Estudantes do Liceu Nacional recordaram o dia que Alda Graça Nasceu, 30 de Abril. Se estivesse viva completaria 88 anos de idade. A poetisa são-tomense, referência nacional, faleceu em Março de 2010 em Angola vítima de doença prolongada.
Largas dezenas de alunos do Liceu Nacional, participaram numa palestra que pretendeu transmitir os ensinamentos de Alda Graça do Espírito Santo.
O Ministro da Educação Jorge Bom Jesus, marcou presença no evento, onde os são-tomenses mais uma vez reconheceram que estão ainda longe de seguir o exemplo de Alda Graça. «Falta-nos estrutura a todos os níveis. Faltam-nos consciência, verticalidade, honestidade, e sem essas dimensões não temos como lá chegar», desabafou Mariza Costa, que foi oradora da palestra.
O legado deixado por Alda Graça é importante, mas segundo Mariza Costa, «continuaremos a ter uma atitude e comportamentos que em nada vão ao encontro daquilo que era a pessoa, o pensamento e a forma de estar da senhora Dona Alda do Espírito Santo», acrescentou a professora que foi oradora da palestra.
A professora recordou a figura ímpar são-tomense, que abdicou dos seus sonhos pessoais para se dedicar causa da emancipação da nação são-tomense livre e independente. «Ela está inserida na geração de Cabral, de homens e mulheres que abriram mãos dos seus sonhos pessoais em prol da luta de um povo», pontuou.
Poetisa, com obras que marcaram a identidade nacional e a resistência contra a dominação colonial, Alda Graça escreveu a letra do hino nacional. Foi a primeira Presidente da Assembleia Nacional.
Criou a União dos Escritores e Artistas são-tomenses, e batalhou até a sua morte pela união das mulheres de São Tomé e Príncipe. «Ela tentou unir as mulheres de todos os partidos, e como não conseguiu ela morreu angustiada. Mesmo doente em Angola, ela dizia, “ o que fazer para unir as mulheres são-tomenses?” Lutem, lutem para que isso aconteça, dizia ela”, relatou Maria Alves, cunhada, amiga e companheira de Alda Graça, durante mais de 50 anos.
A Sociedade são-tomense cada vez mais carente em referências recorda Alda do Espírito Santo e procura encontrar nova inspiração no seu legado. A juventude continua a ser a esperança, para o êxito dos ensinamentos deixados por Alda Graça.
Abel Veiga
Seabra
7 de Maio de 2014 at 0:29
Respeito a sra dona Alda E. Santo e reconheço o seu talento literário…mas de lá a inseri-la no cerco próximo de Amílcar Cabral ainda falta muito, aliás, não tiveram o mesmo percurso…podem get-se cruzado, sem +…! Cada um deles tem o seu merito, diferentemente, é claro. Sei o que digo,TENHO provas do que digo !
Fruta-Fruta
12 de Julho de 2014 at 14:42
São contextos e culturas completamente diferentes. A Africa é uma Manta de retalhos. A luta, a guerra é um combate em que vencem os muito fortes ou os que usam estratégias capazes de minar os pontos fortes do inimigo. Concordo que não podemos comparar A Srª Prof Alda e o Sr. Dr. Amilcar. Cada um com a sua experiência. Mas que se bateram pela autonomia dos seus povos não duvido. Os fins eram os mesmos apesar dos meios serem outros. Que qualquer um deles diriam hoje. Para quê tanto sacrificio? Ouvi em privado. “Não era disto que estavamos à espera”. De qualquer maneira é o sonho que comanda a vida”.
Um grande abraço por uma Africa Melhor
Eterno Madiba
13 de Maio de 2014 at 8:57
Mais de 99% dos santomenses não estavam lá.