Conheça o Tchiloli, uma das mais importantes formas de expressão da cultura africana, que conta com o apoio da Fundação Gulbenkian
Há mais de 500 anos que o Tchiloli é tradição, na ilha de São Tomé e Príncipe. Com base num texto de origem medieval – A Tragédia do Imperador Carlos Magno e do Marquês de Mântua –, que terá chegado a São Tomé no século XVI, esta é a encenação de uma história de morte e traição, paixões e conflitos morais que entusiasma público e atores, onde a música, o movimento e o corpo se fundem numa surpreendente expressão da arte e cultura africanas.
Ao longo da sua existência, o Tchiloli foi apoiado várias vezes pela Fundação Gulbenkian sendo, desde janeiro de 2019, apoiado através do projeto “(Re)Criar o Bairro”. Gerida pela ONGD Leigos para o Desenvolvimento, esta iniciativa tem como objetivo a valorização de produtos associados ao património cultural do Bairro da Boa Morte, em São Tomé, através das artes performativas, visuais e da tecnologia.
O grupo “Formiguinha da Boa Morte”, constituído em 1956, é o mais antigo dentro daqueles que atualmente representam o Tchiloli em São Tomé e Príncipe. Os Leigos para o Desenvolvimento trabalham com este grupo numa lógica de capacitação dos seus membros e dirigentes, promovendo e valorizando um património imaterial único dentro e fora do país, por exemplo adaptando o espetáculo – que originalmente pode durar sete ou oito horas – para formatos mais curtos e acessíveis a turistas.
Tchiloli: tragédia europeia, património cultural em São Tomé
"Tchiloli" é tragédia em crioulo de São Tomé. Um dos seus protagonistas conta-nos a história desta antiga tradição da cultura africana, apoiada pela Fundação Gulbenkian. Veja o vídeo completo no nosso website: https://gulbenkian.pt/noticias/tchiloli-tragedia-europeia-patrimonio-cultural-em-sao-tome/
Publiée par Fundação Calouste Gulbenkian sur Jeudi 17 septembre 2020
Artigo da Fundação Calouste Gulbenkian

Gerhard Seibert
19 de Setembro de 2020 at 14:46
Sem dúvidas, o Tchiloli é um importante patrimônio cultural santomense que merece todo o apoio possível, particularmente pelos próprios santomenses.
Aliás, é muito pouco provável que o Tchiloli existe em São Tomé desde o séc. XVI, como a Fundação Gulbenkian afirma. Que eu saiba, não existe nenhuma prova documental que podia apoiar esta afirmação.
A Gulbenkian ignora que já ha 35 anos, no seu artigo ‘Para a História do Folclore São-tomense’, António Ambrósio (História, nº 81, 1985, pp. 61-89) mostrou de forma convincente que esta peça teatral chegou a São Tomé apenas nos fins do século XIX. Sobre a introdução do Tchiloli vejam também o meu pequeno texto em https://www.buala.org/pt/a-ler/carlos-magno-no-equador-a-introducao-do-tchiloli-em-sao-tome
Também existe um site exclusivamente sobre o Tchiloli: https://tchiloli.com/
Gerhard Seibert
Sem assunto
20 de Setembro de 2020 at 17:47
Caramba, que chatice.
Desapareça homem, não te queremos cá a opinar os assuntos internos e que só dizem respeito a nossa terra, está terra é dos Santomenses desde 1975,com a independência arrancada a ferros aos bárbaros portugueses, daí que aparta te dos assuntos dela, só sabes aparecer para desconversar e criar teorias de meia tigelas, acéfalo.
Amélia
23 de Setembro de 2020 at 13:35
Opinar sobre assuntos internos? Estamos a falar de factos. Que tristeza de país que temos se o complexo de inferioridade e mentalidade de “colonizado” não nos permitir aprender e trocar ideias e FACTOS com outras pessoas só porque não são Santomenses. Nada mais acéfalo do que isto, na minha opinião.