Cultura

Antologia poética de Conceição Lima publicada nos Estados Unidos da América

«No Gods Live Here/Aqui não moram deuses» é o título da antologia reunindo poemas da escritora são-tomense Conceição Lima acabada de publicar nos Estados Unidos da América. A tradução da colectânea de poemas do português para o inglês, é de David Shook, que havia traduzido o poema Afroinsularidade, vencedor ex aequo em 2023, do concurso Poemas em Tradução.

 A antologia acaba de ser publicada nos Estados Unidos da América pela editora Deep Vellum.

Até agora, o único nome da poesia africana de língua portuguesa traduzido em livro nos EUA foi o do cabo-verdiano Corsino Fortes. Conceição Lima é o segundo.

Recorde-se que em 2023, Conceição Lima lançou, pela editora Caminho, de Lisboa, o livro « O Mundo Visto do Meio- Crónicas seguidas de um auto do século XX.» Dois dos seus livros foram reeditados no Brasil, respectivamente em 2023 e 2024. «O País de Akendenguê» conheceu uma reedição pela editora Corsário-Satã, e o livro ‘’Quando Florirem Salambás no Tecto do Pico» foi colocado no mercado editorial brasileiro pela editora Mazza.

A autora tem em preparação um novo livro de poesia.

Conceição Lima nasceu em Santana, na ilha de São Tomé, São Tomé e Príncipe, a 8 de Dezembro de 1961. Jornalista, poetisa e cronista. Jornalista, repórter e documentarista da TVS, Televisão São-tomense, foi, durante longos anos, jornalista e produtora dos Serviços em Língua Portuguesa da BBC, em Londres. É licenciada em Estudos Africanos, Portugueses e Brasileiros pelo King’s College of London (Divisão de Honra) e possui o grau de Mestre em Estudos Africanos, com especialização em Governos e Políticas na África sub-sahariana, pela School of Oriental and African Studies, SOAS, Londres. Pela Editorial Caminho, de Lisboa, publicou O Útero da Casa (2004), A Dolorosa Raiz do Micondó (1ª edição 2006, 2ª edição 2008) e O País de Akendenguê (2011). Em 2015, em edição de autora, publicou Quando Florirem Salambás no Tecto do Pico. Tem livros e poemas traduzidos para o alemão, árabe, checo, espanhol, francês, galego, inglês, italiano, servo-croata, neerlandês e turco. Ainda em 2015, o livro A Dolorosa Raiz do Micondó, publicado pela Geração Editorial, São Paulo, venceu o PNBE, Programa Nacional de Bibliotecas Escolares do Brasil, entre mais de 400 concorrentes, tendo tido uma tiragem de 35.500 exemplares pelo Ministério Brasileiro da Educação.

A Dolorosa Raiz do Micondó está traduzido para o espanhol pelas editoras Baile del Sol, de Tenerife, e El Perro y la Rana, de Caracas. Em 2014 foi traduzido para o italiano pela editora Kolibris.Os seus quatro livros de poesia foram traduzidos para o alemão pela Editora Delta, de Estugarda.

É membro-fundadora da União Nacional dos Escritores e Artistas São-tomenses, UNEAS. Em Setembro de 2021, o seu poema Afroinsularidade/Afroinsularity), traduzido por David  Shook, venceu, ex aequo, o concurso Poems in Translation, co-organizado pela revista Words Without Borders e pela Academia Americana de Poetas, entre 606 poemas em 61 línguas, 327 poetas de 79 países. Em 2022, venceu o Prémio Isaura Carvalho de Literatura Dramática com a peça Um Confronto Imaginado e uma Profecia.

Em 2023 publicou, pela Editorial Caminho, o livro O Mundo visto do Meio-Crónicas seguidas de um Auto do Século XX.

Participação em eventos e festivais literários em Angola, Moçambique, Portugal, Brasil, Caracas e Medellin, entre outros.

Algumas publicações em que foram divulgados poemas da autora:

Revista Metamorfoses da Cátedra Jorge de Sena, Universidade Federal do Rio de Janeiro; revista Prometeo, do Festival Mundial de Poesia de Medellin; revista Arquitrave, Bogotá; revista Caransari, Barcelona; revista Literatas, Moçambique; Antologia da Poesia Feminina dos PALOP, Galiza; The World Record (International Voices from Southbank Centre’s Poetry Parnassus, Inglaterra); Anthology of Poems on Capital Cities (Índia); Jornal Cultura (Angola); World Literature Today; Words Without Borders; The Literary Review e jornal En El Camino, do Conselho Nacional de Cultura da Venezuela.

Téla Nón

4 Comments

4 Comments

  1. ANCA

    15 de Abril de 2024 at 11:52

    De acariciar, reconhecer e premiar o caminho feito, pelos escritores e artistas, investigadores, trabalhadores, jodadores e atletas do nosso País

    De louvar São Deus Lima

    Se és de São Tomé e do Príncipe

    Quer onde estejas lembra te do teu país, território, população, administração, mar, rios

    Ajuda o teu país a desenvolver, seja solidário, responsável, acredita, estuda, trabalha, apoia a tua família, os teus filhos, os teus irmãos, o teu conterrâneo…

    Somos de São Tomé e do Príncipe

    Acredita

    Somos és capazes

    De modernizar o nosso território, população, administração, mar, rios

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  2. ANCA II

    15 de Abril de 2024 at 15:06

    Será que a Anca ainda não descobriu que não existem Santos em S. Tomé? A maioria de nós sabe disto.
    Ou será que a onda ou o vento já levou a Anca ao buraco ou está a Anca perdida a procura do buraco dela?
    Anca, Caranguejo, Camarão é tudo mesma coisa.
    O camarão que dormi, a onda leva.
    Dito e certo.

    Santola Marisco

    • ANCA

      15 de Abril de 2024 at 18:32

      Não mereces resposta

  3. Nini

    15 de Abril de 2024 at 21:57

    Oh Nini pára com isso pa

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