Destaques

226 mil milhões de euros em média por ano para erradicar a fome mundial até 2030

 

Segunda Conferência Internacional sobre Água e Clima organizada pelo Conselho Mundial da Água (WWC) destaca o impacto negativo das alterações climáticasna erradicação da fome e na melhoria da saúde a nível mundial

–          A fome aumentou pela primeira vez em décadas

–          63% da cidades preveem risco no abastecimento de água devido às alterações climáticas

–          A nossa própria sobrevivência depende da urgência com que a comunidade internacional enfrenta o efeito adverso das alterações climáticas – A promover o diálogo a caminho da COP23

Conselho Mundial da Água, Marselha,4 de outubro, 2017–A água irá desempenhar um papel fundamental no futuro do desenvolvimento e geopolítica. O Conselho Mundial da Água, em cooperação com a Presidência da COP22, assim como outros parceiros internacionais, organizaram a Segunda Conferência Internacional sobre Água e Clima que decorreu em Marselha, nos dias 3 e 4 de outubro de 2017. Este encontro desenrola-se no seguimento da Primeira Conferência Internacional sobre Água e Clima realizada em Rabat, em julho de 2016.

O evento, apoiado pela Presidência da COP23, reuniu mais de 150 especialistas internacionais e líderes políticos na vanguarda do debate sobre clima e água, assim como diversos ministros do ambiente, entre os quais se incluem CharafatAfilal, Secretária de Estado da Água e Ambiente de Marrocos, Istiaque Ahmad, Secretário do Ministério do Ambiente e Florestas doBangladesh e SindraSharma-Khushal, do grupo da presidência de Fiji do UNFCCC da COP23 e  presidido pelo Presidente Honorário do Conselho Mundial da Água, LoïcFauchon e o Vice-presidente, DoganAltinbilek. A missão:mapear o caminho a seguir e fomentar a consciência mundial sobre assuntos críticos relacionados com os recursos hídricos como preparação da COP23 que se realizará em Bona na Alemanha em novembro deste ano e o Fórum Mundial da Água, que se realiza em Brasília, em março de 2018.Porque#ClimaéÁgua.

A conferência destacou a importância da água como um elemento fundamental para o desenvolvimento humano no seu todo e central no impacto das alterações climáticas. “A água é um facilitador e um conector, um fio condutor comum essencial que liga os diversos aspectos abordados pelas Metas de Desenvolvimento Sustentável (MDS). Acredito firmemente que, longe de ser um problema, a água é uma solução, um factor determinante para tornar o mundo um lugar melhor”, explica o vice-presidente do Conselho Mundial da Água, DoganAltinbilek. As conversações geraram um debate permanente sobre os desafios globais levantados pela segurança hídrica.O tema está na dianteira das conversações climáticas da COP23, que decorre em novembro de 2017, quer para o futuro.

 

A segunda Conferência Internacional sobre Água e Clima incidiu em especial na MDS 11, Cidades e Comunidades Sustentáveise MDS 2, Erradicar a fome, alcançar a segurança alimentar e melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável. Dado que são necessários cerca de 255 mil milhões de euros por ano para o desenvolvimento de infraestruturas hídricas a nível mundial e a erradicação da fome até 2030 exigirá um investimento de 17,4 mil milhões de euros, o financiamento é uma questão crucial na agenda política dos líderes mundiais.Construir cidades sustentáveis resistentes às alterações climáticas e a diminuição da fome, são cruciais para cumprir os objetivos da COP21 e reafirmados na COP22, onde foram prometidos 100 mil milhões de dólares anuais até 2020 para lidar com os impactos das alterações climáticas e reduzir as emissões. Contudo, como consequência de conflitos e outras circunstâncias, a fome aumentou pela primeira vez em décadas em 2016. Em 2030, é previsível que o mundo enfrente um déficit de 40% de água a nível mundial mantendo o cenário atual. Necessidades concorrentes aumentam o risco de conflitos locais e conduzem a decisões cada vez mais difíceis a respeito de alocações e limitar a expansão de setores críticos de desenvolvimento sustentável. É cada vez mais claro que #ClimaéÁgua.

