Cultura

Alunos da escola portuguesa e do Liceu Nacional surpreenderam o público com a exposição desafios

Os quadros expostos na Biblioteca Nacional de São Tomé, foram pintados pelos alunos da escola portuguesa de São Tomé, e pelos colegas do Liceu Nacional. Uma exposição organizada pela escola portuguesa de São Tomé e Príncipe, como resultado dos exercícios para o fecho do ano lectivo.

«Alguns dos quadros, as pessoas estavam a pensar que eram de artistas, e foi uma surpresa perceberem que eram de alunos. Penso que sim, que alguns alunos vão prosseguir nesta área», declarou Manuela Costeira, directora da escola portuguesa de São Tomé.

Artes plásticas tem futuro em São Tomé e Príncipe, a directora da escola portuguesa de São Tomé, disse que pelos menos 3 alunos que terminaram o décimo segundo ano, já estão a estudar Belas Artes em Portugal.

«Estamos a ver trabalhos fantásticos dos alunos, que tiveram ajuda dos pintores de São Tomé, temos aqui quadros dos alunos do Liceu Nacional e dos alunos também de Ponte Sor – Portugal», explicou a directora da escola portuguesa.

Vai projectar a passagem da exposição a outras regiões do país, centro, sul e norte, para motivar nas escolas os jovens a perceberem que têm futuro nesta área.

A exposição Desafios fez despontar competências dos alunos santomenses nas artes plásticas. A escola portuguesa em parceria com o Liceu Nacional projecta levar a exposição às escolas do interior do país. Um exercício que pode inspirar e revelar mais talentos santomenses ainda desconhecidos.

«O que tornou difícil foram os pais perceberam isso. Pois nos primeiros anos nem sequer conseguíamos abrir turmas de arte. Finalmente há 3 anos um grupo de pais pensou que sim, que as artes também são o futuro e deixou que os filhos tirassem esse curso, e estamos agora a ver a prova disso», frisou Manuela Costeira.

O quadro pintado pela aluna Jossana da Cruz foi escolhido para capa da exposição.

Jossana está inspirada e herdou o talento do avô, Amâncio da Cruz, vulgo Joni. Foi um grande pintor e escultor de São Tomé e Príncipe. Tinha um atelier de arte no bairro de Atrás da Cadeia Central.

«Sinto-me muito inspirada. Foi um trabalho da educação visual para o dia de África. Eu quis transmitir a energia e força da dança», afirmou a aluna.

Jossana da Cruz

Dança é uma característica identitária do Africano. Batuques de vários sons ecoam em África desde os tempos primitivos. As mulheres africanas são um fio condutor da energia da música e da dança no continente.

A mãe de Jossana da Cruz, é alemã. Junto com o pai de nacionalidade santomense vibrou com o êxito da filha. Aliás os pais e encarregados de educação dos alunos do Liceu Nacional e da escola portuguesa marcaram presença no desafio de pintura que deu forma a uma exposição surpreendente.

Os alunos da escola de Ponte de Sor de Portugal também enviaram para a exposição desafios, quadros que representam o património cultural da região centro de Portugal. 

Abel Veiga

2 Comments

2 Comments

  1. ANCA

    11 de Junho de 2024 at 16:50

    Há talentos no país

    Muito bem

    Estão de parabéns

    Se és de São Tomé e Príncipe, se nasceste e cresceste aqui, ajuda a desenvolver o teu País, território, população, administração, mar e rios

  2. Gilles

    13 de Junho de 2024 at 18:39

    Bravo, Manuela!!! Bravo. À tes élèves, ton équipe et à toi ! 😘

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