esse animal assim.”

Mas nem todos, apostam no investimento imediato do meio ambiente. No cenário de crise e da valorização do tema, existem os mais céticos, como a Dona Felizarda. Ela não vê a resposta para os seus problemas em questões ambientais e explica a dura jornada onde troca de táxi duas vezes para chegar a casa e enfrentar carências básicas.

“Nesse momento deve-se cuidar do país para ver se superam essa crise. Planta e animal, não tem sentido se cuidar. Neste momento tem que se lutar para tirar o país da crise.”

Apesar de propostas distintas sobre os meios de se alcançar o progresso, o desejo de ver o desenvolvimento sustentável avançar em Angola parece ser uma constante em todos os entrevistados para esta reportagem.

O Pnud, por exemplo, planeja seus projetos considerando os ganhos para o ambiente a economia.

A ONU acredita que a Agenda 2030 pode ajudar a proteger a vida terrestre com o uso sustentável dos ecossistemas, a gestão das florestas e o combate à perda da biodiversidade.

Esta sexta-feira, autoridades mostram a representantes de vários cantos do mundo o seu potencial no ecoturismo na província do Cuando-Cubango.

Depois do contacto com os recursos e as comunidades, será a vez da cerimónia global que vai marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente no fim de semana em Luanda.

 

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