A última sessão da conferência abordou a Iniciativa Água para África, a qual foi lançada na anterior conferência e durante a COP22. Esta conferência marca uma oportunidade histórica para redirecionar a atenção da comunidade global sobre a necessidade de ajudar as nações em desenvolvimento a adaptarem-se às alterações climáticas Em nenhumas outrasáreasisto poderia ser tão evidente como África, Ásia e América Latina, onde proteger a segurança alimentar e erradicar a fome, para as quais a água é essencial, representa um imperativo urgente.“Sem água, seríamos um planeta estéril sem vida.Uma verdade básica sobre a água e sua ligação a toda a vida é que sua administração imprudente torna-se cada vez mais um obstáculo para enfrentar as alterações climáticas. E enfrentar as alterações climáticas é um pré-requisito para a paz”, declarou SindraSharma-Khushal, da equipa da presidência da UNFCCC para a COP23.

Aproveitando ao máximo a ampla base de membros do Conselho Mundial da Água, reforçar a resiliência urbana através da gestão da água para cidades sustentáveis, é uma área prioritária. Este prisma é apoiado por presidentes de municípios de todo o mundo, os quais irão destacar estas questões durante a próxima Conferência de Autoridades Locais e Regionais que será realizada em conjunto com o Fórum Mundial da Água, em 2018, em Brasília. “Água é vida. Devido às alterações climáticas, água potável tornou-se um recurso escasso. Como resultado de todas as crises que enfrentamos hoje como seres humanos, a nossa própria sobrevivência depende da urgência com que a comunidade global enfrenta os efeitos adversos desta realidade”, afirmou Istiaque Ahmad, Secretário do Ministério do Ambiente e Florestas do Bangladesh.

A Conferência Internacional sobre Água e o Climaé um dos muitos eventos que antecedem o Fórum Mundial da Água, o maior evento mundial relacionado com os recursos hídricos, organizado pelo Conselho Mundial da Água. O Fórum deverá receber mais de 30 mil participantes, incluindo líderes mundiais, líderes de opinião, peritos e profissionais com o objetivo de catalisar a mudança para um mundo com recursos hídricos seguros.A conferência trienal, terá o tema “Partilhando a Água”,irá decorrer entre18 e 23 de Março de 2018 em, Brasília, capital do Brasil.

****

 

Os porta-vozes do Conselho Mundial da Água (WWC) poderão estar disponíveis para entrevista mediante pedido. 

Sobre o Conselho Mundial da Água:

O Conselho Mundial da Água (World WaterCouncil – WWC) é uma organização internacional de stakeholders, fundadora e coorganizadora do Fórum Mundial da Água (World WaterForum). A missão do Conselho Mundial da Água visa mobilizar para questões críticas sobre a água a todos os níveis, incluindo ao mais alto nível de decisão, as envolver as pessoas no debate e desafiar o pensamento convencional. O Conselho está focado na dimensão política da segurança da água, adaptação e sustentabilidade, e trabalha para incluir o tema da água no topo da agenda política mundial. Com sede em Marselha, França, e criado em 1996, o Conselho Mundial da Água agrega mais de 300 organizações provenientes de mais de 50 países. Mais informação em www.worldwatercouncil.org @wwatercouncil #wwatercouncil.

Para mais informações contacte:

Marco de Comunicación –

Alexandra Dias / alexandra.dias@marcodecomunicacion.com / Tel: +351 915 059 390

1 Comment

1 Comment

  1. Ralph

    9 de Outubro de 2017 at 23:56

    Não há nada mais verdadeira que a afirmação que água é a fonte de toda a vida, humana ou não. Em muitos países subdesenvolvidos, o problema é ser capaz de capturar água suficiente para alimentar o povo, quer por fontes nativas a um país quer por água importada de um outro lugar. Em muitos países avançados, o problema é um pouco diferente porque o acesso a água compete com outras atividades económicas, tal como mineração. Ou seja, já há água suficiente disponível para alimentação mas os governos estão a ficar submetidos a pressão por grupos de lóbi para permitir que mineração seja aprovada em áreas com água submersa valiosa. Isto está a acontecer cada vez mais na Austrália e os agricultores em alguns destas áreas estão a resistir e estão envoltos em lutas contra o governo para assegurar que as companhias mineiras não explorem terra que pode ser melhor utilizada para a agricultura ou a extração de água. Um agricultor disse numa entrevista que não se pode comer o carvão. De qualquer maneira, será cada vez mais importante que o acesso a água seja o foco mais significante para governos.

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

To Top