A antiga oficina de fundição da Roça Água Izé, renasceu dos escombros para produzir arte e cultura. O Centro Cultural Fundição de Água Izé, é uma iniciativa da Plataforma Cafuka. Uma ONG de promoção da arte e cultura que está a implementar o projecto “ressonância da água”. «Quando pensamos na ressonância da água, pensamos logo que quando atiramos uma pedra a um charco as águas criam ondas e essas ondas contaminam as margens. Nós queremos trazer a arte para junto das pessoas», declarou Eduardo Malé, líder da Plataforma Cafuka.
As águas ressonadas chegaram a Água Izé, uma comunidade agrícola com cerca de 4 mil habitantes, localizada a beira mar. O novo Centro Cultural pretende capacitar os jovens da comunidade na promoção da arte e cultura.
Segundo Eduardo Malé, acções de formação serão ministradas, assim como, serviço educativo com crianças, jovens e mulheres de Água Izé, para que possam no futuro caminhar de forma autónoma no mundo das artes.
Brasil é um dos parceiros do projecto ressonância da água em Água Izé. Segundo o Embaixador do Brasil o centro cultural, terá «a gratidão de todos os que transitam aqui diariamente na roça água izé», afirmou o embaixador Leitão.
Por sua vez o Presidente da Câmara Distrital de Cantagalo, considerou que o distrito ganhou o seu primeiro centro cultural de referência.
O centro cultural fundição de Água Izé, está localizado a poucos metros da estrada principal que liga o centro e sul da ilha de São Tomé.
Abel Veiga
Gina
14 de Julho de 2014 at 14:24
Aqui cresci na Ilha de S.Tome, a a Roca Agua e Ze foi onde cresci no melhor da minha infancia. Ainda hoje S.Tome e considerada por mim: a minha ilha!
Meu pai trabalhava para uma companhia de construcao e viviamos numa vivenda em frente do mar, com uma piscina em frente construida em cima das rochas…. e as rochas eram o meu lugar predilecto pois ali brincava cacando polvos pequenos que trazia pra casa pra minha mae fazer um arroz de polvo. Sentava-me a sombra dos coqueiros e quando caia um abaixo, olha, eu abria-o e bebia a sua agua ou leite como muitos lhe chamam. Bons tempos de infancia. Estuva na escola da Cidade onde visitava a Igreja e onde fiz as minhaos 2 comunhoes…ola S.Tome, te amo!
Barão de Água Izé
15 de Julho de 2014 at 9:09
A Cultura é vital para a formação de cada pessoa.
Quem aposta em actividades culturais como forma de vida profissional, é tão válido como o cortador de cacau que apanha as suas favas.
As roças, restruturadas, devem ser devolvidas à sua actividade principal, que é produção agricola.
Sem comida, água, energia eléctrica e casa para o povo este não tem motivação para usufruir da cultura.
Para o turista é “engraçado” ver cultura numa unidade agricola praticamente abandonada.
Estão cá uns dias, vão-se embora, mas a realidade dura continuará para o povo Sãotomense.
Ficaria muito mais satisfeito se a fundição desse lugar a escola técnico-profissional ligada à agricultura, profissões e técnicas necessárias para a exportação.